Perfil sociodemográfico dos usuários crônicos de medicações psiquiátricas de um serviço de saúde de João Pessoa-PB

• Autor(a) principal: Costa, Bruna Sampaio Lopes
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4154
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; atenção primária à saúde; psicotrópicos; fatores socioeconômicos

Os transtornos mentais compõem cerca de um terço da demanda dos serviços de Atenção Primária à Saúde, setores responsáveis por cerca de 60% dos pacientes psiquiátricos, receitando cerca de 79% do total de psicotrópicos. Estudos expõemum aumento do uso de psicofármacos desde a introdução dos benzodiazepínicos e inibidores da receptação de serotonina, sobretudo, por causa domaior número de medicações disponíveis no mercado e diagnóstico, ausência de revisão proativa das indicações e inconsistência entre o diagnóstico, prescrição e as diretrizes, nível socioeconômicoe educacional, etnia e sexo.A problemática desse uso é que os índices de mortalidade e de invalidez e o risco de desenvolvimento de doenças crônicas nesses usuários são maiores que da população geral. O objetivo deste estudo foi analisar o uso de medicações psiquiátricas e perfil sociodemográfico dos usuários crônicos de um serviço de saúde de João Pessoa –PB.Tratou-se de um estudo observacional, de campo, transversal e de abordagem quantitativa, realizado com 44 usuários, de todos os gêneros, com idades entre18a 80 anos, de janeiro a abril de 2022. A pesquisa foi presencial, feita com o questionário sobre aspectos sociodemográficos e das medicações de usuários crônicos de psicotrópicos. Para a análise estatística, fez-secálculos dasfrequências, média, desvio padrão e teste qui-quadrado para associação, considerandop<0,05, sendoos dadosapresentados em gráficos e tabelas. Houveaprovaçãopelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de João Pessoa com CAAE 54371221.0.0000.5176. Amaioria da amostra eram mulheres(81,8%), não brancas(54,6%), casadas(56,6%), com ensino fundamental incompleto (52,3%) e rendimento familiar médio entre ume doissalários mínimos (50,0%); com idade média de 52,89 ±12,35. A média dotempo de uso e do número diário de psicotrópicos foi, respectivamente, 9,2 ±8,9e1,77 ±0,9. A maioria dos usuários fazia uso de umpsicotrópico (43,2%) por2 a 5 anos (34,1%). Não houve associação entre uso e número de psicofármacos e idade, sexo e nível socioeconômico. Houve associação entre nível educacional e número de psicotrópicos. Concluiu-se que operfil sociodemográfico traçado e a descrição do tempo de uso e o número de psicofármacosfoiconformeliteratura. Não houve associação entre uso e número de psicofármacos e idade, sexo e nível socioeconômico e tempo de uso e nível educacional. Houve associação entre nível educacional e número de psicotrópicos.