Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Research, Society and Development |
Texto Completo: | https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43558 |
Resumo: | Introdução: A resposta inflamatória na DA é caracterizada pela presença de microglia ativada (as células imunocompetentes residentes do cérebro) em estreita associação com placas neuríticas. Evidências atuais sugerem que a microglia está envolvida principalmente na atividade fagocítica e pode ser responsável por induzir danos neuronais adicionais através da geração de espécies de oxigênio e enzimas proteolíticas. Se os medicamentos anti-inflamatórios protegem contra a neurodegeneração observada no cérebro dos pacientes com DA, então os pacientes com histórico de uso de anti-inflamatórios devem ter uma redução nas alterações patológicas no cérebro e na inflamação cerebral. Objetivo: explanar sobre o uso de anti-inflamatórios não esteroides como terapia medicamentosa para a doença de Alzheimer. Resultados: Acredita-se que a inflamação cerebral contribui para as características patológicas da doença de Alzheimer (DA), e foi postulado que os antiinflamatórios protegem contra esse dano tecidual. Porém, um dos fatores controversos em relação ao uso de antiinflamatórios não esteroidais para reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer é a toxicidade associada a esses medicamentos. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura com trabalhos pesquisados nas seguintes bases de dados: National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Library Health Virtual (BVS) e Serviços de Informação EBSCO. Foram analisadas fontes relevantes inerentes ao tema, utilizando como um dos principais critérios a escolha de artigos atuais, originais e internacionais. Um total de 12 artigos científicos foram disponibilizados para revisão. Considerações finais: Os antiinflamatórios têm sido sugeridos como possível tratamento para a doença de Alzheimer (DA). A associação de proteínas imunes e células microgliais imunocompetentes com placas senis (SP) na DA e no envelhecimento normal sugere que essas drogas podem ser capazes de modificar o curso da DA, interferindo na formação de SP ou suprimindo a inflamação. |
id |
UNIFEI_04d7c24d141fd15928d85a5b915bbd28 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/43558 |
network_acronym_str |
UNIFEI |
network_name_str |
Research, Society and Development |
repository_id_str |
|
spelling |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de AlzheimerNonsteroidal anti-inflammatory drugs as a pharmacological alternative in Alzheimer's diseaseAntiinflamatorios no esteroides como alternativa farmacológica en la enfermedad de AlzheimerEnfermedad de AlzheimerNeurodegenerativoFarmacoterapiaAINEs.Alzheimer's diseaseNeurodegenerativePharmacotherapyINEs.Doença de AlzheimerNeurodegenerativoFarmacoterapiaAINEs.Introdução: A resposta inflamatória na DA é caracterizada pela presença de microglia ativada (as células imunocompetentes residentes do cérebro) em estreita associação com placas neuríticas. Evidências atuais sugerem que a microglia está envolvida principalmente na atividade fagocítica e pode ser responsável por induzir danos neuronais adicionais através da geração de espécies de oxigênio e enzimas proteolíticas. Se os medicamentos anti-inflamatórios protegem contra a neurodegeneração observada no cérebro dos pacientes com DA, então os pacientes com histórico de uso de anti-inflamatórios devem ter uma redução nas alterações patológicas no cérebro e na inflamação cerebral. Objetivo: explanar sobre o uso de anti-inflamatórios não esteroides como terapia medicamentosa para a doença de Alzheimer. Resultados: Acredita-se que a inflamação cerebral contribui para as características patológicas da doença de Alzheimer (DA), e foi postulado que os antiinflamatórios protegem contra esse dano tecidual. Porém, um dos fatores controversos em relação ao uso de antiinflamatórios não esteroidais para reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer é a toxicidade associada a esses medicamentos. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura com trabalhos pesquisados nas seguintes bases de dados: National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Library Health Virtual (BVS) e Serviços de Informação EBSCO. Foram analisadas fontes relevantes inerentes ao tema, utilizando como um dos principais critérios a escolha de artigos atuais, originais e internacionais. Um total de 12 artigos científicos foram disponibilizados para revisão. Considerações finais: Os antiinflamatórios têm sido sugeridos como possível tratamento para a doença de Alzheimer (DA). A associação de proteínas imunes e células microgliais imunocompetentes com placas senis (SP) na DA e no envelhecimento normal sugere que essas drogas podem ser capazes de modificar o curso da DA, interferindo na formação de SP ou suprimindo a inflamação.Introduction: Inflammatory response in AD is characterized by the presence of activated microglia (the resident immunocompetent cells of the brain) in close association with neuritic plaques. Current evidence suggests that microglia are primarily involved in phagocytic activity and may be responsible for inducing additional neuronal damage by generating oxygen species and proteolytic enzymes. If anti-inflammatory drugs protect against the neurodegeneration seen in the brain of AD patients, then patients with a history of anti-inflammatory use should have a reduction in pathological changes in the brain and brain inflammation. Objective: to explain about the use of non-steroidal anti-inflammatory drugs as drug therapy for Alzheimer's disease. Results: Brain inflammation is believed to contribute to the pathological features of Alzheimer's disease (AD), and it has been postulated that anti-inflammatories protect against this tissue damage. However, one of the controversial factors regarding the use of non-steroidal anti-inflammatory drugs to reduce the risk of developing Alzheimer's disease is the toxicity associated with these drugs. Methodology: This is a systematic literature review with works searched in the following databases: National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Library Health Virtual (VHL) and EBSCO Information Services. Relevant sources inherent to the theme were analyzed, using as one of the main criteria the choice of current, original and international articles. A total of 12 scientific articles were available for review. Final considerations: Anti-inflammatory drugs have been suggested as a possible treatment for Alzheimer's disease (AD). The association of immune proteins and immunocompetent microglial cells with senile plaques (SP) in AD and normal aging suggests that these drugs may be able to modify the course of AD, either interfering with SP formation or suppressing inflammation.Introducción: La respuesta inflamatoria en la EA se caracteriza por la presencia de microglía activada (las células inmunocompetentes residentes del cerebro) en estrecha asociación con placas neuríticas. La evidencia actual sugiere que la microglía participa principalmente en la actividad fagocítica y puede ser responsable de inducir daño neuronal adicional al generar especies de oxígeno y enzimas proteolíticas. Si los medicamentos antiinflamatorios protegen contra la neurodegeneración observada en el cerebro de los pacientes con EA, entonces los pacientes con antecedentes de uso de antiinflamatorios deberían tener una reducción de los cambios patológicos en el cerebro y de la inflamación cerebral. Objetivo: explicar sobre el uso de antiinflamatorios no esteroideos como terapia farmacológica para la enfermedad de Alzheimer. Resultados: Se cree que la inflamación cerebral contribuye a las características patológicas de la enfermedad de Alzheimer (EA), y se ha postulado que los antiinflamatorios protegen contra este daño tisular. Sin embargo, uno de los factores controvertidos respecto al uso de fármacos antiinflamatorios no esteroides para reducir el riesgo de desarrollar la enfermedad de Alzheimer es la toxicidad asociada a estos fármacos. Metodología: Se trata de una revisión sistemática de la literatura con trabajos buscados en las siguientes bases de datos: Biblioteca Nacional de Medicina (PubMed MEDLINE), Biblioteca Electrónica Científica en Línea (Scielo), Base de Datos Cochrane de Revisiones Sistemáticas (CDSR), Google Scholar, Biblioteca Virtual de Salud (VHL) y Servicios de Información de EBSCO. Se analizaron fuentes relevantes inherentes al tema, teniendo como uno de los principales criterios la elección de artículos actuales, originales e internacionales. Un total de 12 artículos científicos estuvieron disponibles para su revisión. Consideraciones finales: Se han sugerido fármacos antiinflamatorios como posible tratamiento para la enfermedad de Alzheimer (EA). La asociación de proteínas inmunes y células microgliales inmunocompetentes con placas seniles (SP) en la EA y el envejecimiento normal sugiere que estos fármacos pueden modificar el curso de la EA, ya sea interfiriendo con la formación de SP o suprimiendo la inflamación.Research, Society and Development2023-10-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4355810.33448/rsd-v12i10.43558Research, Society and Development; Vol. 12 No. 10; e105121043558Research, Society and Development; Vol. 12 Núm. 10; e105121043558Research, Society and Development; v. 12 n. 10; e1051210435582525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIenghttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43558/35020Copyright (c) 2023 Flávia Demartine Borges de Oliveira; Larissa de Souza D’Angelo; Vinícius Bento Borges Oliveira; Anna Helena Pinheiro Araripe; Melissa Resende Oliveira; Louise Franchi Rigoldi; Angelina Crepaldi Camargo Lima; Isabela Garibaldi Cucolicchio; Bruna Capello Gervásio; Alice Maria Capello Gervásiohttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira, Flávia Demartine Borges de D’Angelo, Larissa de SouzaOliveira, Vinícius Bento BorgesAraripe, Anna Helena PinheiroOliveira, Melissa ResendeRigoldi, Louise FranchiLima, Angelina Crepaldi CamargoCucolicchio, Isabela GaribaldiGervásio, Bruna CapelloGervásio, Alice Maria Capello2023-10-20T10:57:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/43558Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2023-10-20T10:57:42Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer Nonsteroidal anti-inflammatory drugs as a pharmacological alternative in Alzheimer's disease Antiinflamatorios no esteroides como alternativa farmacológica en la enfermedad de Alzheimer |
title |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer |
spellingShingle |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer Oliveira, Flávia Demartine Borges de Enfermedad de Alzheimer Neurodegenerativo Farmacoterapia AINEs. Alzheimer's disease Neurodegenerative Pharmacotherapy INEs. Doença de Alzheimer Neurodegenerativo Farmacoterapia AINEs. |
title_short |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer |
title_full |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer |
title_fullStr |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer |
title_full_unstemmed |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer |
title_sort |
Antiinflamatórios não esteroides como alternativa farmacológica na doença de Alzheimer |
author |
Oliveira, Flávia Demartine Borges de |
author_facet |
Oliveira, Flávia Demartine Borges de D’Angelo, Larissa de Souza Oliveira, Vinícius Bento Borges Araripe, Anna Helena Pinheiro Oliveira, Melissa Resende Rigoldi, Louise Franchi Lima, Angelina Crepaldi Camargo Cucolicchio, Isabela Garibaldi Gervásio, Bruna Capello Gervásio, Alice Maria Capello |
author_role |
author |
author2 |
D’Angelo, Larissa de Souza Oliveira, Vinícius Bento Borges Araripe, Anna Helena Pinheiro Oliveira, Melissa Resende Rigoldi, Louise Franchi Lima, Angelina Crepaldi Camargo Cucolicchio, Isabela Garibaldi Gervásio, Bruna Capello Gervásio, Alice Maria Capello |
author2_role |
author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Flávia Demartine Borges de D’Angelo, Larissa de Souza Oliveira, Vinícius Bento Borges Araripe, Anna Helena Pinheiro Oliveira, Melissa Resende Rigoldi, Louise Franchi Lima, Angelina Crepaldi Camargo Cucolicchio, Isabela Garibaldi Gervásio, Bruna Capello Gervásio, Alice Maria Capello |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Enfermedad de Alzheimer Neurodegenerativo Farmacoterapia AINEs. Alzheimer's disease Neurodegenerative Pharmacotherapy INEs. Doença de Alzheimer Neurodegenerativo Farmacoterapia AINEs. |
topic |
Enfermedad de Alzheimer Neurodegenerativo Farmacoterapia AINEs. Alzheimer's disease Neurodegenerative Pharmacotherapy INEs. Doença de Alzheimer Neurodegenerativo Farmacoterapia AINEs. |
description |
Introdução: A resposta inflamatória na DA é caracterizada pela presença de microglia ativada (as células imunocompetentes residentes do cérebro) em estreita associação com placas neuríticas. Evidências atuais sugerem que a microglia está envolvida principalmente na atividade fagocítica e pode ser responsável por induzir danos neuronais adicionais através da geração de espécies de oxigênio e enzimas proteolíticas. Se os medicamentos anti-inflamatórios protegem contra a neurodegeneração observada no cérebro dos pacientes com DA, então os pacientes com histórico de uso de anti-inflamatórios devem ter uma redução nas alterações patológicas no cérebro e na inflamação cerebral. Objetivo: explanar sobre o uso de anti-inflamatórios não esteroides como terapia medicamentosa para a doença de Alzheimer. Resultados: Acredita-se que a inflamação cerebral contribui para as características patológicas da doença de Alzheimer (DA), e foi postulado que os antiinflamatórios protegem contra esse dano tecidual. Porém, um dos fatores controversos em relação ao uso de antiinflamatórios não esteroidais para reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer é a toxicidade associada a esses medicamentos. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura com trabalhos pesquisados nas seguintes bases de dados: National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), Google Scholar, Library Health Virtual (BVS) e Serviços de Informação EBSCO. Foram analisadas fontes relevantes inerentes ao tema, utilizando como um dos principais critérios a escolha de artigos atuais, originais e internacionais. Um total de 12 artigos científicos foram disponibilizados para revisão. Considerações finais: Os antiinflamatórios têm sido sugeridos como possível tratamento para a doença de Alzheimer (DA). A associação de proteínas imunes e células microgliais imunocompetentes com placas senis (SP) na DA e no envelhecimento normal sugere que essas drogas podem ser capazes de modificar o curso da DA, interferindo na formação de SP ou suprimindo a inflamação. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-10-14 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43558 10.33448/rsd-v12i10.43558 |
url |
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43558 |
identifier_str_mv |
10.33448/rsd-v12i10.43558 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43558/35020 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Research, Society and Development |
publisher.none.fl_str_mv |
Research, Society and Development |
dc.source.none.fl_str_mv |
Research, Society and Development; Vol. 12 No. 10; e105121043558 Research, Society and Development; Vol. 12 Núm. 10; e105121043558 Research, Society and Development; v. 12 n. 10; e105121043558 2525-3409 reponame:Research, Society and Development instname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) instacron:UNIFEI |
instname_str |
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) |
instacron_str |
UNIFEI |
institution |
UNIFEI |
reponame_str |
Research, Society and Development |
collection |
Research, Society and Development |
repository.name.fl_str_mv |
Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) |
repository.mail.fl_str_mv |
rsd.articles@gmail.com |
_version_ |
1797052632264605696 |