Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
Texto Completo: | https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3624 |
Resumo: | O Direito Internacional dos Direitos Humanos, tido por alguns teóricos como erga omnes enquanto inerente à condição de humano por sua razão de ser, é, por outros, acusado de "localismo globalizado". Os direitos humanos seguem um conjunto de pressupostos pouco questionados no dia a dia prático de aplicação, quais sejam: (i) a existência de uma natureza humana universal; (ii) a dignidade humana absoluta e irredutível inerente a todos os indivíduos; (iii) a autonomia individual. Neste sentido, a afirmação de que todos são titulares do mínimo ético irredutível definido por inúmeros tratados internacionais sofre críticas no que tange justamente à sua dita universalidade; Como membros da sociedade internacional falham em garantir a efetividade destes, muitas vezes sob a escusa de estarem em desacordo com as regras do Direito Internacional dos Direitos Humanos? E quanto à sociedades que guardam ordem cultural diferente, impor uma série de normas a uma cultura diametralmente oposta não seria, em si, uma violação ao direito humano à autodeterminação e à autonomia individual? Pelo prisma do que caracteriza violações, não seria a nossa própria sociedade violadora de Direitos Humanos? A partir destes questionamentos, o trabalho visa analisar se estas normas realmente se configuram universais e evidentes como as declarações de direitos humanos tão amplamente e certamente trazem, ou se existe espaço para interpretação dentro do pluriverso dos Direitos Humanos. O trabalho se pauta pelo procedimento bibliográfico, a partir deanálise crítica do tema como se encontra na literatura. |
id |
UNICSUL-1_a2578e6882f5877ae9b8d2af78b207bd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/3624 |
network_acronym_str |
UNICSUL-1 |
network_name_str |
Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
repository_id_str |
|
spelling |
2022-05-02T18:47:51Z20222022-05-02T18:47:51Z2021https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3624O Direito Internacional dos Direitos Humanos, tido por alguns teóricos como erga omnes enquanto inerente à condição de humano por sua razão de ser, é, por outros, acusado de "localismo globalizado". Os direitos humanos seguem um conjunto de pressupostos pouco questionados no dia a dia prático de aplicação, quais sejam: (i) a existência de uma natureza humana universal; (ii) a dignidade humana absoluta e irredutível inerente a todos os indivíduos; (iii) a autonomia individual. Neste sentido, a afirmação de que todos são titulares do mínimo ético irredutível definido por inúmeros tratados internacionais sofre críticas no que tange justamente à sua dita universalidade; Como membros da sociedade internacional falham em garantir a efetividade destes, muitas vezes sob a escusa de estarem em desacordo com as regras do Direito Internacional dos Direitos Humanos? E quanto à sociedades que guardam ordem cultural diferente, impor uma série de normas a uma cultura diametralmente oposta não seria, em si, uma violação ao direito humano à autodeterminação e à autonomia individual? Pelo prisma do que caracteriza violações, não seria a nossa própria sociedade violadora de Direitos Humanos? A partir destes questionamentos, o trabalho visa analisar se estas normas realmente se configuram universais e evidentes como as declarações de direitos humanos tão amplamente e certamente trazem, ou se existe espaço para interpretação dentro do pluriverso dos Direitos Humanos. O trabalho se pauta pelo procedimento bibliográfico, a partir deanálise crítica do tema como se encontra na literatura.International Human Rights Law, considered by some theorists as erga omnes and inherent to the human condition for its reason of being, is, by others, acused of "globalized localism". Human rights follow a set of assumptions little questioned in the practical day-to-day of its application, namely: (i) the existence of a universal human nature; (ii) the absolute and irreducible human dignity inherent in all individuals; (iii) individual autonomy. In this sense, the assertion that everyone is holder of the irreducible ethical minimum defined by numerous international treaties is criticized with regard to its so-called universality; How do members of international society fail to guarantee their effectiveness, often under the guise of being in violation of the rules of international human rights law? And as for societies that maintain a different cultural order, imposing a series of norms on a diametrically opposed culture would not be, in itself, a violation of the human right to self-determination and individual autonomy? From the perspective of what characterizes violations, would not our own society be a violator of Human Rights? Based on these questions, the work aims to analyze whether these norms really configure themselves as universal and evident as the declarations of human rights so widely and certainly bring, or if there is room for interpretation within the pluriverse of Human Rights. The work is guided by the bibliographic procedure, based on a critical analysis of the theme as found in the literature.porUniversidade PositivoUPBrasilRelações InternacionaisCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAISDireitos humanosUniversalismoRelativismoContextualismoNem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisRaskin, Henrique Braunsteinhttp://lattes.cnpq.br/0402267829510675Revers, Luiza de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sulinstname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)instacron:UNICSULORIGINALTCC - LUIZA REVERS - VERSAO FINAL - 1.pdfTCC - LUIZA REVERS - VERSAO FINAL - 1.pdfTCCapplication/pdf893469http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/3624/1/TCC%20-%20LUIZA%20REVERS%20-%20VERSAO%20FINAL%20-%201.pdf1f1abc2bdc94574e1a45f77658089b6dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/3624/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/36242022-05-02 15:48:25.443oai:repositorio.cruzeirodosul.edu.br:123456789/3624Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/oai/requestmary.pela@unicid.edu.bropendoar:2022-05-02T18:48:25Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos |
title |
Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos |
spellingShingle |
Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos Revers, Luiza de Oliveira CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAIS Direitos humanos Universalismo Relativismo Contextualismo |
title_short |
Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos |
title_full |
Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos |
title_fullStr |
Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos |
title_full_unstemmed |
Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos |
title_sort |
Nem universais, nem relativos: uma análise contextualista dos direitos humanos |
author |
Revers, Luiza de Oliveira |
author_facet |
Revers, Luiza de Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Raskin, Henrique Braunstein |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0402267829510675 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Revers, Luiza de Oliveira |
contributor_str_mv |
Raskin, Henrique Braunstein |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAIS |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAIS Direitos humanos Universalismo Relativismo Contextualismo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Direitos humanos Universalismo Relativismo Contextualismo |
description |
O Direito Internacional dos Direitos Humanos, tido por alguns teóricos como erga omnes enquanto inerente à condição de humano por sua razão de ser, é, por outros, acusado de "localismo globalizado". Os direitos humanos seguem um conjunto de pressupostos pouco questionados no dia a dia prático de aplicação, quais sejam: (i) a existência de uma natureza humana universal; (ii) a dignidade humana absoluta e irredutível inerente a todos os indivíduos; (iii) a autonomia individual. Neste sentido, a afirmação de que todos são titulares do mínimo ético irredutível definido por inúmeros tratados internacionais sofre críticas no que tange justamente à sua dita universalidade; Como membros da sociedade internacional falham em garantir a efetividade destes, muitas vezes sob a escusa de estarem em desacordo com as regras do Direito Internacional dos Direitos Humanos? E quanto à sociedades que guardam ordem cultural diferente, impor uma série de normas a uma cultura diametralmente oposta não seria, em si, uma violação ao direito humano à autodeterminação e à autonomia individual? Pelo prisma do que caracteriza violações, não seria a nossa própria sociedade violadora de Direitos Humanos? A partir destes questionamentos, o trabalho visa analisar se estas normas realmente se configuram universais e evidentes como as declarações de direitos humanos tão amplamente e certamente trazem, ou se existe espaço para interpretação dentro do pluriverso dos Direitos Humanos. O trabalho se pauta pelo procedimento bibliográfico, a partir deanálise crítica do tema como se encontra na literatura. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-05-02T18:47:51Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022 2022-05-02T18:47:51Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3624 |
url |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3624 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Positivo |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UP |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Relações Internacionais |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Positivo |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul instname:Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) instacron:UNICSUL |
instname_str |
Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) |
instacron_str |
UNICSUL |
institution |
UNICSUL |
reponame_str |
Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
collection |
Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/3624/1/TCC%20-%20LUIZA%20REVERS%20-%20VERSAO%20FINAL%20-%201.pdf http://dev.siteworks.com.br:8080/jspui/bitstream/123456789/3624/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1f1abc2bdc94574e1a45f77658089b6d 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul - Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL) |
repository.mail.fl_str_mv |
mary.pela@unicid.edu.br |
_version_ |
1801771160896012288 |