Doenças raras do tipo genodermatose: um foco para a engenharia de tecidos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Research, Society and Development |
Texto Completo: | https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41829 |
Resumo: | No Brasil, o Ministério da Saúde considera doenças raras acometimentos que afetam até 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos. Dentre essas enfermidades, existem as genodermatoses, que constituem um grupo heterogêneo de doenças que afetam única ou principalmente a pele. De difícil diagnóstico, o tratamento não costuma ser efetivo. Essa revisão tem como objetivo discutir o potencial real da engenharia de tecidos aplicado ao tratamento de doenças raras. Por meio de uma mini revisão bibliográfica, nota-se que a medicina regenerativa e a engenharia de tecidos têm possibilitado o desenvolvimento de alternativas terapêuticas na substituição e/ou reparo da área comprometida desses pacientes, como a utilização de biomateriais e o uso de células específicas. Um biomaterial deve ser biocompatível, biorreabsorvível, mecanicamente condizente com o local de destino, proporcionar suporte adequado para o sistema viabilizando o crescimento de tecido neoformado in vivo e in vitro, assim como possibilitar o transporte de biomoléculas para indução de respostas celulares. As células, por outro lado, devem ter potencial de diferenciação e se comportar como se estivessem in vivo. A engenharia de tecidos poderia contribuir para o tratamento das doenças raras de duas formas: 1) através de dispositivos que possam simular o funcionamento de tecidos afetados e na triagem de medicamentos, e 2) através de estruturas que possam ser usadas diretamente em processos terapêuticos. Existe, portanto, o potencial real da engenharia de tecidos ser aplicado no tratamento de doenças raras. Inclusive, esse material pode ser útil em uma consulta inicial para pesquisadores que trabalham com o tema. |
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Doenças raras do tipo genodermatose: um foco para a engenharia de tecidos Rare diseases of the genodermatosis type: a focus for tissue engineering Enfermedades raras del tipo genodermatosis: un foco para la ingeniería de tejidosEnfermedades cutáneas genéticasMateriales biocompatiblesEnfermedades cutáneas vesiculoampollosasTecnología biomédica.Dermatopatias genéticasMateriais biocompatíveisDermatopatias vesiculobolhosasTecnologia biomédica.Skin diseases, geneticBiocompatible materialsSkin diseases, vesiculobullousBiomedical technology.No Brasil, o Ministério da Saúde considera doenças raras acometimentos que afetam até 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos. Dentre essas enfermidades, existem as genodermatoses, que constituem um grupo heterogêneo de doenças que afetam única ou principalmente a pele. De difícil diagnóstico, o tratamento não costuma ser efetivo. Essa revisão tem como objetivo discutir o potencial real da engenharia de tecidos aplicado ao tratamento de doenças raras. Por meio de uma mini revisão bibliográfica, nota-se que a medicina regenerativa e a engenharia de tecidos têm possibilitado o desenvolvimento de alternativas terapêuticas na substituição e/ou reparo da área comprometida desses pacientes, como a utilização de biomateriais e o uso de células específicas. Um biomaterial deve ser biocompatível, biorreabsorvível, mecanicamente condizente com o local de destino, proporcionar suporte adequado para o sistema viabilizando o crescimento de tecido neoformado in vivo e in vitro, assim como possibilitar o transporte de biomoléculas para indução de respostas celulares. As células, por outro lado, devem ter potencial de diferenciação e se comportar como se estivessem in vivo. A engenharia de tecidos poderia contribuir para o tratamento das doenças raras de duas formas: 1) através de dispositivos que possam simular o funcionamento de tecidos afetados e na triagem de medicamentos, e 2) através de estruturas que possam ser usadas diretamente em processos terapêuticos. Existe, portanto, o potencial real da engenharia de tecidos ser aplicado no tratamento de doenças raras. Inclusive, esse material pode ser útil em uma consulta inicial para pesquisadores que trabalham com o tema.In Brazil, the Ministry of Health considers rare diseases that affect up to 65 people in every 100,000 individuals. Among these diseases are the genodermatoses, which constitute a heterogeneous group of diseases that primarily or exclusively affect the skin. Difficult to diagnose, the treatment is often ineffective. This mini bibliographic review aims to discuss the true potential of tissue engineering in the treatment of rare diseases. It is worth noting that regenerative medicine and tissue engineering have facilitated the development of therapeutic alternatives for replacing and/or repairing affected areas in these patients, including the use of biomaterials and specific cell types. Biomaterials must be biocompatible, bioresorbable, mechanical compatible with the target site, and provide adequate support to enable the growth of new tissue in vivo and in vitro, as well as facilitate the transport of biomolecules to induce cellular responses. Cells, on the other hand, must have differentiation potential and function as if they were in their natural environment. Tissue engineering can contribute to the treatment of rare diseases in two ways: 1) by developing devices that can mimic the function of affected tissues and aid in drug screening, and 2) by creating structures that can be directly used in therapeutic processes. Therefore, there is a genuine potential for the application of tissue engineering in the treatment of rare diseases. This review can be valuable, even as a starting point for researchers working in this field.En Brasil, el Ministerio de Salud considera enfermedades raras aquellas que afectan hasta 65 personas de cada 100.000 individuos. Entre estas enfermedades se encuentran las genodermatosis, que constituyen un grupo heterogéneo de enfermedades que afectan sólo o principalmente a la piel. Difícil de diagnosticar, a menudo el tratamiento es ineficaz. Esta revisión tiene como objetivo discutir el potencial real de la ingeniería de tejidos aplicada al tratamiento de enfermedades raras. A través de una mini revisión bibliográfica, se destaca que la medicina regenerativa y la ingeniería de tejidos han permitido desarrollar alternativas terapéuticas para reemplazar y/o reparar el área comprometida en estos pacientes, como el uso de biomateriales y células específicas. Un biomaterial debe ser biocompatible, bioreabsorbible, mecánicamente compatible con el lugar de destino, brindar un soporte adecuado al sistema, permitir el crecimiento de tejido neoformado in vivo e in vitro, y facilitar el transporte de biomoléculas para inducir respuestas celulares. Por otro lado, las células deben tener potencial de diferenciación y comportarse como si estuvieran in vivo. La ingeniería de tejidos puede contribuir al tratamiento de enfermedades raras de dos formas: 1) mediante dispositivos que simulan el funcionamiento de los tejidos afectados y ayudan en la selección de fármacos, y 2) mediante estructuras que se utilizan directamente en procesos terapéuticos. Por lo tanto, existe un potencial real para la aplicación de la ingeniería de tejidos en el tratamiento de enfermedades raras. Este material puede ser útil incluso en una consulta inicial para investigadores que trabajan en este tema.Research, Society and Development2023-05-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4182910.33448/rsd-v12i5.41829Research, Society and Development; Vol. 12 No. 5; e29912541829Research, Society and Development; Vol. 12 Núm. 5; e29912541829Research, Society and Development; v. 12 n. 5; e299125418292525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41829/33960Copyright (c) 2023 Luciana Pastena Giorno; Arnaldo Rodrigues Santos Jrhttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGiorno, Luciana Pastena Santos Jr, Arnaldo Rodrigues 2023-05-30T13:24:21Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/41829Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2023-05-30T13:24:21Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false |
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No Brasil, o Ministério da Saúde considera doenças raras acometimentos que afetam até 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos. Dentre essas enfermidades, existem as genodermatoses, que constituem um grupo heterogêneo de doenças que afetam única ou principalmente a pele. De difícil diagnóstico, o tratamento não costuma ser efetivo. Essa revisão tem como objetivo discutir o potencial real da engenharia de tecidos aplicado ao tratamento de doenças raras. Por meio de uma mini revisão bibliográfica, nota-se que a medicina regenerativa e a engenharia de tecidos têm possibilitado o desenvolvimento de alternativas terapêuticas na substituição e/ou reparo da área comprometida desses pacientes, como a utilização de biomateriais e o uso de células específicas. Um biomaterial deve ser biocompatível, biorreabsorvível, mecanicamente condizente com o local de destino, proporcionar suporte adequado para o sistema viabilizando o crescimento de tecido neoformado in vivo e in vitro, assim como possibilitar o transporte de biomoléculas para indução de respostas celulares. As células, por outro lado, devem ter potencial de diferenciação e se comportar como se estivessem in vivo. A engenharia de tecidos poderia contribuir para o tratamento das doenças raras de duas formas: 1) através de dispositivos que possam simular o funcionamento de tecidos afetados e na triagem de medicamentos, e 2) através de estruturas que possam ser usadas diretamente em processos terapêuticos. Existe, portanto, o potencial real da engenharia de tecidos ser aplicado no tratamento de doenças raras. Inclusive, esse material pode ser útil em uma consulta inicial para pesquisadores que trabalham com o tema. |
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