Decrépitos, anêmicos, tuberculosos: africanos na Santa Casa de Misericórdia da Bahia (1867-1872)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Almanack (Guarulhos) |
Texto Completo: | https://periodicos.unifesp.br/index.php/alm/article/view/1374 |
Resumo: | Utilizando registros de entrada de pacientes no hospital da Santa Casa de Misericória da Bahia, fontes inéditas levantadas no arquivo da instituição, discuto nesse artigo a questão dos das doenças de africanos que viviam em Salvador na década de 1870. Embora imaginemos que muitos destes estrangeiros buscassem, por razões culturais e religiosas, práticas de cura alternativas à medicina oficial, as doenças não davam trégua e, muitas vezes, era necessário recorrer ao hospital para lidar com os terríveis males físicos que os afligiam. Para refletir sobre esse importante momento da vida dos africanos no Brasil, a hora de lidar com as doenças graves, os registros da Santa Casa são uma fonte privilegiada. A ideia é pensar, a partir de uma amostra inicial, formas de analisar a presença de africanos na Santa Casa de Misericórdia da Bahia e, em seguida, na cidade, para chegar mais perto de quem eram e como viviam. Os dados indicam, além de nomes, idades, condição, estado civil, profissão, cor e naturalidade, as moléstias com que os pacientes chegavam, a data exata da entrada, a enfermaria para onde eram levados e a data exata da saída – ou, se fosse o caso, do óbito. Além disso, discuto concepções médicas da época sobre as doenças dos africanos, bem como as condições de funcionamento da própria insitituição, relacionando com a vasta bibliografia existente sobre o tema da saúde dos escravos. O artigo fecha com a narrativa da história de um africano, especulando sobre as possibilidades e caminhos que poderia ter seguido - e que eram comuns à maioria dos africanos - ao longo de sua vida. |
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