ABUNDÂNCIA E DENSIDADE DAS LARVAS DE PEIXES E SUA RELAÇÃO COM NÍVEL DAS ÁGUAS NA CONFLUÊNCIA DOS RIOS SOLIMÕES E NEGRO E NO LAGO CATALÃO, AMAZONAS-BRASIL
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biota Amazônia |
Texto Completo: | https://periodicos.unifap.br/index.php/biota/article/view/5014 |
Resumo: | Avaliou-se a desova de peixes em ambiente fluvial e lacustre através da abundância do ictioplâncton em intervalos de cota de 2 em 2 m de acordo com o ciclo dos rios. Para coleta, utilizou-se uma rede tipo cônico-cilíndrica com um fluxímetro acoplado para registrar o volume de água e assim calcular a densidade de larvas/10 m3. Observou-se que a assembleia de Characiformes migradores realiza um escalonamento de desova no rio Solimões com maior densidade de larvas/10 m3 entre as cotas de 20 a 26 m. Branquinhas (Curimatídeos) e jaraquis (Semaprochilodus spp.) realizam uma única desova entre as cotas de 21 a 23 m. Sardinhas (Triportheus auritus e T. elongatus) e pacu (Mylossoma spp.) desovam de forma parcelada nas cotas de 18 a 20 m e 21 a 19 m na vazante. Os Aracús (Anostomídeos e Hemiodontideos) iniciam a desova antes das branquinhas na cota de 19 m. No lago Catalão, constatamos a desova de Clupeiformes com a presença de ovos na cota de 19 m e de Triportheus albus (Characidae) e Plagioscion squamosissimus (Scianidae, Perciformes) nas cotas de 19 a 21 m. No rio Solimões, ocorre uma intensa desova de Clupeiformes(ANOVA One-way F=3,79; df=35 p=0,0001966) entre as cotas de 18 e 16 m. Conclui-se que, através das cotas, é possível estimar com mais precisão o local e a época da desova dos peixes na Amazônia, gerando informações que podem servir de base para criação de estratégias e subsidiar programas de defeso mais abrangentes visando a conservação e preservação das espécies.Palavras-chave: Ictioplâncton, cota do rio, desova, peixes migradores, recursos pesqueiros. |
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ABUNDÂNCIA E DENSIDADE DAS LARVAS DE PEIXES E SUA RELAÇÃO COM NÍVEL DAS ÁGUAS NA CONFLUÊNCIA DOS RIOS SOLIMÕES E NEGRO E NO LAGO CATALÃO, AMAZONAS-BRASILABUNDANCE AND DENSITY OF FISH LARVAE AND THEIR RELATIONSHIP WITH WATER LEVEL AT THE CONFLUENCE OF THE SOLIMÕES AND NEGRO RIVERS AND THE CATALÃO LAKE, AMAZONAS-BRAZILIctioplâncton; cota do rio; desova; peixes migradores; recursos pesqueiros.Avaliou-se a desova de peixes em ambiente fluvial e lacustre através da abundância do ictioplâncton em intervalos de cota de 2 em 2 m de acordo com o ciclo dos rios. Para coleta, utilizou-se uma rede tipo cônico-cilíndrica com um fluxímetro acoplado para registrar o volume de água e assim calcular a densidade de larvas/10 m3. Observou-se que a assembleia de Characiformes migradores realiza um escalonamento de desova no rio Solimões com maior densidade de larvas/10 m3 entre as cotas de 20 a 26 m. Branquinhas (Curimatídeos) e jaraquis (Semaprochilodus spp.) realizam uma única desova entre as cotas de 21 a 23 m. Sardinhas (Triportheus auritus e T. elongatus) e pacu (Mylossoma spp.) desovam de forma parcelada nas cotas de 18 a 20 m e 21 a 19 m na vazante. Os Aracús (Anostomídeos e Hemiodontideos) iniciam a desova antes das branquinhas na cota de 19 m. No lago Catalão, constatamos a desova de Clupeiformes com a presença de ovos na cota de 19 m e de Triportheus albus (Characidae) e Plagioscion squamosissimus (Scianidae, Perciformes) nas cotas de 19 a 21 m. No rio Solimões, ocorre uma intensa desova de Clupeiformes(ANOVA One-way F=3,79; df=35 p=0,0001966) entre as cotas de 18 e 16 m. Conclui-se que, através das cotas, é possível estimar com mais precisão o local e a época da desova dos peixes na Amazônia, gerando informações que podem servir de base para criação de estratégias e subsidiar programas de defeso mais abrangentes visando a conservação e preservação das espécies.Palavras-chave: Ictioplâncton, cota do rio, desova, peixes migradores, recursos pesqueiros.Fish spawning in river and lake environment was evaluated through the abundance of ichthyoplankton at intervals of 2 m in height according to the river cycle. For collection, a cone-cylindrical type net was used with a coupled flow meter to record the volume of water and to calculate the density of larvae/10 m3. It was observed that the migratory Characiformes assemblage performs spawning scheduling in the Solimões River with a higher density of larvae/10 m3 between the coasts of 20 and 26 m. Branquinhas (Curimatídeos) and jaraquis (Semaprochilodus spp.) carry out a single spawning between the heights of 21 and 23 m. Sardines (Triportheus auritus and T. elongatus) and pacu (Mylossoma spp.) spawn in a piecemeal fashion in the 18 to 20 m depths and 21 to 19 m in the ebb. The Aracus (Anostomidae and Hemiodontids) begin spawning before the whitish ones at the height of 19 m. At Lake Catalão, we observed the spawning of Clupeiformes with the presence of eggs at a height of 19 m and of Triportheus albus (Characidae) and Plagioscion squamosissimus (Scianidae, Perciformes) in the heights of 19 to 21 m. In the Solimões River, intense spawning of Clupeiformes occurs (ANOVA One-way F = 3.79; df = 35 p = 0. 0001966) between the 18 and 16 m depths. It is concluded that, through quotas, it is possible to estimate with more precision the location and time of fish spawning in the Amazon, generating information that can serve as a basis for the creation of strategies and support wider closed programs for the conservation and species preservation.Keywords: Ichthyoplankton; quota of the river; spawning; migratory fish; fishing resources.Universidade Federal do AmapáConselho de desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPqInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Programa de biologia de água doce e pesca interiorPaes, Eduardo dos ReisGomes de Souza, Sthefanie do NascimentoLeite, Rosseval Galdino2020-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo Avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://periodicos.unifap.br/index.php/biota/article/view/501410.18561/2179-5746/biotaamazonia.v10n2p20-24Biota Amazônia (Biote Amazonie, Biota Amazonia, Amazonian Biota); v. 10, n. 2 (2020); 20-242179-5746reponame:Biota Amazôniainstname:Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)instacron:UNIFAPporhttps://periodicos.unifap.br/index.php/biota/article/view/5014/v10n2p20-24.pdfhttps://periodicos.unifap.br/index.php/biota/article/downloadSuppFile/5014/974AmazoniaBiênio 2015-2016ExperimentalDireitos autorais 2020 Biota Amazônia (Biote Amazonie, Biota Amazonia, Amazonian Biota)http://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2020-12-08T14:26:00Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5014Revistahttp://periodicos.unifap.br/index.php/biotaONGhttps://periodicos.unifap.br/index.php/biota/oai||juliosa@unifap.br2179-57462179-5746opendoar:2020-12-08T14:26Biota Amazônia - Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)false |
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Avaliou-se a desova de peixes em ambiente fluvial e lacustre através da abundância do ictioplâncton em intervalos de cota de 2 em 2 m de acordo com o ciclo dos rios. Para coleta, utilizou-se uma rede tipo cônico-cilíndrica com um fluxímetro acoplado para registrar o volume de água e assim calcular a densidade de larvas/10 m3. Observou-se que a assembleia de Characiformes migradores realiza um escalonamento de desova no rio Solimões com maior densidade de larvas/10 m3 entre as cotas de 20 a 26 m. Branquinhas (Curimatídeos) e jaraquis (Semaprochilodus spp.) realizam uma única desova entre as cotas de 21 a 23 m. Sardinhas (Triportheus auritus e T. elongatus) e pacu (Mylossoma spp.) desovam de forma parcelada nas cotas de 18 a 20 m e 21 a 19 m na vazante. Os Aracús (Anostomídeos e Hemiodontideos) iniciam a desova antes das branquinhas na cota de 19 m. No lago Catalão, constatamos a desova de Clupeiformes com a presença de ovos na cota de 19 m e de Triportheus albus (Characidae) e Plagioscion squamosissimus (Scianidae, Perciformes) nas cotas de 19 a 21 m. No rio Solimões, ocorre uma intensa desova de Clupeiformes(ANOVA One-way F=3,79; df=35 p=0,0001966) entre as cotas de 18 e 16 m. Conclui-se que, através das cotas, é possível estimar com mais precisão o local e a época da desova dos peixes na Amazônia, gerando informações que podem servir de base para criação de estratégias e subsidiar programas de defeso mais abrangentes visando a conservação e preservação das espécies.Palavras-chave: Ictioplâncton, cota do rio, desova, peixes migradores, recursos pesqueiros. |
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