Mudança de regime cambial e a arbitragem no mercado de ativos brasileiro: um teste
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online) |
Texto Completo: | https://ojs.unifor.br/rca/article/view/274 |
Resumo: | A relação entre a taxa de juros e a taxa de câmbio tem sido um dos temas mais investigados na literatura empírica de macroeconomia e finanças. As vantagens que estimulam os poupadores internacionais a canalizarem recursos para além de suas fronteiras é o incentivo de construção de um portfólio onde o trade off entre risco e retorno esperado é mais favorável do que aquele alcançável em uma autarquia. Um dos arcabouços utilizado na literatura é o teste da condição paridade de juros. O modelo é utilizado para permitir, aos agentes, a possibilidade de arbitragem em tais mercados, bem como é utilizado, por gestores de política econômica, para medir a mobilidade de capital. O Brasil tem apresentado taxas de juros muito alta, o que sugere um estímulo aos poupadores internacionais. O objetivo do trabalho é verificar se a condição paridade de juros se mantém para o Brasil e se existe livre mobilidade de capital. No modelo econométrico segue a tradição da literatura do tipo i = ? +?(i*+Ee) + ? onde E é o operador de esperança matemática, que representa a expectativa de desvalorização/valorização cambial. Se os resíduos são i.i.d., implica a aceitação da condição paridade de juros e da expectativa proposta. ? é uma constante que capta a possibilidade da existência de diferenciais de juros (capta uma medida de risco), mesmo na presença de plena mobilidade de capitais que não dão margens a ganhos de arbitragem. A presença de autocorrelação nos resíduos indica que erros do passado influenciam erros cometidos atualmente e que podem implicar em mercado de câmbio ineficiente. A condição paridade de juros, desta forma, está sendo testada para o parâmetro ? = 1 além de testar também a mobilidade perfeita de capital. Os resultados obtidos sugerem que tanto em período de regime cambial fixo quanto em regime de câmbio flexível não foi encontrada evidência que comprovasse a condição paridade de juros. Observa-se também um indicador de baixa mobilidade de capital e uma baixa correlação com os níveis de investimento estrangeiro em carteira. |
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