A relação da disbiose e desenvolvimento de transtornos neurodegenerativos: uma revisão sistemática de literatura
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Research, Society and Development |
Texto Completo: | https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41454 |
Resumo: | A disbiose consiste no desequilíbrio entre bactérias protetoras e agressoras do trato gastrointestinal (TGI), associando-se à produção de toxinas que podem gerar prejuízos à saúde. O impacto ao microbioma intestinal pode ser causado pelo uso indiscriminado de medicamentos, alimentação inadequada, distúrbios imunológicos e avanço da idade. O presente trabalho tem como objetivo analisar, por meio da comparação de 23 estudos, como o eixo intestino-cérebro é influenciado por bactérias do TGI e suas modificações quando disbiótico, além da participação no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como Doença de Alzheimer (DA), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Doença de Parkinson (DP) - bem como, elencar as vantagens das terapêuticas para otimizar o prognóstico dessas doenças. Quanto à DA, a microbiota intestinal pode influenciar no seu início e/ou progressão, por meio do aumento da imunorreatividade amiloide beta e mudanças fosfo-tau; além disso, secreções bacterianas estimulam a neuroinflamação e neurodegeneração. Na ELA, a redução de grupos bacteroides promove maior abundância de cianobactérias produtoras de moléculas neurotóxicas. No que tange à DP, estudos afirmam que a doença pode ter início no intestino através da correlação com a agregação de alfa-sinucleína no cólon. Quanto à terapêutica, pesquisadores afirmam que modificações dietéticas e uso de antibióticos e probióticos auxiliam no resgate do microbioma intestinal e reduzem a neurodegeneração; destaca-se ainda que o transplante de matéria fecal é neuroprotetor ao reduzir a disbiose intestinal. Conclui-se que doenças neurodegenerativas são estimuladas pelo produto das bactérias, os quais afetam a barreira hematoencefálica e influenciam negativamente a homeostase do sistema nervoso. |
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A relação da disbiose e desenvolvimento de transtornos neurodegenerativos: uma revisão sistemática de literaturaThe relationship between dysbiosis and the development of neurodegenerative disorders: a systematic literature reviewRelación entre la disbiosis y el desarrollo de trastornos neurodegenerativos: una revisión bibliográfica sistemáticaGastrointestinal MicrobiomeDysbiosisCentral Nervous SystemNeurodegenerative diseases.Microbioma GastrointestinalDisbiosisSistema nervioso centralEnfermedades neurodegenerativas.Microbioma gastrointestinalDisbioseSistema nervoso centralDoenças neurodegenerativas.A disbiose consiste no desequilíbrio entre bactérias protetoras e agressoras do trato gastrointestinal (TGI), associando-se à produção de toxinas que podem gerar prejuízos à saúde. O impacto ao microbioma intestinal pode ser causado pelo uso indiscriminado de medicamentos, alimentação inadequada, distúrbios imunológicos e avanço da idade. O presente trabalho tem como objetivo analisar, por meio da comparação de 23 estudos, como o eixo intestino-cérebro é influenciado por bactérias do TGI e suas modificações quando disbiótico, além da participação no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como Doença de Alzheimer (DA), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Doença de Parkinson (DP) - bem como, elencar as vantagens das terapêuticas para otimizar o prognóstico dessas doenças. Quanto à DA, a microbiota intestinal pode influenciar no seu início e/ou progressão, por meio do aumento da imunorreatividade amiloide beta e mudanças fosfo-tau; além disso, secreções bacterianas estimulam a neuroinflamação e neurodegeneração. Na ELA, a redução de grupos bacteroides promove maior abundância de cianobactérias produtoras de moléculas neurotóxicas. No que tange à DP, estudos afirmam que a doença pode ter início no intestino através da correlação com a agregação de alfa-sinucleína no cólon. Quanto à terapêutica, pesquisadores afirmam que modificações dietéticas e uso de antibióticos e probióticos auxiliam no resgate do microbioma intestinal e reduzem a neurodegeneração; destaca-se ainda que o transplante de matéria fecal é neuroprotetor ao reduzir a disbiose intestinal. Conclui-se que doenças neurodegenerativas são estimuladas pelo produto das bactérias, os quais afetam a barreira hematoencefálica e influenciam negativamente a homeostase do sistema nervoso.Dysbiosis consists of an imbalance between protective and aggressive bacteria in the gastrointestinal tract (GI tract), associated with the production of toxins that can be harmful to health. The impact on the intestinal microbiome can be caused by the indiscriminate use of medications, inadequate diet, immunological disorders, and advancing age. The present work aims to analyze, by comparing 23 studies, how the gut-brain axis is influenced by gastrointestinal bacteria and their modifications when dysbiotic, as well as their participation in the development of neurodegenerative diseases such as Alzheimer's disease (AD), Amyotrophic lateral sclerosis (ALS), and Parkinson's disease (PD) - and to list the advantages of therapies to optimize the prognosis of these diseases. As for AD, the gut microbiota may influence its onset and/or progression, through increased amyloid-beta immunoreactivity and phospho-tau changes; moreover, bacterial secretions stimulate neuroinflammation and neurodegeneration. In ALS, the reduction of bacteroid groups promotes increased abundance of cyanobacteria producing neurotoxic molecules. Regarding PD, studies state that the disease may begin in the intestine through correlation with alpha-synuclein aggregation in the colon. As for therapy, researchers state that dietary modifications and the use of antibiotics and probiotics help rescue the intestinal microbiome and reduce neurodegeneration; it is also highlighted that fecal matter transplantation is neuroprotective by reducing intestinal dysbiosis. It is concluded that neurodegenerative diseases are stimulated by the product of bacteria, which affect the blood-brain barrier and negatively influence the homeostasis of the nervous system.La disbiosis consiste en un desequilibrio de las bacterias del tracto gastrointestinal (GI), asociado a la producción de toxinas perjudiciales para la salud. El impacto sobre el microbioma intestinal puede deberse al uso indiscriminado de medicamentos, una dieta inadecuada, trastornos inmunológicos y envejecimiento. En este trabajo se analiza, mediante la comparación de 23 estudios, la influencia en el eje intestino-cerebro de las bacterias gastrointestinales y sus modificaciones disbióticas, así como su participación en el desarrollo de enfermedades neurodegenerativas como el Alzheimer (EA), la esclerosis lateral amiotrófica (ELA) y la enfermedad de Parkinson (EP), y se enumeran ventajas de las terapias para optimizar el pronóstico de estas enfermedades. En cuanto la EA, la microbiota intestinal influye en su aparición o progresión mediante el aumento de la inmunorreactividad de la beta-amiloide y los cambios en la fosfo-tau. En la ELA, la reducción de los grupos bacteroides favorece el aumento del número de cianobacterias productoras de moléculas neurotóxicas. En cuanto a la EP, estudios afirman que la enfermedad puede comenzar en el intestino por correlación con la agregación de alfa-sinucleína al colon. Cuanto a la terapia, los investigadores afirman que las modificaciones dietéticas y el uso de antibióticos y probióticos ayudan a rescatar el microbioma intestinal y reducir la neurodegeneración; también se destaca que el trasplante de materia fecal es neuroprotector reduciendo la disbiosis intestinal. Concluimos que las enfermedades neurodegenerativas son estimuladas por el producto de bacterias, que afectan a la barrera hematoencefálica e influyen negativamente en la homeostasis del sistema nervioso.Research, Society and Development2023-04-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4145410.33448/rsd-v12i5.41454Research, Society and Development; Vol. 12 No. 5; e3612541454Research, Society and Development; Vol. 12 Núm. 5; e3612541454Research, Society and Development; v. 12 n. 5; e36125414542525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/41454/33669Copyright (c) 2023 Juliana de Castro Vilanova; Beatriz Ribas de Melo; Thaiz Helena Lopes da Rocha; Iane Lopes da Rocha; Bruno Mendes Moura Dias Guerra; Tereza Cristina Carvalho de Sousa Garcês; Ana Rachel Oliveira de Andradehttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessVilanova, Juliana de Castro Melo, Beatriz Ribas de Rocha, Thaiz Helena Lopes da Rocha, Iane Lopes da Guerra, Bruno Mendes Moura Dias Garcês, Tereza Cristina Carvalho de Sousa Andrade, Ana Rachel Oliveira de 2023-05-30T13:24:21Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/41454Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2023-05-30T13:24:21Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false |
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