A morte e a prática de profissionais de saúde: contribuições da teoria das representações sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Brenda de Lima Pinto da
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Lira, Beatryz Andrade, Kintschev, Katiuscia, Lopes, Zaira de Andrade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Research, Society and Development
Texto Completo: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38840
Resumo: O estudo buscou analisar as representações sociais de morte para profissionais de saúde. Procedeu-se uma revisão sistemática de literatura, a partir de estudos catalogados nos portais BDTD e OASIS. A Teoria das Representações Sociais foi assumida enquanto fundamentação teórica e recorreu-se a Técnica de Análise de Conteúdo para organização e análise do material selecionado. Realizou-se as buscas por meio das palavras-chave: morte; profissionais de saúde; representações sociais. Como critérios de inclusão, admitiu-se: textos de livre acesso, de estudos brasileiros; que contemplem ou tangenciem o tema morte/morrer/finitude como objeto de estudo; que tenham como sujeito de investigação profissionais de saúde e; que sejam sustentados pela Teoria das Representações Sociais. Foram selecionados 8 trabalhos. Os resultados indicam representações sociais de morte como fenômeno difícil de ser vivenciado e como uma passagem. Revelam o incipiente preparo para lidar com a morte, na formação em saúde, constituindo práticas de ênfase tecnicista, muitas vezes, despojadas das dimensões subjetivas dos processos de vida e morte. Resulta, assim, em práticas profissionais frágeis quanto a terminalidade, tornando difícil a convivência com tal fenômeno. Os profissionais de saúde parecem recorrer a um repertório cultural religioso para representar a morte e o morrer. Também emergiu, associada a representação social de morte, a RS de profissional de saúde como aquele que salva e reestabelece vidas. Essa RS denota exercer importante interferência na formação das representações da morte como difícil de ser vivenciada.
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Como critérios de inclusão, admitiu-se: textos de livre acesso, de estudos brasileiros; que contemplem ou tangenciem o tema morte/morrer/finitude como objeto de estudo; que tenham como sujeito de investigação profissionais de saúde e; que sejam sustentados pela Teoria das Representações Sociais. Foram selecionados 8 trabalhos. Os resultados indicam representações sociais de morte como fenômeno difícil de ser vivenciado e como uma passagem. Revelam o incipiente preparo para lidar com a morte, na formação em saúde, constituindo práticas de ênfase tecnicista, muitas vezes, despojadas das dimensões subjetivas dos processos de vida e morte. Resulta, assim, em práticas profissionais frágeis quanto a terminalidade, tornando difícil a convivência com tal fenômeno. Os profissionais de saúde parecem recorrer a um repertório cultural religioso para representar a morte e o morrer. Também emergiu, associada a representação social de morte, a RS de profissional de saúde como aquele que salva e reestabelece vidas. Essa RS denota exercer importante interferência na formação das representações da morte como difícil de ser vivenciada.The study sought to analyze the social representations of death for health professionals. A systematic literature review was carried out, based on studies cataloged in the BDTD and OASIS portals. The Theory of Social Representations was assumed as a theoretical foundation and the Content Analysis Technique was used to organize and analyze the selected material. Searches were carried out using the keywords: death; Health professionals; social representations. As inclusion criteria, it was admitted: free access texts, from Brazilian studies; that contemplate or touch upon the theme of death/dying/finitude as an object of study; that have health professionals as research subjects and; that are supported by the Theory of Social Representations. Eight works were selected. The results indicate social representations of death as a difficult phenomenon to be experienced and as a passage. They reveal the incipient preparation to deal with death, in health education, constituting practices with a technical emphasis, often stripped of the subjective dimensions of the processes of life and death. It results, therefore, in fragile professional practices regarding terminality, making it difficult to live with this phenomenon. Health professionals seem to resort to a religious cultural repertoire to represent death and dying. Also emerged, associated with the social representation of death, the SR of health professionals as those who save and restore lives. This SR denotes an important interference in the formation of representations of death as difficult to experience.El estudio buscó analizar las representaciones sociales de la muerte para los profesionales de la salud. Se realizó una revisión sistemática de la literatura, a partir de estudios catalogados en los portales BDTD y OASIS. Se asumió como fundamento teórico la Teoría de las Representaciones Sociales y se utilizó la Técnica de Análisis de Contenido para organizar y analizar el material seleccionado. Las búsquedas se realizaron con las palabras clave: muerte; Profesionales de la salud; representaciones sociales. Como criterios de inclusión, se admitieron: textos de libre acceso, de estudios brasileños; que contemplan o tocan el tema de la muerte/morir/finitud como objeto de estudio; que tengan como sujetos de investigación a los profesionales de la salud y; que se sustentan en la Teoría de las Representaciones Sociales. Se seleccionaron ocho obras. Los resultados apuntan representaciones sociales de la muerte como un fenómeno difícil de vivir y como un pasaje. Revelan la incipiente preparación para el enfrentamiento de la muerte, en la educación en salud, constituyendo prácticas con énfasis técnico, muchas veces despojadas de las dimensiones subjetivas de los procesos de vida y muerte. Resulta, por lo tanto, en prácticas profesionales frágiles respecto a la terminalidad, dificultando la convivencia con este fenómeno. Los profesionales de la salud parecen recurrir a un repertorio cultural religioso para representar la muerte y el morir. También surgió, asociada a la representación social de la muerte, la RS de los profesionales de la salud como aquellos que salvan y restauran vidas. Esta RS denota una importante interferencia en la formación de representaciones de la muerte como difícil de vivenciar.Research, Society and Development2022-12-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3884010.33448/rsd-v11i17.38840Research, Society and Development; Vol. 11 No. 17; e145111738840Research, Society and Development; Vol. 11 Núm. 17; e145111738840Research, Society and Development; v. 11 n. 17; e1451117388402525-3409reponame:Research, Society and Developmentinstname:Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)instacron:UNIFEIporhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38840/32140Copyright (c) 2022 Brenda de Lima Pinto da Silva; Beatryz Andrade Lira; Katiuscia Kintschev; Zaira de Andrade Lopeshttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Brenda de Lima Pinto daLira, Beatryz AndradeKintschev, KatiusciaLopes, Zaira de Andrade2022-12-28T13:53:48Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/38840Revistahttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/indexPUBhttps://rsdjournal.org/index.php/rsd/oairsd.articles@gmail.com2525-34092525-3409opendoar:2024-01-17T09:52:22.411015Research, Society and Development - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)false
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