De jornalistas e jornalismo: um estudo sobre o sujeito-jornalista no discurso do ombudsman da Folha de S. Paulo

• Autor(a) principal: Rodrigues, Marília Giselda
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/416
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; Jornalismo; Gêneros jornalísticos; Cenografia; Ethos; Subjetividade

Este trabalho busca entender como o discurso da mídia ajuda a constituir o sujeitojornalista e sua identidade, tomando como corpora de análise a coluna do ombudsman do jornal Folha de S. Paulo e outros textos de diferentes gêneros, ou porque tivessem como conteúdo temático, pelo menos parcialmente, ombudsman, jornalismo ou jornalistas, ou porque de alguma forma a coluna do ombudsman com eles dialogasse. A profissão passa por profundas mudanças, motivadas pelas novas tecnologias de comunicação, que provocam um cenário de incertezas quanto aos rumos e ao perfil do jornalismo e mesmo de sua manutenção como prática social. Jornalistas e empresas de jornalismo buscam consolidar um processo de construção de identidade que garanta sua própria existência, com base nas supostas necessidades de informação da sociedade e dos leitores. As contribuições do filósofo Michel Foucault ao estudo dos processos de subjetivação são importantes para este trabalho. Para a reunião e análise dos textos, partimos da perspectiva da Análise do Discurso de linha francesa. Com base em Maingueneau (1997, 2001, 2005, 2007), buscamos estudar o gênero coluna do ombudsman. Conceitos como cena enunciativa, cenografia, ethos discursivo, comunidades discursivas e outros, tomados do lingüista francês, foram aplicados na análise, permitindo vislumbrar os esforços do jornalista por reafirmar-se como mediador da informação coletiva, como co-enunciador de todos os discursos que estão em constante embate na sociedade, mas permitem também perceber um sujeito que não se encaixa mais perfeitamente na identidade do jornalista como dono da verdade.