Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Manoel Guedes de
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Barbosa, Débora Regina Marques
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Research, Society and Development
Texto Completo: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43580
Resumo: A morte encefálica (ME) é descrita como a irreversível cessação das funções cerebrais corticais e do tronco encefálico, o que implica na impossibilidade de manter a vida sem apoio artificial. Em 2017, o Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou os critérios de diagnóstico da ME, critérios nos quais são alteradas as obrigatoriedades de qualificação profissional, critérios clínicos diagnósticos, intervalo entre as avaliações e exames complementares para a função cerebral. Foi elaborada uma revisão integrativa de literatura a respeito das atualizações nacionais sobre morte encefálica, incluindo a abordagem diagnóstica e propedêutica, realizada nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), EBSCOhost, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Foi visto que, na presença de lesão encefálica, a causa deve ser conhecida, e não deve haver fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico de ME. Além disso, o paciente deve receber tratamento e ser observado em ambiente hospitalar por um período mínimo de seis horas, exceto quando a causa for uma encefalopatia hipóxico-isquêmica primária, caso em que a observação deve ser estendida para 24 horas. É obrigatório realizar pelo menos dois exames clínicos que confirmem a ausência de percepção e a falta de função do tronco encefálico, seguidos por um teste de apneia que comprove a ausência de movimentos respiratórios após estimulação máxima dos centros respiratórios, além de um exame complementar para confirmar a ausência de atividade encefálica. Ademais, um dos médicos capacitados deve ser especialista em uma das seguintes áreas: medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurologia, neurologia pediátrica, neurocirurgia ou medicina de emergência, ou tenha pelo menos um ano de experiência no tratamento de pacientes em coma, seguindo as diretrizes do CFM. A adequada comunicação e o preenchimento do Termo de Declaração de ME são de responsabilidade da equipe médica que realizou os procedimentos diagnósticos.
id UNIFEI_6e7e26ce5b432c40f02357fa074cb743
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/43580
network_acronym_str UNIFEI
network_name_str Research, Society and Development
repository_id_str
spelling Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literaturaDiagnostic and propaedeutic updates in brain death: A literature reviewActualizaciones diagnósticas y propedéuticas en muerte encefálica: Una revisión de la literaturaMuerte cerebralProtocolosActualizar.Morte encefálicaProtocolosAtualização. Brain deathProtocolsUpdate.A morte encefálica (ME) é descrita como a irreversível cessação das funções cerebrais corticais e do tronco encefálico, o que implica na impossibilidade de manter a vida sem apoio artificial. Em 2017, o Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou os critérios de diagnóstico da ME, critérios nos quais são alteradas as obrigatoriedades de qualificação profissional, critérios clínicos diagnósticos, intervalo entre as avaliações e exames complementares para a função cerebral. Foi elaborada uma revisão integrativa de literatura a respeito das atualizações nacionais sobre morte encefálica, incluindo a abordagem diagnóstica e propedêutica, realizada nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), EBSCOhost, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Foi visto que, na presença de lesão encefálica, a causa deve ser conhecida, e não deve haver fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico de ME. Além disso, o paciente deve receber tratamento e ser observado em ambiente hospitalar por um período mínimo de seis horas, exceto quando a causa for uma encefalopatia hipóxico-isquêmica primária, caso em que a observação deve ser estendida para 24 horas. É obrigatório realizar pelo menos dois exames clínicos que confirmem a ausência de percepção e a falta de função do tronco encefálico, seguidos por um teste de apneia que comprove a ausência de movimentos respiratórios após estimulação máxima dos centros respiratórios, além de um exame complementar para confirmar a ausência de atividade encefálica. Ademais, um dos médicos capacitados deve ser especialista em uma das seguintes áreas: medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurologia, neurologia pediátrica, neurocirurgia ou medicina de emergência, ou tenha pelo menos um ano de experiência no tratamento de pacientes em coma, seguindo as diretrizes do CFM. A adequada comunicação e o preenchimento do Termo de Declaração de ME são de responsabilidade da equipe médica que realizou os procedimentos diagnósticos.Brain death (BD) is described as the irreversible cessation of cortical cerebral and brain stem functions, which implies the impossibility of maintaining life without artificial support. In 2017, the Federal Council of Medicine (CFM) updated the diagnostic criteria for ME, criteria in which the mandatory professional qualifications, clinical diagnostic criteria, interval between evaluations and complementary exams for brain function are changed. An integrative literature review was prepared regarding national updates on brain death, including the diagnostic and propaedeutic approach, carried out in the databases PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), EBSCOhost, Virtual Library of Health (VHL) and Scientific Electronic Library Online (SCIELO). It was seen that, in the presence of brain injury, the cause must be known, and there must be no treatable factors that could confuse the diagnosis of BD. Furthermore, the patient must receive treatment and be observed in a hospital environment for a minimum period of six hours, except when the cause is primary hypoxic-ischemic encephalopathy, in which case observation must be extended to 24 hours. It is mandatory to carry out at least two clinical examinations that confirm the absence of perception and the lack of brain stem function, followed by an apnea test that proves the absence of respiratory movements after maximum stimulation of the respiratory centers, in addition to a complementary examination to confirm the absence of brain activity. Furthermore, one of the trained doctors must be a specialist in one of the following areas: intensive care medicine, pediatric intensive care medicine, neurology, pediatric neurology, neurosurgery or emergency medicine, or have at least one year of experience in treating comatose patients, following the CFM guidelines. Adequate communication and completion of the ME Declaration Form are the responsibility of the medical team that performed the diagnostic procedures.La muerte cerebral (ME) se describe como el cese irreversible de las funciones corticales cerebrales y del tronco encefálico, lo que implica la imposibilidad de mantener la vida sin apoyo artificial. En 2017, el Consejo Federal de Medicina (CFM) actualizó los criterios diagnósticos de EM, criterios en los que se modifican las calificaciones profesionales obligatorias, los criterios de diagnóstico clínico, el intervalo entre evaluaciones y los exámenes complementarios de la función cerebral. Se elaboró ​​una revisión integrativa de la literatura sobre las actualizaciones nacionales sobre muerte encefálica, incluyendo el abordaje diagnóstico y propedéutico, realizada en las bases de datos PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), EBSCOhost, Virtual Library of Health (BVS) y Biblioteca Electrónica Científica en Línea (SCIELO). Se vio que, ante la presencia de lesión cerebral, se debe conocer la causa y no debe haber factores tratables que puedan confundir el diagnóstico de TB. Además, el paciente deberá recibir tratamiento y ser observado en ambiente hospitalario por un período mínimo de seis horas, excepto cuando la causa sea encefalopatía hipóxico-isquémica primaria, en cuyo caso la observación deberá ampliarse a 24 horas. Es obligatoria la realización de al menos dos exámenes clínicos que confirmen la ausencia de percepción y la falta de función del tronco encefálico, seguidos de una prueba de apnea que compruebe la ausencia de movimientos respiratorios tras la máxima estimulación de los centros respiratorios, además de un examen complementario. examen para confirmar la ausencia de actividad cerebral. Además, uno de los médicos capacitados debe ser especialista en una de las siguientes áreas: medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurología, neurología pediátrica, neurocirugía o medicina de emergencia, o tener al menos un año de experiencia en el tratamiento de pacientes comatosos. siguiendo las directrices del CFM. La comunicación adecuada y la cumplimentación del Formulario de Declaración de EM son responsabilidad del equipo médico que realizó los procedimientos de diagnóstico.Research, Society and Development2023-10-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4358010.33448/rsd-v12i10.43580Research, Society and Development; Vol. 12 No. 10; e119121043580Research, Society and Development; Vol. 12 Núm. 10; e119121043580Research, Society and Development; v. 12 n. 10; e1191210435802525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43580/35035Copyright (c) 2023 Manoel Guedes de Almeida; Débora Regina Marques Barbosahttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida, Manoel Guedes de Barbosa, Débora Regina Marques2023-10-20T10:57:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/43580Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2023-10-20T10:57:42Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false
dc.title.none.fl_str_mv Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura
Diagnostic and propaedeutic updates in brain death: A literature review
Actualizaciones diagnósticas y propedéuticas en muerte encefálica: Una revisión de la literatura
title Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura
spellingShingle Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura
Almeida, Manoel Guedes de
Muerte cerebral
Protocolos
Actualizar.
Morte encefálica
Protocolos
Atualização.
Brain death
Protocols
Update.
title_short Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura
title_full Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura
title_fullStr Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura
title_full_unstemmed Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura
title_sort Atualizações diagnósticas e propedêuticas em morte encefálica: Uma revisão de literatura
author Almeida, Manoel Guedes de
author_facet Almeida, Manoel Guedes de
Barbosa, Débora Regina Marques
author_role author
author2 Barbosa, Débora Regina Marques
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Almeida, Manoel Guedes de
Barbosa, Débora Regina Marques
dc.subject.por.fl_str_mv Muerte cerebral
Protocolos
Actualizar.
Morte encefálica
Protocolos
Atualização.
Brain death
Protocols
Update.
topic Muerte cerebral
Protocolos
Actualizar.
Morte encefálica
Protocolos
Atualização.
Brain death
Protocols
Update.
description A morte encefálica (ME) é descrita como a irreversível cessação das funções cerebrais corticais e do tronco encefálico, o que implica na impossibilidade de manter a vida sem apoio artificial. Em 2017, o Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou os critérios de diagnóstico da ME, critérios nos quais são alteradas as obrigatoriedades de qualificação profissional, critérios clínicos diagnósticos, intervalo entre as avaliações e exames complementares para a função cerebral. Foi elaborada uma revisão integrativa de literatura a respeito das atualizações nacionais sobre morte encefálica, incluindo a abordagem diagnóstica e propedêutica, realizada nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), EBSCOhost, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Foi visto que, na presença de lesão encefálica, a causa deve ser conhecida, e não deve haver fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico de ME. Além disso, o paciente deve receber tratamento e ser observado em ambiente hospitalar por um período mínimo de seis horas, exceto quando a causa for uma encefalopatia hipóxico-isquêmica primária, caso em que a observação deve ser estendida para 24 horas. É obrigatório realizar pelo menos dois exames clínicos que confirmem a ausência de percepção e a falta de função do tronco encefálico, seguidos por um teste de apneia que comprove a ausência de movimentos respiratórios após estimulação máxima dos centros respiratórios, além de um exame complementar para confirmar a ausência de atividade encefálica. Ademais, um dos médicos capacitados deve ser especialista em uma das seguintes áreas: medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurologia, neurologia pediátrica, neurocirurgia ou medicina de emergência, ou tenha pelo menos um ano de experiência no tratamento de pacientes em coma, seguindo as diretrizes do CFM. A adequada comunicação e o preenchimento do Termo de Declaração de ME são de responsabilidade da equipe médica que realizou os procedimentos diagnósticos.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-10-16
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43580
10.33448/rsd-v12i10.43580
url https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43580
identifier_str_mv 10.33448/rsd-v12i10.43580
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43580/35035
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2023 Manoel Guedes de Almeida; Débora Regina Marques Barbosa
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2023 Manoel Guedes de Almeida; Débora Regina Marques Barbosa
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Research, Society and Development
publisher.none.fl_str_mv Research, Society and Development
dc.source.none.fl_str_mv Research, Society and Development; Vol. 12 No. 10; e119121043580
Research, Society and Development; Vol. 12 Núm. 10; e119121043580
Research, Society and Development; v. 12 n. 10; e119121043580
2525-3409
reponame:Research, Society and Development
instname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
instacron:UNIFEI
instname_str Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
instacron_str UNIFEI
institution UNIFEI
reponame_str Research, Society and Development
collection Research, Society and Development
repository.name.fl_str_mv Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)
repository.mail.fl_str_mv rsd.articles@gmail.com
_version_ 1797052632311791616