Mecanismos associados à possível transmissão vertical do SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Débora de Sousa
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Fernandes, Cleverson Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Research, Society and Development
Texto Completo: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39786
Resumo: A gravidez associada a infecção pelo SARS-CoV-2 pode ser letal para mãe e para o feto, e a prematuridade é mais frequente em pacientes infectadas. Entretanto, a possível transmissão vertical ainda é um assunto divergente no meio científico, onde a veracidade e os possíveis mecanismos ainda não estão completamente estabelecidos. Realizamos uma revisão sistemática, previamente registrada na OSF (https://osf.io/ybt8x/?view_only=b62dc26ca157432dabcc56d40f9cc32a), por meio de descritores DeCS/MeSH e operadores booleanos, nas bases de dados Embase, PubMed e Web of Science, com a seleção pela triagem e leitura do texto completo, objetivando avaliar a ocorrência da transmissão vertical, com foco no desfecho. Constatamos que a expressão do receptor 2 da enzima conversora de angiotensina (ACE2) na interface materno-fetal envolvendo a placenta e a decídua, ainda que mínima, expõe uma situação em que o SARS-CoV-2 pode invadir, danificar e aumentar a permeabilidade placentária, resultando no acometimento infeccioso do feto. A transmissão, quando presente, não é dependente direta da gravidade da progressão da doença, mesmo havendo associação da positividade de IgM anti-SARS-CoV-2 com as anormalidades placentárias e a gravidade da doença materna. Concluímos que há possibilidade de transmissão vertical, ainda que haja controvérsia entre os autores e, também, ressaltam a potencialização das respostas de anticorpos das vacinas, expondo resultados positivos para as gestantes e, até mesmo, para o feto.
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Realizamos uma revisão sistemática, previamente registrada na OSF (https://osf.io/ybt8x/?view_only=b62dc26ca157432dabcc56d40f9cc32a), por meio de descritores DeCS/MeSH e operadores booleanos, nas bases de dados Embase, PubMed e Web of Science, com a seleção pela triagem e leitura do texto completo, objetivando avaliar a ocorrência da transmissão vertical, com foco no desfecho. Constatamos que a expressão do receptor 2 da enzima conversora de angiotensina (ACE2) na interface materno-fetal envolvendo a placenta e a decídua, ainda que mínima, expõe uma situação em que o SARS-CoV-2 pode invadir, danificar e aumentar a permeabilidade placentária, resultando no acometimento infeccioso do feto. A transmissão, quando presente, não é dependente direta da gravidade da progressão da doença, mesmo havendo associação da positividade de IgM anti-SARS-CoV-2 com as anormalidades placentárias e a gravidade da doença materna. Concluímos que há possibilidade de transmissão vertical, ainda que haja controvérsia entre os autores e, também, ressaltam a potencialização das respostas de anticorpos das vacinas, expondo resultados positivos para as gestantes e, até mesmo, para o feto.Pregnancy associated with SARS-CoV-2 infection can be lethal for both mother and fetus, and prematurity is more frequent in infected patients. However, possible vertical transmission is still a divergent issue in the scientific environment, where the veracity and possible mechanisms are not yet fully established. We conducted a systematic review, previously registered in OSF (https://osf.io/ybt8x/?view_only=b62dc26ca157432dabcc56d40f9cc32a), using DeCS/MeSH descriptors and Boolean operators, in Embase, PubMed and Web of Science databases, with selection by screening and reading the full text, aiming to assess the occurrence of vertical transmission, with a focus on the outcome. We found that the expression of angiotensin-converting enzyme receptor 2 (ACE2) at the maternal-fetal interface involving the placenta and decidua, even if minimal, exposes a situation in which SARS-CoV-2 can invade, damage, and increase placental permeability, resulting in infectious involvement of the fetus. Transmission, when present, is not directly dependent on the severity of disease progression, even though there is an association of anti-SARS-CoV-2 IgM positivity with placental abnormalities and the severity of maternal disease. We conclude that there is a possibility of vertical transmission, even though there is controversy among authors, and also highlight the potentiation of vaccine antibody responses, exposing positive results for pregnant women and even for the fetus.El embarazo asociado a la infección por SARS-CoV-2 puede ser letal tanto para la madre como para el feto, y la prematuridad es más frecuente en las pacientes infectadas. Sin embargo, la posible transmisión vertical sigue siendo una cuestión divergente en el ámbito científico, donde la veracidad y los posibles mecanismos aún no están totalmente establecidos. Se realizó una revisión sistemática, previamente registrada en OSF (https://osf.io/ybt8x/?view_only=b62dc26ca157432dabcc56d40f9cc32a), utilizando descriptores DeCS/MeSH y operadores booleanos, en las bases de datos Embase, PubMed y Web of Science, con selección por cribado y lectura del texto completo, con el objetivo de evaluar la ocurrencia de transmisión vertical, centrándose en el resultado. Descubrimos que la expresión del receptor 2 de la enzima convertidora de angiotensina (ACE2) en la interfaz materno-fetal que implica a la placenta y la decidua, aunque sea mínima, expone una situación en la que el SARS-CoV-2 puede invadir, dañar y aumentar la permeabilidad placentaria, dando lugar a la afectación infecciosa del feto. La transmisión, cuando está presente, no depende directamente de la gravedad de la progresión de la enfermedad, aunque existe una asociación de positividad de IgM anti-SARS-CoV-2 con anomalías placentarias y gravedad de la enfermedad materna. Concluimos que existe la posibilidad de transmisión vertical, aunque hay controversia entre los autores, y también destacamos la potenciación de las respuestas de anticuerpos vacunales, exponiendo resultados positivos para las gestantes e incluso para el feto.Research, Society and Development2023-01-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3978610.33448/rsd-v12i1.39786Research, Society and Development; Vol. 12 No. 1; e29812139786Research, Society and Development; Vol. 12 Núm. 1; e29812139786Research, Society and Development; v. 12 n. 1; e298121397862525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/39786/32635Copyright (c) 2023 Débora de Sousa Rodrigues; Cleverson Rodrigues Fernandeshttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRodrigues, Débora de Sousa Fernandes, Cleverson Rodrigues 2023-01-13T10:30:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/39786Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2023-01-13T10:30:42Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false
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description A gravidez associada a infecção pelo SARS-CoV-2 pode ser letal para mãe e para o feto, e a prematuridade é mais frequente em pacientes infectadas. Entretanto, a possível transmissão vertical ainda é um assunto divergente no meio científico, onde a veracidade e os possíveis mecanismos ainda não estão completamente estabelecidos. Realizamos uma revisão sistemática, previamente registrada na OSF (https://osf.io/ybt8x/?view_only=b62dc26ca157432dabcc56d40f9cc32a), por meio de descritores DeCS/MeSH e operadores booleanos, nas bases de dados Embase, PubMed e Web of Science, com a seleção pela triagem e leitura do texto completo, objetivando avaliar a ocorrência da transmissão vertical, com foco no desfecho. Constatamos que a expressão do receptor 2 da enzima conversora de angiotensina (ACE2) na interface materno-fetal envolvendo a placenta e a decídua, ainda que mínima, expõe uma situação em que o SARS-CoV-2 pode invadir, danificar e aumentar a permeabilidade placentária, resultando no acometimento infeccioso do feto. A transmissão, quando presente, não é dependente direta da gravidade da progressão da doença, mesmo havendo associação da positividade de IgM anti-SARS-CoV-2 com as anormalidades placentárias e a gravidade da doença materna. Concluímos que há possibilidade de transmissão vertical, ainda que haja controvérsia entre os autores e, também, ressaltam a potencialização das respostas de anticorpos das vacinas, expondo resultados positivos para as gestantes e, até mesmo, para o feto.
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