Enforcement competitivo e adoção de práticas anticorrupção nas organizações brasileiras
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
Texto Completo: | https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2008 |
Resumo: | O combate à corrupção organizacional tem despertado interesse tanto da academia, quanto da sociedade como um todo. Diversas alternativas de intervenção têm sido propostas para induzir um comportamento ético responsável das organizações. Contudo, grande parte dessas alternativas são fundamentadas em um enforcement baseado em uma atuação punitiva de autoridades governamentais. Esse tipo de abordagem tem mostrado alcance limitado, já que é muito sensível à disponibilidade orçamentária governamental. Em função disso, abordagens alternativas de enforcement anticorrupção que não sejam tão sensíveis a restrições orçamentárias são caminhos promissores a serem explorados. Na presente tese são identificadas algumas abordagens trazidas pela literatura e investe-se um esforço em demonstrar o papel da competição como mecanismo de enforcement organizacional capaz de induzir a adoção de práticas anticorrupção. Para tanto, são exploradas lógicas de ação organizacional e com fundamento nas teorias de dependência de recursos, stakeholder, institucional e de custos de transação são propostas relações teóricas entre ambiente de competição e adoção de práticas anticorrupção. A verificação empírica dessas proposições é realizada com base nos dados de adoção de práticas anticorrupção das 100 maiores empresas brasileiras conforme ranking da pesquisa Valor 1000. São especificados modelos de regressão que investigam tanto uma relação direta quanto uma indireta entre métricas de competição e adoção de práticas anticorrupção, considerando nesse processo características organizacionais. Os resultados apontam para a existência de um efeito global inverso entre competição e adoção de práticas anticorrupção. Também se verifica empiricamente uma relação positiva entre as variáveis participação acionária governamental e reputação organizacional com variáveis de práticas anticorrupção. Ainda, identificam-se relações negativas entre os indicadores de competição e participação governamental e positiva entre os indicadores de competição e o de reputação organizacional. Esses resultados empíricos sustentam a tese defendida nesse trabalho de que a relação entre competição e práticas anticorrupção são influenciadas por duas lógicas de ação: de um lado há a adoção de práticas anticorrupção em ambientes competitivos em função da busca de uma melhor reputação organizacional, de outro lado, há a adoção de práticas anticorrupção em ambientes não competitivos em função do envolvimento estatal mais expressivo em empresas desse setor. No primeiro caso, há adoção com base em uma lógica de legitimidade; no segundo caso, uma lógica de redução de custos políticos. As empresas guiadas pela segunda lógica de ação apresentam nível de adoção mais evoluído que as empresas que seguem a primeira lógica. Esses resultados reforçam a tese de que a competição tem capacidade de atuar como mecanismo de enforcement capaz de induzir a adoção de práticas anticorrupção. |
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Na presente tese são identificadas algumas abordagens trazidas pela literatura e investe-se um esforço em demonstrar o papel da competição como mecanismo de enforcement organizacional capaz de induzir a adoção de práticas anticorrupção. Para tanto, são exploradas lógicas de ação organizacional e com fundamento nas teorias de dependência de recursos, stakeholder, institucional e de custos de transação são propostas relações teóricas entre ambiente de competição e adoção de práticas anticorrupção. A verificação empírica dessas proposições é realizada com base nos dados de adoção de práticas anticorrupção das 100 maiores empresas brasileiras conforme ranking da pesquisa Valor 1000. São especificados modelos de regressão que investigam tanto uma relação direta quanto uma indireta entre métricas de competição e adoção de práticas anticorrupção, considerando nesse processo características organizacionais. Os resultados apontam para a existência de um efeito global inverso entre competição e adoção de práticas anticorrupção. Também se verifica empiricamente uma relação positiva entre as variáveis participação acionária governamental e reputação organizacional com variáveis de práticas anticorrupção. Ainda, identificam-se relações negativas entre os indicadores de competição e participação governamental e positiva entre os indicadores de competição e o de reputação organizacional. Esses resultados empíricos sustentam a tese defendida nesse trabalho de que a relação entre competição e práticas anticorrupção são influenciadas por duas lógicas de ação: de um lado há a adoção de práticas anticorrupção em ambientes competitivos em função da busca de uma melhor reputação organizacional, de outro lado, há a adoção de práticas anticorrupção em ambientes não competitivos em função do envolvimento estatal mais expressivo em empresas desse setor. No primeiro caso, há adoção com base em uma lógica de legitimidade; no segundo caso, uma lógica de redução de custos políticos. As empresas guiadas pela segunda lógica de ação apresentam nível de adoção mais evoluído que as empresas que seguem a primeira lógica. Esses resultados reforçam a tese de que a competição tem capacidade de atuar como mecanismo de enforcement capaz de induzir a adoção de práticas anticorrupção.The fight against organizational corruption has aroused interest both in academia and society as a whole. Several alternatives of intervention have been proposed to induce a responsible ethical behavior by organizations, however, many of these alternatives are focused on an enforcement based on a punitive action of governmental authorities. This type of approach has shown limited scope, since it is very sensitive to government budget availability. As a result, alternative approaches to anticorruption enforcement that are not so sensitive to budget constraints are promising avenues to be explored. In the present thesis some approaches are identified in the literature and is invested and effort in demonstrating the role of competition as an organizational enforcement mechanism capable of inducing the adoption of anticorruption practices. In order to do so, we are exploring logics of organizational action and based on theories of resource dependency, stakeholder, institutional and transaction costs are proposed theoretical relations between competition environment and adoption of anticorruption practices. The empirical verification of these propositions is carried out based on the data on the adoption of anticorruption practices of the 100 largest Brazilian companies according to the ranking of the research Valor 1000. In regression models are investigated both a direct and indirect relationship between competition metrics and adoption of anticorruption practices, considering in this process organizational characteristics. The results point to the existence of a global inverse effect between competition and the adoption of anticorruption practices. It is also empirically verified a positive relationship between the variables of government participation and organizational reputation with variables of anticorruption practices. Even, it is identified negative relationship between the indicators of competition and government participation and positive relationship between the indicators of competition and organizational reputation. These empirical results support the thesis defended in this work that the relationship between competition and anticorruption practices are influenced by two logics of action: on one hand, there is the adoption of anticorruption practices in competitive environments due to the search for a better organizational reputation; on the other hand, there is the adoption of anticorruption practices in non competitive environments due to the more expressive state involvement in companies in this sector. In the first case, there is adoption based on a logic of legitimacy; in the second case, there is a logic of reducing political costs. Companies that are guided by the second logic of action have a higher level of adoption than companies that follow the first logic. These results reinforce the thesis that competition has the capacity to act as enforcement mechanism capable of inducing the adoption of anticorruption practices.porUniversidade PositivoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoUPBrasilPós-GraduaçãoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAOAdministraçãoCorrupção - PrevençãoCorrupção - LegislaçãoEnforcement competitivo e adoção de práticas anticorrupção nas organizações brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisGuarido Filho, Edson Ronaldohttp://lattes.cnpq.br/2435628775717990http://lattes.cnpq.br/3739555228405534Soares, Robson Fernandesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALROBSON FERNANDES SOARES.pdfROBSON FERNANDES SOARES.pdfTeseapplication/pdf1372651http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2008/1/ROBSON%20FERNANDES%20SOARES.pdfd47d74a7a7f2c3e696995a301aa7ef40MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/2008/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/20082021-05-21 09:35:21.385oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/2008Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2021-05-21T12:35:21Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false |
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