As experiências corporais de um grupo de mulheres que jogam futsal no município de Ijuí-RS

• Autor(a) principal: Follmann, Andressa Perkovski Machado
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIJUI
• Texto Completo: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6101
• topic: Educação nas Ciências; Experiências; Experiências Corporais; Mulheres

Há pesquisas na produção científica brasileira, nas quais apontam que quase metade da população brasileira não prática nenhum tipo de atividade física, inclusive, o nível de sedentarismo é maior entre as mulheres. Esses dados desafiaram-me a compreender as experiências corporais de um grupo de mulheres que jogam futsal. A presente pesquisa é de uma abordagem qualitativa. Os dados foram produzidos através de entrevistas semiestruturadas entre perguntas abertas e fechadas, com três mulheres integrantes de um grupo de futsal, localizado na cidade de Ijuí-RS. Como ferramenta para exploração dos dados, utilizo a ferramenta metodológica Análise do Discurso. A unidade de análise das experiências corporais está dividida em duas dimensões, apoiada em duas perguntas: 1) Como se constituíram? 2) Como se mantém? O primeiro movimento de análise dos resultados permite dizer que as experiências corporais foram constituídas na infância (família, rede de vizinhança, entre pares) e no contexto escolar (nas aulas de Educação Física). O segundo movimento de análise dos resultados permite dizer que as experiências corporais das mulheres pesquisadas se mantêm, mais precisamente no Mulheres Amantes do Futsal (MAF). Os objetivos que levam essas mulheres a frequentarem o MAF são diferentes, destaco as questões relativas à aprendizagem, aos domínios de conhecimento na modalidade futsal, às questões estéticas e emocionais. Entretanto, há um ponto em comum entre todos estes aspectos citados por elas como motivação para seguirem no MAF: o jogar está intimamente associado aos laços de amizade. Tal amizade age como uma forma de identificação das mulheres pesquisadas, ligando-as umas às outras. As experiências corporais dessas mulheres não se encontram prontas, mas vêm se constituindo desde a infância, no movimento, na ação, ainda de forma inacabada, sempre em composição, constituição. Essas mulheres foram atravessadas pelos acontecimentos que as experiências corporais lhes proporcionaram. Assim, encontraram sentidos, significados que as mantêm no MAF hoje.