Viva o Rei de Portugal e a Cisplatina Oriental: imprensa e a linguagem política do liberalismo lusitano no Rio da Prata (1817-1824)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Almanack (Guarulhos) |
Texto Completo: | https://periodicos.unifesp.br/index.php/alm/article/view/11834 |
Resumo: | The objective of this work is to study the creation of the Cisplatina province and its insertion in the Ibero-American liberal experiences. I argue that the transformations in Portugal made it possible to arrange new political pacts in the Río de la Plata and, thus, the fulfillment of an old desire of the Crown: the officialization of Portugal's domination in the region. To this end, the press in the process of growth played a fundamental role. In 1821, the Extraordinary Courts of Lisbon enacted the Freedom of the Press Law for the United Kingdom of Portugal, Brazil and Algarves, expanding the right acquired by the kingdoms in the previous year. This process meant the appearance of publications in unpublished numbers in Montevideo, part of these domains. Creating a dynamic of discussion in the public sphere with different possibilities for the future. In the newspapers, inserted in the Portuguese dynamics and favorable to the creation of the Cisplatina province, which dates from the same year, fundamental concepts of Portuguese liberalism were reverberated and emulated, such as regeneration, order, anarchy, revolution. I also point out that it was the Artiguist movement, in its most radical stage and its difficulties in imposing its project on all eastern territory, which brought the Montevideo's elites closer to the Portuguese authorities and its discourse of pacification and regeneration along the lines of European movements. Radical changes and changes in social hierarchies were avoided. Thus, by associating the creation of Cisplatina with a space of experience based on civil wars, a horizon of expectations was projected around the pacification and unity of the Portuguese domains. |
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Viva o Rei de Portugal e a Cisplatina Oriental: imprensa e a linguagem política do liberalismo lusitano no Rio da Prata (1817-1824)CisplatinaImprensaLiberalismoLinguagem PolíticaPortugalRio da PrataCisplatineLiberalismPolitical languagePressPortugalRiver PlateCisplatinaLiberalismoLenguaje PolíticoPrensaPortugalRío de la PlataThe objective of this work is to study the creation of the Cisplatina province and its insertion in the Ibero-American liberal experiences. I argue that the transformations in Portugal made it possible to arrange new political pacts in the Río de la Plata and, thus, the fulfillment of an old desire of the Crown: the officialization of Portugal's domination in the region. To this end, the press in the process of growth played a fundamental role. In 1821, the Extraordinary Courts of Lisbon enacted the Freedom of the Press Law for the United Kingdom of Portugal, Brazil and Algarves, expanding the right acquired by the kingdoms in the previous year. This process meant the appearance of publications in unpublished numbers in Montevideo, part of these domains. Creating a dynamic of discussion in the public sphere with different possibilities for the future. In the newspapers, inserted in the Portuguese dynamics and favorable to the creation of the Cisplatina province, which dates from the same year, fundamental concepts of Portuguese liberalism were reverberated and emulated, such as regeneration, order, anarchy, revolution. I also point out that it was the Artiguist movement, in its most radical stage and its difficulties in imposing its project on all eastern territory, which brought the Montevideo's elites closer to the Portuguese authorities and its discourse of pacification and regeneration along the lines of European movements. Radical changes and changes in social hierarchies were avoided. Thus, by associating the creation of Cisplatina with a space of experience based on civil wars, a horizon of expectations was projected around the pacification and unity of the Portuguese domains.El objetivo de este trabajo es estudiar la creación de la provincia Cisplatina y su inserción en las experiencias liberales iberoamericanas. Sostengo que las transformaciones en Portugal permitieron acordar nuevos pactos políticos en el Río de la Plata y, por tanto, el cumplimiento de un antiguo deseo de la Corona: la oficialización del dominio de Portugal en la región. Para ello, la prensa en proceso de crecimiento jugó un papel fundamental. En 1821, las Cortes Extraordinarias de Lisboa promulgaron la Ley de Libertad de Prensa para el Reino Unido de Portugal, Brasil y Algarves, ampliando el derecho adquirido por los reinos el año anterior. Este proceso significó la aparición de publicaciones en números inéditos en Montevideo, parte de estos dominios. Estableciendo una dinámica de discusión en la esfera pública con varias posibilidades de futuro. En los periódicos, insertos en la dinámica portuguesa y favorables a la creación de la provincia de Cisplatina, que data del mismo año, se reverberaron y emularon conceptos fundamentales del liberalismo portugués, como regeneración, orden, anarquía, revolución. Destaco también que fue el movimiento artiguista, en su etapa más radical y sus dificultades para imponer su proyecto en todo el territorio oriental, lo que acercó a las élites de Montevideo a las autoridades portuguesas y su discurso de pacificación y regeneración en la línea de los movimientos europeos. Se evitaron cambios radicales en las jerarquías sociales. Así, al asociar la creación de Cisplatina a un espacio de experiencia basado en guerras civiles, se proyectó un horizonte de expectativas en torno a la pacificación y unidad de los dominios portugueses.O objetivo deste trabalho é estudar a criação da província Cisplatina e sua inserção nas experiências liberais ibero-americanas. Defendo que as transformações em Portugal possibilitaram o arranjo de novos pactos políticos no Rio da Prata e, desse modo, a realização de um antigo desejo da Coroa: a oficialização da dominação de Portugal na região. Para tanto, a imprensa em processo de crescimento exerceu papel fundamental. Em 1821, as Cortes Extraordinárias de Lisboa promulgaram a Lei de Liberdade de Imprensa para o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, ampliando para além-mar o direito adquirido pelos reinóis no ano anterior. Esse processo o significou o surgimento de publicações em números inéditos em Montevidéu, parte desses domínios. Criando uma dinâmica de discussão na esfera pública com diversas possibilidades de futuro aventadas. Nos jornais, inseridos na dinâmica lusitana e favoráveis a criação da província Cisplatina, que data do mesmo ano, foram reverberados e emulados conceitos fundamentais do liberalismo português, a exemplo de regeneração, ordem, anarquia, revolução. Destaco também que foi o movimento artiguista, em sua etapa mais radical e suas dificuldades de impor seu projeto a todo território oriental, que aproximou as elites montevideanas das autoridades lusas e seu discurso de pacificação e regeneração aos moldes dos movimentos europeus. Evitava-se mudanças radicais e alterações nas hierarquias sociais. Desse modo, ao associar a criação da Cisplatina um espaço de experiência baseado nas guerras civis se projetou um horizonte de expectativas em torno da pacificação e da unidade dos domínios lusitanos. 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