Risco ambiental gerado pelo uso de antibióticos no setor de internamento pediátrico hospitalar

• Autor(a) principal: Guerra, José Angelo
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Cruzeiro do Sul
• Texto Completo: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1834
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS; CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA; Pediatria; Antibióticos; Água potável - Riscos

O elevado consumo de antibióticos, assim como a preocupação com o surgimento de superbactérias no meio hospitalar torna esse ambiente o mais indicado para realização de estudos sobre o destino e os efeitos de antibióticos residuais no meio ambiente. Os efluentes hospitalares sempre foram fonte de preocupação pela poluição microbiológica, mas somente com o aumento na detecção de antibióticos em águas de rios surgiu a necessidade de se avaliar o risco ambiental gerado pelos efluentes de hospitais. Nesse contexto foi realizada uma avaliação de risco ambiental (ARA) para 19 antibióticos utilizados em um serviço de internamento pediátrico hospitalar por um período de 36 meses (Junho de 2013 a Junho de 2016). O principal objetivo desse estudo foi estimar o risco ambiental associado ao padrão de uso dos antibióticos selecionados. A ferramenta utilizada para a avaliação de risco foi a Concentração Ambiental Prevista (CAP) Fase I e Fase II (EMeA, 2006). Foram levantados os dados de população, dispensação e administração dos antibióticos para o cálculo da Concentração Ambiental Prevista (CAP), valores de referência da Concentração Ambiental Prevista onde Não se observam Efeitos (CAPNE) foram obtidos a partir de fontes na literatura. O Quociente de Risco (QR), utilizado para caracterizar o risco, foi obtido por meio da razão CAP/CAPNE. Apenas quatro antibióticos apresentaram valores abaixo do gatilho de nível alto (QR <1), os outros quinze antibióticos apresentaram valores de (QR) considerados de alto potencial de dano ambiental, sendo os valores mais elevados para ceftriaxona, piperaciclina, tazobactam, ciprofloxacino, vancomicina e oxacilina. Os resultados evidenciaram que existe substancial risco de danos ambientais associado à descarga dessas substâncias no efluente, representando uma preocupação ambiental significante com relação ao padrão de consumo de antibióticos no setor de internamento pediátrico hospitalar.