Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Rosane Vera
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Jeffman, Juarez
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online)
Texto Completo: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/292
Resumo: A atividade de aquacultura tem sido considerada como sustentável e de baixo impacto ambiental no Brasil. Contudo, há a necessidade de respeito a princípios ecológicos, técnicos e legais para que essa atividade seja, realmente, sustentável. Os principais impactos ambientais provocados pela aquacultura são: a utilização de áreas de preservação permanente; deposição de matéria orgânica e de sedimentos nos recursos hídricos; introdução de espécies exóticas no ambiente natural; disseminação de organismos patogênicos; hibridização interespecífica e intraespecífica; endocruzamento de espécies nativas, para soltura em ambientes naturais; predação dos espécimes criados por animais carnívoros existentes no ambiente; colonização de tanques-rede por bivalvos exóticos, introduzidos acidentalmente. O respeito à legislação ambiental brasileira é o primeiro passo para buscar a sustentabilidade da atividade de aquacultura, sendo que o licenciamento ambiental induz a um planejamento que minimize a ocorrência dos impactos ambientais. O licenciamento ambiental requer a observação de critérios de localização, construção e operação da atividade de aquacultura, de forma que seus impactos sejam mitigados. Os empreendimentos de aquacultura não devem ser localizados em áreas de preservação permanente, áreas com lençol freático aflorante ou com solos alagadiços, ou onde as características geológicas não ofereçam condições para a construção de obras civis. As entradas de água devem ser independentes para cada açude ou tanque, evitando que a água de um reservatório passe para outro, para impedir a dispersão de organismos patogênicos e vetores. Não devem ser criadas espécies com potencial para se transformarem em exóticas invasoras.
id UNIFOR-2_b3afe88c7d0f70f1ed2517666239129a
oai_identifier_str oai:ojs.ojs.unifor.br:article/292
network_acronym_str UNIFOR-2
network_name_str Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online)
repository_id_str
spelling Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquaculturaA atividade de aquacultura tem sido considerada como sustentável e de baixo impacto ambiental no Brasil. Contudo, há a necessidade de respeito a princípios ecológicos, técnicos e legais para que essa atividade seja, realmente, sustentável. Os principais impactos ambientais provocados pela aquacultura são: a utilização de áreas de preservação permanente; deposição de matéria orgânica e de sedimentos nos recursos hídricos; introdução de espécies exóticas no ambiente natural; disseminação de organismos patogênicos; hibridização interespecífica e intraespecífica; endocruzamento de espécies nativas, para soltura em ambientes naturais; predação dos espécimes criados por animais carnívoros existentes no ambiente; colonização de tanques-rede por bivalvos exóticos, introduzidos acidentalmente. O respeito à legislação ambiental brasileira é o primeiro passo para buscar a sustentabilidade da atividade de aquacultura, sendo que o licenciamento ambiental induz a um planejamento que minimize a ocorrência dos impactos ambientais. O licenciamento ambiental requer a observação de critérios de localização, construção e operação da atividade de aquacultura, de forma que seus impactos sejam mitigados. Os empreendimentos de aquacultura não devem ser localizados em áreas de preservação permanente, áreas com lençol freático aflorante ou com solos alagadiços, ou onde as características geológicas não ofereçam condições para a construção de obras civis. As entradas de água devem ser independentes para cada açude ou tanque, evitando que a água de um reservatório passe para outro, para impedir a dispersão de organismos patogênicos e vetores. Não devem ser criadas espécies com potencial para se transformarem em exóticas invasoras.Universidade de Fortaleza2009-09-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.unifor.br/rca/article/view/29210.5020/2318-0722.9.2.%pRevista Ciências Administrativas; v. 9 n. 2 (2003)2318-0722reponame:Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online)instname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORporhttps://ojs.unifor.br/rca/article/view/292/pdfMarques, Rosane VeraJeffman, Juarezinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-10-18T19:55:34Zoai:ojs.ojs.unifor.br:article/292Revistahttps://periodicos.unifor.br/rcahttp://ojs.unifor.br/index.php/rca/oai||revcca@unifor.br|| sergioforte@unifor.br2318-07221414-0896opendoar:2016-10-18T19:55:34Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online) - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
dc.title.none.fl_str_mv Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura
title Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura
spellingShingle Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura
Marques, Rosane Vera
title_short Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura
title_full Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura
title_fullStr Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura
title_full_unstemmed Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura
title_sort Princípios de conservação ambiental que necessitam ser respeitados para que seja possível uma real sustentabilidade da atividade de aquacultura
author Marques, Rosane Vera
author_facet Marques, Rosane Vera
Jeffman, Juarez
author_role author
author2 Jeffman, Juarez
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Marques, Rosane Vera
Jeffman, Juarez
description A atividade de aquacultura tem sido considerada como sustentável e de baixo impacto ambiental no Brasil. Contudo, há a necessidade de respeito a princípios ecológicos, técnicos e legais para que essa atividade seja, realmente, sustentável. Os principais impactos ambientais provocados pela aquacultura são: a utilização de áreas de preservação permanente; deposição de matéria orgânica e de sedimentos nos recursos hídricos; introdução de espécies exóticas no ambiente natural; disseminação de organismos patogênicos; hibridização interespecífica e intraespecífica; endocruzamento de espécies nativas, para soltura em ambientes naturais; predação dos espécimes criados por animais carnívoros existentes no ambiente; colonização de tanques-rede por bivalvos exóticos, introduzidos acidentalmente. O respeito à legislação ambiental brasileira é o primeiro passo para buscar a sustentabilidade da atividade de aquacultura, sendo que o licenciamento ambiental induz a um planejamento que minimize a ocorrência dos impactos ambientais. O licenciamento ambiental requer a observação de critérios de localização, construção e operação da atividade de aquacultura, de forma que seus impactos sejam mitigados. Os empreendimentos de aquacultura não devem ser localizados em áreas de preservação permanente, áreas com lençol freático aflorante ou com solos alagadiços, ou onde as características geológicas não ofereçam condições para a construção de obras civis. As entradas de água devem ser independentes para cada açude ou tanque, evitando que a água de um reservatório passe para outro, para impedir a dispersão de organismos patogênicos e vetores. Não devem ser criadas espécies com potencial para se transformarem em exóticas invasoras.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-09-14
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.unifor.br/rca/article/view/292
10.5020/2318-0722.9.2.%p
url https://ojs.unifor.br/rca/article/view/292
identifier_str_mv 10.5020/2318-0722.9.2.%p
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.unifor.br/rca/article/view/292/pdf
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de Fortaleza
publisher.none.fl_str_mv Universidade de Fortaleza
dc.source.none.fl_str_mv Revista Ciências Administrativas; v. 9 n. 2 (2003)
2318-0722
reponame:Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online)
instname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
instacron:UNIFOR
instname_str Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
instacron_str UNIFOR
institution UNIFOR
reponame_str Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online)
collection Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Ciências Administrativas (Fortaleza. Online) - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
repository.mail.fl_str_mv ||revcca@unifor.br|| sergioforte@unifor.br
_version_ 1788165805935951872