Análise do comportamento do concreto submetido à altas temperaturas com a substituição parcial da areia pela fibra provinda da recapagem do pneu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/5115 |
Resumo: | A intensa urbanização contribuiu para que aumentasse a produção de lixo industrial, fazendo com que haja crescimento na quantidade de resíduos e que acabam causando sérios problemas à natureza. Um desses resíduos é o pneu, que antes de ser descartado, pode ser reciclado, passando pelo processo de recapagem, onde fibras são geradas. Então surgiu a curiosidade de como seria o comportamento do concreto na presença dessas fibras. Foi percebido que altas porcentagens substituídas de areia prejudicariam a resistência à compressão e, por isso, foram definidos que seriam substituídos 5, 10, 15 e 20% com relação ao seu volume, pois como a massa específica do pneu é muito menor, se substituído em massa seria necessário aumentar também a quantidade de cimento na dosagem. A dosagem foi realizada a partir do método ABCP com uma resistência de 25 Mpa aos 28 dias. A brita escolhida para ser utilizada no estudo foi a brita 0, pois suas dimensões podem facilitar a adesão das fibras, aumentando a resistência à tração do concreto. Antes da realização das moldagens, a preocupação era quanto ao traço, pois não se sabia como o concreto se comportaria no estado fresco com a presença da fibra. Em seguida, foram realizadas as moldagens em corpos de prova cilíndricos de 5x10cm para os ensaios de resistência à compressão aos 28 e 56 dias. Também foram moldados corpos de prova cilíndricos de 10x20cm para determinação do valor de tração por compressão diametral, módulo de elasticidade, absorção por capilaridade e absorção por imersão e placas para o ensaio de tração na flexão. O que pôde ser percebido foi que a substituição da areia pela fibra não interferiu no fator água/cimento, sendo que o concreto referência ficou com um a/c de 0,432 e o concreto com substituição de 20% com um a/c de 0,440. Além disso houve queda na massa específica de 2,30% em relação ao traço referência (2438 kg/m³). A resistência à compressão decaiu de acordo com o aumento dos teores em todas as idades, sendo que nos 28 dias o referência resistiu à 55,26 MPa enquanto o teor de substituição de 20% apenas 41,48 MPa. O módulo de elasticidade reduziu do referência (73,12 GPa) para o teor de 5% (50,63 GPa). A resistência à tração apresentou certa disparidade de resultados, onde o referência teve uma resistência de 3,50 MPa e a melhor resistência foi de 4,21 MPa no teor de 15% de substituição. Na tração os resultados foram superiores ao de compressão diametral, sendo que o maior valor foi também no traço de 15%, com 5,80 MPa. Na absorção por capilaridade, devido à alta porosidade da fibra a maior absorção foi do concreto referência e foi reduzindo de acordo com o aumento do teor de borracha substituído. Quanto à imersão, a menor absorção foi do concreto referência, e a maior foi encontrada no teor de 10%. Foi concluído que a presença da fibra contribui na redução da carbonatação e que os corpos de prova aquecidos até 100ºC obtiveram as melhores resistências. |
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A intensa urbanização contribuiu para que aumentasse a produção de lixo industrial, fazendo com que haja crescimento na quantidade de resíduos e que acabam causando sérios problemas à natureza. Um desses resíduos é o pneu, que antes de ser descartado, pode ser reciclado, passando pelo processo de recapagem, onde fibras são geradas. Então surgiu a curiosidade de como seria o comportamento do concreto na presença dessas fibras. Foi percebido que altas porcentagens substituídas de areia prejudicariam a resistência à compressão e, por isso, foram definidos que seriam substituídos 5, 10, 15 e 20% com relação ao seu volume, pois como a massa específica do pneu é muito menor, se substituído em massa seria necessário aumentar também a quantidade de cimento na dosagem. A dosagem foi realizada a partir do método ABCP com uma resistência de 25 Mpa aos 28 dias. A brita escolhida para ser utilizada no estudo foi a brita 0, pois suas dimensões podem facilitar a adesão das fibras, aumentando a resistência à tração do concreto. Antes da realização das moldagens, a preocupação era quanto ao traço, pois não se sabia como o concreto se comportaria no estado fresco com a presença da fibra. Em seguida, foram realizadas as moldagens em corpos de prova cilíndricos de 5x10cm para os ensaios de resistência à compressão aos 28 e 56 dias. Também foram moldados corpos de prova cilíndricos de 10x20cm para determinação do valor de tração por compressão diametral, módulo de elasticidade, absorção por capilaridade e absorção por imersão e placas para o ensaio de tração na flexão. O que pôde ser percebido foi que a substituição da areia pela fibra não interferiu no fator água/cimento, sendo que o concreto referência ficou com um a/c de 0,432 e o concreto com substituição de 20% com um a/c de 0,440. Além disso houve queda na massa específica de 2,30% em relação ao traço referência (2438 kg/m³). A resistência à compressão decaiu de acordo com o aumento dos teores em todas as idades, sendo que nos 28 dias o referência resistiu à 55,26 MPa enquanto o teor de substituição de 20% apenas 41,48 MPa. O módulo de elasticidade reduziu do referência (73,12 GPa) para o teor de 5% (50,63 GPa). A resistência à tração apresentou certa disparidade de resultados, onde o referência teve uma resistência de 3,50 MPa e a melhor resistência foi de 4,21 MPa no teor de 15% de substituição. Na tração os resultados foram superiores ao de compressão diametral, sendo que o maior valor foi também no traço de 15%, com 5,80 MPa. Na absorção por capilaridade, devido à alta porosidade da fibra a maior absorção foi do concreto referência e foi reduzindo de acordo com o aumento do teor de borracha substituído. Quanto à imersão, a menor absorção foi do concreto referência, e a maior foi encontrada no teor de 10%. Foi concluído que a presença da fibra contribui na redução da carbonatação e que os corpos de prova aquecidos até 100ºC obtiveram as melhores resistências. 111 f. |
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A intensa urbanização contribuiu para que aumentasse a produção de lixo industrial, fazendo com que haja crescimento na quantidade de resíduos e que acabam causando sérios problemas à natureza. Um desses resíduos é o pneu, que antes de ser descartado, pode ser reciclado, passando pelo processo de recapagem, onde fibras são geradas. Então surgiu a curiosidade de como seria o comportamento do concreto na presença dessas fibras. Foi percebido que altas porcentagens substituídas de areia prejudicariam a resistência à compressão e, por isso, foram definidos que seriam substituídos 5, 10, 15 e 20% com relação ao seu volume, pois como a massa específica do pneu é muito menor, se substituído em massa seria necessário aumentar também a quantidade de cimento na dosagem. A dosagem foi realizada a partir do método ABCP com uma resistência de 25 Mpa aos 28 dias. A brita escolhida para ser utilizada no estudo foi a brita 0, pois suas dimensões podem facilitar a adesão das fibras, aumentando a resistência à tração do concreto. Antes da realização das moldagens, a preocupação era quanto ao traço, pois não se sabia como o concreto se comportaria no estado fresco com a presença da fibra. Em seguida, foram realizadas as moldagens em corpos de prova cilíndricos de 5x10cm para os ensaios de resistência à compressão aos 28 e 56 dias. Também foram moldados corpos de prova cilíndricos de 10x20cm para determinação do valor de tração por compressão diametral, módulo de elasticidade, absorção por capilaridade e absorção por imersão e placas para o ensaio de tração na flexão. O que pôde ser percebido foi que a substituição da areia pela fibra não interferiu no fator água/cimento, sendo que o concreto referência ficou com um a/c de 0,432 e o concreto com substituição de 20% com um a/c de 0,440. Além disso houve queda na massa específica de 2,30% em relação ao traço referência (2438 kg/m³). A resistência à compressão decaiu de acordo com o aumento dos teores em todas as idades, sendo que nos 28 dias o referência resistiu à 55,26 MPa enquanto o teor de substituição de 20% apenas 41,48 MPa. O módulo de elasticidade reduziu do referência (73,12 GPa) para o teor de 5% (50,63 GPa). A resistência à tração apresentou certa disparidade de resultados, onde o referência teve uma resistência de 3,50 MPa e a melhor resistência foi de 4,21 MPa no teor de 15% de substituição. Na tração os resultados foram superiores ao de compressão diametral, sendo que o maior valor foi também no traço de 15%, com 5,80 MPa. Na absorção por capilaridade, devido à alta porosidade da fibra a maior absorção foi do concreto referência e foi reduzindo de acordo com o aumento do teor de borracha substituído. Quanto à imersão, a menor absorção foi do concreto referência, e a maior foi encontrada no teor de 10%. Foi concluído que a presença da fibra contribui na redução da carbonatação e que os corpos de prova aquecidos até 100ºC obtiveram as melhores resistências. |
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