A microbiota intestinal, doenças associadas e os possíveis tratamentos: Uma revisão narrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Maria Eduarda Garcia de
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Siqueira, Célia Gomes de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Research, Society and Development
Texto Completo: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41719
Resumo: A microbiota é formada por diversos microrganismos, bactérias, vírus e fungos que habitam o corpo humano, realizando processos mutualistas. Esse mecanismo interfere diretamente na digestão e absorção dos nutrientes, na proteção contra organismos patógenos, na regulação do sistema imune, em funções enzimáticas que atuam como estimuladoras e precursoras de substâncias envolvidas em vários processos metabólicos do hospedeiro. Este trabalho de revisão, tem como objetivo a descrição das funções da microbiota intestinal, em conjunto dos microrganismos existentes do intestino humano, a qual é uma das maiores em diversidade, número e funções desempenhadas. Foram analisados trabalhos utilizando banco de dados como Periódico CAPES, SciELO e LILACS e PubMed, abrangendo publicações entre 1990 a 2022. A microbiota intestinal é responsável pela manutenção da homeostase do intestino, no qual impede o desenvolvimento de patógenos e agentes infecciosos. Existe uma relação entre aumento nas taxas inflamatórias e disbiose intestinal, na qual podem estar associados dietas impróprias, consumo de produtos tóxicos e químicos, além de fatores genéticos e ambientais que podem suprimir ou desencadear o aumento de bactérias nocivas. Foram abordados os fatores determinantes da microbiota intestinal. Discutiu-se as relações entre o cérebro e o intestino e a influência da microbiota na obesidade, no sistema imune, no desenvolvimento de doenças neurológicas e no câncer. O papel da microbiota na colite pseudomembranosa foi apresentado. Foi possível entender que a disbiose desencadeia diversas respostas imunológicas inatas e adaptativas que podem desenvolver a formação de diversos processos maléficos para o hospedeiro. Conclui-se que a microbiota intestinal exerce uma função essencial na conservação da homeostasia do intestino por meio do sistema imunológico do hospedeiro, e evolui com ele, influenciando o metabolismo, a fisiologia e o desenvolvimento do sistema imunológico, enquanto a perturbação da comunidade microbiana pode resultar em doenças crônicas.
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Este trabalho de revisão, tem como objetivo a descrição das funções da microbiota intestinal, em conjunto dos microrganismos existentes do intestino humano, a qual é uma das maiores em diversidade, número e funções desempenhadas. Foram analisados trabalhos utilizando banco de dados como Periódico CAPES, SciELO e LILACS e PubMed, abrangendo publicações entre 1990 a 2022. A microbiota intestinal é responsável pela manutenção da homeostase do intestino, no qual impede o desenvolvimento de patógenos e agentes infecciosos. Existe uma relação entre aumento nas taxas inflamatórias e disbiose intestinal, na qual podem estar associados dietas impróprias, consumo de produtos tóxicos e químicos, além de fatores genéticos e ambientais que podem suprimir ou desencadear o aumento de bactérias nocivas. Foram abordados os fatores determinantes da microbiota intestinal. Discutiu-se as relações entre o cérebro e o intestino e a influência da microbiota na obesidade, no sistema imune, no desenvolvimento de doenças neurológicas e no câncer. O papel da microbiota na colite pseudomembranosa foi apresentado. Foi possível entender que a disbiose desencadeia diversas respostas imunológicas inatas e adaptativas que podem desenvolver a formação de diversos processos maléficos para o hospedeiro. Conclui-se que a microbiota intestinal exerce uma função essencial na conservação da homeostasia do intestino por meio do sistema imunológico do hospedeiro, e evolui com ele, influenciando o metabolismo, a fisiologia e o desenvolvimento do sistema imunológico, enquanto a perturbação da comunidade microbiana pode resultar em doenças crônicas.The microbiota is made up of several microorganisms, bacteria, viruses and fungi that inhabit the human body, carrying out mutualistic processes. This mechanism directly interferes with the digestion and absorption of nutrients, protection against pathogenic organisms, regulation of the immune system, and enzymatic functions that act as stimulators and precursors of substances involved in various metabolic processes of the host. This review aims to describe the functions of the gut microbiota, together with the existing microorganisms of the human gut, which is one of the largest in diversity, number and functions performed. Studies were analyzed using databases such as Periódico CAPES, SciELO and LILACS and PubMed, covering publications between 1990 and 2022. The gut microbiota is responsible for maintaining gut homeostasis, in which it prevents the development of pathogens and infectious agents. There is a relationship between increased inflammatory rates and gut dysbiosis, which may be associated with improper diets, consumption of toxic and chemical products, as well as genetic and environmental factors that can suppress or trigger the increase in harmful bacteria. The determinants of the gut microbiota were addressed. The relationship between the brain and the gut and the influence of the microbiota on obesity, the immune system, the development of neurological diseases and cancer were discussed. The role of the microbiota in pseudomembranous colitis has been presented. It was possible to understand that dysbiosis triggers several innate and adaptive immune responses that can develop the formation of several harmful processes for the host. It is concluded that the intestinal microbiota plays an essential role in maintaining the homeostasis of the intestine through the host's immune system, and evolves with it, influencing the metabolism, physiology and development of the immune system, while disruption of the microbial community can result in chronic diseases.La microbiota está formada por varios microorganismos, bacterias, virus y hongos que habitan en el cuerpo humano, llevando a cabo procesos mutualistas. Este mecanismo interfiere directamente con la digestión y absorción de nutrientes, la protección contra organismos patógenos, la regulación del sistema inmune y las funciones enzimáticas que actúan como estimuladores y precursores de sustancias involucradas en diversos procesos metabólicos del huésped. Esta revisión tiene como objetivo describir las funciones de la microbiota intestinal, junto con los microorganismos existentes en el intestino humano, que es uno de los más grandes en diversidad, número y funciones realizadas. Los estudios fueron analizados utilizando bases de datos como Periódico CAPES, SciELO y LILACS y PubMed, cubriendo publicaciones entre 1990 y 2022. La microbiota intestinal es responsable de mantener la homeostasis intestinal, en la que previene el desarrollo de patógenos y agentes infecciosos. Existe una relación entre el aumento de las tasas inflamatorias y la disbiosis intestinal, que puede estar asociada a dietas inadecuadas, consumo de productos tóxicos y químicos, así como a factores genéticos y ambientales que pueden suprimir o desencadenar el aumento de bacterias dañinas. Se abordaron los determinantes de la microbiota intestinal. Se debatió sobre la relación entre el cerebro y el intestino y la influencia de la microbiota en la obesidad, el sistema inmunitario, el desarrollo de enfermedades neurológicas y el cáncer. Se ha presentado el papel de la microbiota en la colitis pseudomembranosa. Se pudo entender que la disbiosis desencadena varias respuestas inmunes innatas y adaptativas que pueden desarrollar la formación de varios procesos nocivos para el huésped. Se concluye que la microbiota intestinal desempeña un papel clave en el mantenimiento de la homeostasis intestinal a través del sistema inmunitario del huésped, y evoluciona con él, influyendo en el metabolismo, la fisiología y el desarrollo del sistema inmunitario, mientras que la alteración de la comunidad microbiana puede dar lugar a enfermedades crónicas.Research, Society and Development2024-01-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4171910.33448/rsd-v13i1.41719Research, Society and Development; Vol. 13 No. 1; e6113141719Research, Society and Development; Vol. 13 Núm. 1; e6113141719Research, Society and Development; v. 13 n. 1; e61131417192525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41719/35769Copyright (c) 2024 Maria Eduarda Garcia de Andrade; Célia Gomes de Siqueirahttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAndrade, Maria Eduarda Garcia de Siqueira, Célia Gomes de 2024-02-01T09:48:39Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/41719Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2024-02-01T09:48:39Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false
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