Da Epistemologia da Transparência à Ontoepisteme da Opacidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Osman, Elzahra Mohamed Radwan Omar
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP
Texto Completo: https://periodicos.unifap.br/index.php/pracs/article/view/7414
Resumo: Resumo: O ensaio que ora se apresenta busca averiguar junto à filosofia ocidental as bases de permanência da colonialidade do pensamento concernente tanto à produção metafísica e científica na modernidade quanto àquela que assistimos sub-repticiamente no pensamento contemporâneo. A partir do estudo de autores que procuraram inscrever uma crítica à metafísica ocidental, seja por meio da deflagração da essência da técnica, do sistema ontologizante da mesmidade ou da descontrução da metafísica da presença – referimo-nos a Martin Heidegger, Emmanuel Levinas e Jacques Derrida - bem como a partir dos textos e críticas presentes nos textos que discutem os colonialismos e seus efeitos – Aníbal Quijano, Ramón Grosfoguel, Silvia Federici, Rita Segato, Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí -, propomos como um chiste, mas também a partir de minha própria subjetividade situada no sul global, dez teses da razão colonial como mote para discussão dos limites da epistemologia e da metafísica inscritas na colonial-modernidade. A seguir apresentamos algumas características de uma epistemologia da transparência, uma vez que entendemos ser o modus operandi da razão colonial aquela extratora das inteligibilidades de tudo o que há. Ao passo em que apresentamos brevemente os contornos, inícios e intuições sobre o que poderia vir a ser uma ontoespistemologia da opacidade, de modo a inscrevermo-nos não mais enquanto a outridade do Ser, mas, em restando na opacidade glissantiana, subscrevermo-nos no afora da metafísica ocidental, embora sempre em relação. As epistemologias feministas comporão o texto em seus pormenores, na forma em que se apresenta, e desde a prerrogativa da experiência de uma subjetividade parcial e situada, nos conteúdos da crítica e nas possíveis soluções e saídas ao “problema”. No entanto, apareceram menos como exegese e mais como inspiração sobre como, agora, continuar produzindo uma filosofia feminista des-colonial.
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