Uma visão sobre a eco-epidemiologia da hantavirose: revisão sistemática e fatores socioambientais associados
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
Texto Completo: | https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/580 |
Resumo: | A urbanização desestruturada, com exclusão social e grandes projetos de engenharia, como represas, rodovias, e a expansão de fronteiras agrícolas que ocupam áreas naturais, anteriormente não habitadas, são algumas das consequências do aumento populacional que geram situações bem conhecidas no cotidiano de todos. Essas ações vêm causando perdas irreversíveis à biodiversidade e aos serviços dos ecossistemas e têm um reflexo direto na saúde humana. A degradação ambiental é citada como condição freqüente dentre as características relacionadas com o aparecimento das doenças emergentes, porém é pouco considerada em estratégias de políticas públicas, em que a terapêutica é a regra antes da prevenção de doenças e promoção de saúde. As discussões atuais tratam de novas estratégias de produção, integração e intervenção dos conhecimentos oriundos da possibilidade de ação interdisciplinar. Neste sentido, este estudo se propôs a verificar as consequências das alterações ambientais na saúde humana. Para isto, este estudo foi dividido em duas etapas. A primeira foi referente à revisão sistemática sobre a Hantavirose. Isto mostrou que poucos estudos tratam da relação dos ambientes com os episódios de Hantavirose quando comparados aos estudos moleculares sobre o vírus. A segunda parte deste estudo tem como objetivo identificar os aspectos sociais e ambientais relacionados às áreas de transmissão da Hantavirose no Brasil. Os resultados mostraram que desmatamento resultante do avanço das fronteiras agrícolas reduziu grandes extensões de florestas a pequenos fragmentos e essa fragmentação favorece espécies generalistas, como as dos roedores silvestres. Estes são reservatórios do Hantavírus e essas alterações ambientais contribuem para surtos de doenças, como a Hantavirose, em populações humanas, pois promovem a aproximação entre o homem e roedores. São necessárias aumento das áreas de conservação de maneira a manter um ecossistema estável, com predadores de roedores para controle populacional e campanhas de esclarecimento sobre os modos de transmissão, contágio e boas práticas de armazenamento de produção agrícola, de maneira a evitar proliferação de roedores, sobretudo para populações mais vulneráveis. |
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2020-04-24T17:53:42Z2020-04-24T17:53:42Z2011-02-24FURTADO, Michelle Andrade. Uma visão sobre a eco-epidemiologia da hantavirose: revisão sistemática e fatores socioambientais associados. Franca, SP, 2011. 68 f. Dissertação (Mestrado em Promoção de Saúde) - Universidade de Franca. 2011.https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/580A urbanização desestruturada, com exclusão social e grandes projetos de engenharia, como represas, rodovias, e a expansão de fronteiras agrícolas que ocupam áreas naturais, anteriormente não habitadas, são algumas das consequências do aumento populacional que geram situações bem conhecidas no cotidiano de todos. Essas ações vêm causando perdas irreversíveis à biodiversidade e aos serviços dos ecossistemas e têm um reflexo direto na saúde humana. A degradação ambiental é citada como condição freqüente dentre as características relacionadas com o aparecimento das doenças emergentes, porém é pouco considerada em estratégias de políticas públicas, em que a terapêutica é a regra antes da prevenção de doenças e promoção de saúde. As discussões atuais tratam de novas estratégias de produção, integração e intervenção dos conhecimentos oriundos da possibilidade de ação interdisciplinar. Neste sentido, este estudo se propôs a verificar as consequências das alterações ambientais na saúde humana. Para isto, este estudo foi dividido em duas etapas. A primeira foi referente à revisão sistemática sobre a Hantavirose. Isto mostrou que poucos estudos tratam da relação dos ambientes com os episódios de Hantavirose quando comparados aos estudos moleculares sobre o vírus. A segunda parte deste estudo tem como objetivo identificar os aspectos sociais e ambientais relacionados às áreas de transmissão da Hantavirose no Brasil. Os resultados mostraram que desmatamento resultante do avanço das fronteiras agrícolas reduziu grandes extensões de florestas a pequenos fragmentos e essa fragmentação favorece espécies generalistas, como as dos roedores silvestres. Estes são reservatórios do Hantavírus e essas alterações ambientais contribuem para surtos de doenças, como a Hantavirose, em populações humanas, pois promovem a aproximação entre o homem e roedores. São necessárias aumento das áreas de conservação de maneira a manter um ecossistema estável, com predadores de roedores para controle populacional e campanhas de esclarecimento sobre os modos de transmissão, contágio e boas práticas de armazenamento de produção agrícola, de maneira a evitar proliferação de roedores, sobretudo para populações mais vulneráveis.The unstructured urbanization, social exclusion and with major engineering projects such as dams, roads, and expanding agricultural frontiers that occupy natural areas not previously inhabited, are some of the consequences of population growth that generate well-known situations in everyday life of everyone. These actions have caused irreversible loss of biodiversity and ecosystem services and have a direct impact on human health. Environmental degradation is reported as a common condition among the features related to the occurrence of emerging diseases, but is seldom considered in policy strategies, in which treatment is the rule before the disease prevention and health promotion. The actual discussions which include new production strategies, integration of knowledge and intervention from the possibility of interdisciplinary action. Thus, this study was to determine the consequences of environmental change on human health. For this purpose, this study was divided into two stages. The first was on the systematic review of the Hantavírus. This showed that few studies address the relationship of environment to outbreaks of Hantavírus compared with molecular studies on the virus. The second part of this study aims to identify the social and environmental aspects of areas of transmission of Hantavírus in Brazil. The results showed that deforestation resulting from the expansion of farming has reduced large tracts of forests into small fragments and the fragmentation favors generalist species, like those of wild rodents are reservoirs of Hantavírus and these environmental changes contribute to outbreaks of diseases such as Hantavírus, in human populations, because they promote a closer relationship between humans and rodents. Are necessary increase of conservation areas in order to maintain a stable ecosystem with predators for population control of rodents and campaigns on the modes of transmission, infection and good storage practices of agricultural production in order to avoid proliferation of rodents, especially for vulnerable populations.porUniversidade de FrancaPrograma de Mestrado em Promoção de SaúdeUNIFRANBrasilPós-GraduaçãoCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICAAmbientes saudáveisDistribuição espacialHantavirosePromoção de saúdeUso e ocupação do soloUma visão sobre a eco-epidemiologia da hantavirose: revisão sistemática e fatores socioambientais associadosA view on the eco-epidemiology of hantavirus disease: systematic review and associated socio-environmental factorsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAndrade, Mônica de4625765471235917http://lattes.cnpq.br/4625765471235917Cesario, Manuel4398965927731478http://lattes.cnpq.br/4398965927731478Guimarães, Raul Borges8022527468369459http://lattes.cnpq.br/80225274683694594395105298004501http://lattes.cnpq.br/4395105298004501Furtado, Michelle Andradeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALMichelle Andrade Furtado.pdfMichelle Andrade Furtado.pdfapplication/pdf1019994http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/580/1/Michelle%20Andrade%20Furtado.pdfcfe1cc97ecb7d978163ea9be03524fc9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/580/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/5802020-04-24 14:54:38.749oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/580Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2020-04-24T17:54:38Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false |
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