EXPROPRIAÇÃO DE TERRAS E EXCLUSÃO SOCIAL NA AMAZÔNIA MATO-GROSSENSE
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP |
Texto Completo: | https://periodicos.unifap.br/index.php/pracs/article/view/2314 |
Resumo: | A intensificação da ocupação da Amazônia no século XX, ocorreu por meio de políticas estabelecidas pelo governo federal. O fenômeno da expansão da fronteira agropecuária durante o governo militar acelerou-se de uma forma sem precedentes. Órgãos públicos foram criados para atrair o grande capital nacional e levá-los a expandirem os seus negócios para a Amazônia, fazendo surgir interesses distintos entre aqueles que já estavam instalados na região amazônica, com os dos capitalistas que passaram a ser os donos das terras, e assim, os conflitos socioambientais foram inevitáveis. Tensões sociais ocorreram, prolongando-se por décadas e o discurso do desenvolvimento utilizado para povoar a região, promoveu a insustentabilidade, fazendo acontecer impactos sociais, culturais e ambientais difíceis de serem reparados. Um dos capitalistas atraídos pela política federal de incentivos fiscais, que privilegiava o grande capital em detrimento das populações tradicionais, foi o Grupo Ometto, possuidores ainda hoje, de uma das maiores fortunas do país. Os Ometto implementaram, a Agroepcuária Suiá-Missú, na Amazônia mato-grossense, que estaria hoje, localizada, no município de São Félix do Araguaia, no Norte do Estado de Mato Grosso. No local de instalação da empresa, que teve o status de maior latifúndio da América Latina, estava localizada Marãiwatsédé, nome dado pelos Xavante, etnia que habitava o local há anos. As relações entre os silvícolas e os capitalistas não foram amistosas e se arrastaram de forma perversa durante décadas, excluindo a população tradicional de suas terras, condenando-a a uma situação perversa de sobrevivência e ameaçando de extinção a sua cultura. |
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