Fontes de informação das adolescentes e o diálogo com pais e parceiros sobre DST/AIDS/Anticoncepção

• Autor(a) principal: Lima, Márcia Santana
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/958
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA; Saúde do Adolescente; Doença sexualmente transmissível; Contracepção; Comunicação; Família

Este estudo objetivou identificar a existência de diálogo entre pais e filhas, estudantes de uma escola pública do interior do Estado de São Paulo, e estas, com seus parceiros. A amostra foi constituída por 159 adolescentes do sexo feminino entre 11 e 19 anos, idade que coincide com a adolescência de acordo com a literatura. Foram convidadas a participar do referido estudo e seus pais autorizaram sua participação mediante a assinatura do TCLE. Como instrumentos de coleta de dados foi utilizado questionário traduzido, adaptado e validado pela equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, no ano de 2011. O questionário adaptado, utilizado neste trabalho é intitulado Parent-Adolescent Communication Scale – PACS (Comunicação entre pais e adolescentes), com foco na relação entre adolescentes e seus parceiros sexuais, também foi instrumento norteador deste trabalho.Os resultados foram avaliados de forma quantitativa e descritiva. Existe diálogo dentro da família acerca do tema. A figura materna é a mais influente e o pai apresenta certo distanciamento dentro do assunto. A escola aparece em segundo nível no fornecimento de informações e demonstra seu papel fundamental na prevenção de DSTs e orientação sobre contracepção. Destacou-se a baixa renda familiar, pois 48% das adolescentes declararam que as famílias auferiam de 1 a 2 salários mínimos por mês. Revelou também um elevado número de pessoas residindo no mesmo domicílio. Quanto a raça/cor, 33% declararam ser pardas e 44,4% disseram ser branca. 61% moram com famílias biparietais. 25% disseram trabalhar remuneradamente. Quanto ao comportamento e a comunicação acerca da saúde sexual e reprodutiva, 30% disseram ter a menarca aos 12 anos. 55,3% obtiveram informações antes da ocorrência da menarca. 56,6% obtiveram informações sobre relação sexual com a figura materna, sendo a figura paterna citada apenas por 1,9%. Sobre gravidez, 64,2% referiram a mãe como a figura mais importante como fonte de informação. 67,5% declararam ter tido a primeira relação sexual entre 14 e 16 anos de idade. 23,3% relataram que a mãe sabia do acontecido. 83,7% declararam ter tido a primeira relação sexual com o namorado. A idade dos parceiros estava entre 16 e 18 anos. 74,4% das adolescentes declararam conversar com seus parceiros acerca da temática. Conclui-se que existe diálogo entre família e adolescentes, com ênfase á figura materna. Verificou-se que o pai não participa efetivamente das conversas sobre a temática e os serviços de saúde foram pouco citados como fornecedores de informações sobre DST/Aids, gravidez e menarca. Palavras-chave: Saúde do Adolescente; Doença Sexualmente Transmissível; Contracepção; Comunicação; Família.