Identificação dos principais fatores de influência no potencial de abrangência da inovação de produto nas empresas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/3495 |
Resumo: | O cenário atual é caracterizado por um mercado amplamente globalizado, que traz às organizações de todos os níveis e países desafios e incertezas. Neste cenário cada vez mais consolidado a inovação é considerada um fator essencial para que as empresas não apenas garantam sua permanência no mercado, mas, conquistem vantagens competitivas. Conforme o Manual de Oslo (OCDE, 2004), todas as inovações devem conter algum grau de novidade, sendo três os conceitos para a novidade das inovações: nova para a empresa, nova para o mercado, e nova para o mundo. Quanto ao grau de novidade ou abrangência da inovação, como alguns atores a chamam, Carvalho, Reis e Cavalcante (2011), salientam que, dependendo de suas características, a organização pode optar por ser seguidora da inovação (inovando para a empresa e, algumas vezes, para o mercado) ou ser pioneira (inovando para o mercado e/ou para o mundo). Tendo em vista a importância da inovação para que as organizações possam conquistar vantagem competitiva, inovar não é mais apenas uma questão de escolha, pois aquelas que não incorporarem a inovação em seus produtos e processos provavelmente tendem a desaparecer do mercado. Como a abrangência da inovação pode ser para a empresa, para o mercado ou para o mundo, este estudo tem como objetivo identificar quais os principais fatores que influenciam no potencial de abrangência da inovação de produto nas empresas da região noroeste do RS. Em relação aos procedimentos metodológicos da pesquisa, quanto a natureza a pesquisa se classifica como aplicada, quanto a abordagem classifica-se como quali-quantitativa, relacionado aos objetivos é classificada como exploratória, descritiva e explicativa. E quanto aos procedimentos técnicos é classificada como bibliográfica, documental e de campo. O tipo de entrevista utilizada durante a pesquisa de campo classifica-se como entrevista estruturada, pois seguiu-se um roteiro previamente estabelecido e as perguntas eram pré-determinadas. Para a pesquisa de campo foi elaborado um questionário usando como principal referência a 3ª edição do Manual de Oslo, criado pela OCDE. O principal critério utilizado para a definição do universo amostral foi identificar empresas que lançaram alguma inovação de produto no período de 2010 a 2012. Pode-se dizer que o estudo utilizou uma amostra não probabilística, selecionada pelo critério de intencionalidade. Os sujeitos da pesquisa compreendem um grupo de 38 microempresas e empresas de pequeno porte, que têm como principal atividade econômica a Indústria. As empresas estão localizadas na região noroeste do RS e atuam nos setores: Metal-mecânico, Têxtil, Fabricação de Móveis, Fabricação de Alimentos e Artefatos de Cimento. Para a análise dos resultados, os dados estão agrupados em duas categorias da abrangência da inovação, de forma a permitir a análise dos fatores que influenciam no potencial de inovação de produto, sendo elas: •Seguidoras: composto por 18 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para empresa, mas já existente no mercado. •Pioneiras: composto por 20 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para o mercado. Em cada categoria da abrangência da inovação de produto (seguidora e pioneira) foram identificados os fatores de influência, extraindo-se a moda de cada classe e assim, identificando qual a classe que possui a maior participação percentual de empresas, em cada categoria de abrangência. Levando em consideração a abrangência da inovação de produto nas 38 empresas analisadas, 47,4% (ou 18) apresentaram inovação considerada “nova somente para a empresa” e 52,6% (ou 20) apresentaram inovação considerada “nova para o mercado”. No fator Responsáveis pelo desenvolvimento das inovações, na categoria seguidoras destacou-se a classe Funcionários e na categoria pioneiras a classe que se destacou foi um setor da empresa. No fator Principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras a classe de destaque foi sugestão dos funcionários e nas pioneiras se destacou a classe iniciativa própria. Com base nessa última análise, pode-se inferir que a empresa que tem como objetivo se tornar pioneira, precisa ter iniciativa própria, buscando uma atitude mais proativa, prevendo as mudanças antes que aconteçam, antecipando-se, enfim, estando sempre à frente da concorrência. Em relação ao fator Fontes de apoio financeiro as atividades de inovação, nas seguidoras a classe de maior destaque foi o BNDES, com base no resultado, as empresas que não inovadoras, ou que inovam somente para a empresa, além de utilizar seus próprios recursos, uma fonte externa importante como apoio financeiro nas atividades de inovação seria o BNDES. Na categoria das pioneiras a classe de destaque foi a FINEP. Ainda, em relação a fontes de apoio externas, no fator Fontes de apoio gerencial, nas seguidoras o destaque foi para a Universidade. Nas pioneiras se destacou o Sebrae. As fontes de apoio gerencial foram apontadas por 26 empresas, considerando que esse grupo é representado por um total de 20, 6 delas, teriam utilizado tanto a Universidade como o SEBRAE, como fonte de apoio gerencial, no período analisado. O fator Motivações para a busca de apoio externo, nas seguidoras a classe de maior destaque foi a troca de conhecimento e tecnologia e nas pioneiras o destaque foi para a classe adequação a normas e regulamentos. Com base no resultado do fator motivação, na categoria pioneiras, pode-se inferir que para aquelas empresas que têm a intenção de tornarem-se pioneiras na inovação, é fundamental a motivação em adequar seus processos, melhorar a gestão e também analisar o ambiente externo, buscando novas parcerias como fontes de informação e ideias de inovação. A análise da Propriedade Industrial foi separada em registro de marca e patente, quanto ao fator Registro de Marca, este não apresentou influência no potencial de abrangência da inovação de produto das seguidoras, porém na categoria pioneiras, o registro de marca foi identificado como um fator de influência no potencial de inovação dessas empresas apresentando percentual de 63,2%. O fator Registro de Patente, nas seguidoras, também não é considerado um fator de influência no potencial de inovação dessa categoria, ao passo que na categoria das pioneiras o registro de patente se torna um fator de influência com percentual de 75%. No fator Tomada de decisão, na categoria seguidoras, a classe que apresentou maior participação em percentual de empresas foi a classe proprietários com participação dos funcionários e nas pioneiras foi a classe somente proprietários. No fator Idade das empresas, na categoria seguidoras, o maior percentual foi para a classe de 1 a 10 anos e nas pioneiras o maior percentual foi para a classe acima de 30 anos. Com base no fator Pesquisa e desenvolvimento (P&D), na categoria das seguidoras esse fator não apresentou influência no potencial de inovação, enquanto que na categoria das pioneiras, a P&D foi identificada como um fator de influência com percentual de 80%. Os resultados do estudo demonstraram que existem muitas diferenças nos fatores de influência no potencial de inovação de uma categoria para outra. Ao passo que a responsabilidade pelo desenvolvimento e a principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras os funcionários se mostraram presentes nesses dois fatores, nas pioneiras, esses fatores apresentaram participação de um setor da empresa e iniciativa própria. Nas pioneiras foi identificado uma atitude mais proativa, comportamento que explica essas empresas serem inovadoras para o mercado. Analisando o perfil das duas categorias, também foram encontradas diferenças, pois, ao passo que as seguidoras apresentaram a classe microempresa com maior percentual de participação, nas pioneiras, a classe foi pequena empresa. Sendo, portanto, importante para a inovação de mercado que a empresa apresente um porte maior, da mesma forma, quanto ao fator idade, as seguidoras apresentaram a classe de 1 a 10 anos, já as pioneiras apresentaram a classe acima de 30 anos, o que demonstra a complexidade da inovação para o mercado que exige maior maturidade das empresas. Conclui-se com este estudo, que para as empresas se tornarem pioneiras (inovação para o mercado), precisam criar um ambiente favorável ao surgimento dessa abrangência da inovação, evidenciou-se que a estrutura necessária, que permite o surgimento dessa inovação, é diferente da estrutura apresentada nas empresas consideradas seguidoras. |
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Quanto ao grau de novidade ou abrangência da inovação, como alguns atores a chamam, Carvalho, Reis e Cavalcante (2011), salientam que, dependendo de suas características, a organização pode optar por ser seguidora da inovação (inovando para a empresa e, algumas vezes, para o mercado) ou ser pioneira (inovando para o mercado e/ou para o mundo). Tendo em vista a importância da inovação para que as organizações possam conquistar vantagem competitiva, inovar não é mais apenas uma questão de escolha, pois aquelas que não incorporarem a inovação em seus produtos e processos provavelmente tendem a desaparecer do mercado. Como a abrangência da inovação pode ser para a empresa, para o mercado ou para o mundo, este estudo tem como objetivo identificar quais os principais fatores que influenciam no potencial de abrangência da inovação de produto nas empresas da região noroeste do RS. Em relação aos procedimentos metodológicos da pesquisa, quanto a natureza a pesquisa se classifica como aplicada, quanto a abordagem classifica-se como quali-quantitativa, relacionado aos objetivos é classificada como exploratória, descritiva e explicativa. E quanto aos procedimentos técnicos é classificada como bibliográfica, documental e de campo. O tipo de entrevista utilizada durante a pesquisa de campo classifica-se como entrevista estruturada, pois seguiu-se um roteiro previamente estabelecido e as perguntas eram pré-determinadas. Para a pesquisa de campo foi elaborado um questionário usando como principal referência a 3ª edição do Manual de Oslo, criado pela OCDE. O principal critério utilizado para a definição do universo amostral foi identificar empresas que lançaram alguma inovação de produto no período de 2010 a 2012. Pode-se dizer que o estudo utilizou uma amostra não probabilística, selecionada pelo critério de intencionalidade. Os sujeitos da pesquisa compreendem um grupo de 38 microempresas e empresas de pequeno porte, que têm como principal atividade econômica a Indústria. As empresas estão localizadas na região noroeste do RS e atuam nos setores: Metal-mecânico, Têxtil, Fabricação de Móveis, Fabricação de Alimentos e Artefatos de Cimento. Para a análise dos resultados, os dados estão agrupados em duas categorias da abrangência da inovação, de forma a permitir a análise dos fatores que influenciam no potencial de inovação de produto, sendo elas: •Seguidoras: composto por 18 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para empresa, mas já existente no mercado. •Pioneiras: composto por 20 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para o mercado. Em cada categoria da abrangência da inovação de produto (seguidora e pioneira) foram identificados os fatores de influência, extraindo-se a moda de cada classe e assim, identificando qual a classe que possui a maior participação percentual de empresas, em cada categoria de abrangência. Levando em consideração a abrangência da inovação de produto nas 38 empresas analisadas, 47,4% (ou 18) apresentaram inovação considerada “nova somente para a empresa” e 52,6% (ou 20) apresentaram inovação considerada “nova para o mercado”. No fator Responsáveis pelo desenvolvimento das inovações, na categoria seguidoras destacou-se a classe Funcionários e na categoria pioneiras a classe que se destacou foi um setor da empresa. No fator Principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras a classe de destaque foi sugestão dos funcionários e nas pioneiras se destacou a classe iniciativa própria. Com base nessa última análise, pode-se inferir que a empresa que tem como objetivo se tornar pioneira, precisa ter iniciativa própria, buscando uma atitude mais proativa, prevendo as mudanças antes que aconteçam, antecipando-se, enfim, estando sempre à frente da concorrência. Em relação ao fator Fontes de apoio financeiro as atividades de inovação, nas seguidoras a classe de maior destaque foi o BNDES, com base no resultado, as empresas que não inovadoras, ou que inovam somente para a empresa, além de utilizar seus próprios recursos, uma fonte externa importante como apoio financeiro nas atividades de inovação seria o BNDES. Na categoria das pioneiras a classe de destaque foi a FINEP. Ainda, em relação a fontes de apoio externas, no fator Fontes de apoio gerencial, nas seguidoras o destaque foi para a Universidade. Nas pioneiras se destacou o Sebrae. As fontes de apoio gerencial foram apontadas por 26 empresas, considerando que esse grupo é representado por um total de 20, 6 delas, teriam utilizado tanto a Universidade como o SEBRAE, como fonte de apoio gerencial, no período analisado. O fator Motivações para a busca de apoio externo, nas seguidoras a classe de maior destaque foi a troca de conhecimento e tecnologia e nas pioneiras o destaque foi para a classe adequação a normas e regulamentos. Com base no resultado do fator motivação, na categoria pioneiras, pode-se inferir que para aquelas empresas que têm a intenção de tornarem-se pioneiras na inovação, é fundamental a motivação em adequar seus processos, melhorar a gestão e também analisar o ambiente externo, buscando novas parcerias como fontes de informação e ideias de inovação. A análise da Propriedade Industrial foi separada em registro de marca e patente, quanto ao fator Registro de Marca, este não apresentou influência no potencial de abrangência da inovação de produto das seguidoras, porém na categoria pioneiras, o registro de marca foi identificado como um fator de influência no potencial de inovação dessas empresas apresentando percentual de 63,2%. O fator Registro de Patente, nas seguidoras, também não é considerado um fator de influência no potencial de inovação dessa categoria, ao passo que na categoria das pioneiras o registro de patente se torna um fator de influência com percentual de 75%. No fator Tomada de decisão, na categoria seguidoras, a classe que apresentou maior participação em percentual de empresas foi a classe proprietários com participação dos funcionários e nas pioneiras foi a classe somente proprietários. No fator Idade das empresas, na categoria seguidoras, o maior percentual foi para a classe de 1 a 10 anos e nas pioneiras o maior percentual foi para a classe acima de 30 anos. Com base no fator Pesquisa e desenvolvimento (P&D), na categoria das seguidoras esse fator não apresentou influência no potencial de inovação, enquanto que na categoria das pioneiras, a P&D foi identificada como um fator de influência com percentual de 80%. Os resultados do estudo demonstraram que existem muitas diferenças nos fatores de influência no potencial de inovação de uma categoria para outra. Ao passo que a responsabilidade pelo desenvolvimento e a principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras os funcionários se mostraram presentes nesses dois fatores, nas pioneiras, esses fatores apresentaram participação de um setor da empresa e iniciativa própria. Nas pioneiras foi identificado uma atitude mais proativa, comportamento que explica essas empresas serem inovadoras para o mercado. Analisando o perfil das duas categorias, também foram encontradas diferenças, pois, ao passo que as seguidoras apresentaram a classe microempresa com maior percentual de participação, nas pioneiras, a classe foi pequena empresa. Sendo, portanto, importante para a inovação de mercado que a empresa apresente um porte maior, da mesma forma, quanto ao fator idade, as seguidoras apresentaram a classe de 1 a 10 anos, já as pioneiras apresentaram a classe acima de 30 anos, o que demonstra a complexidade da inovação para o mercado que exige maior maturidade das empresas. 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O cenário atual é caracterizado por um mercado amplamente globalizado, que traz às organizações de todos os níveis e países desafios e incertezas. Neste cenário cada vez mais consolidado a inovação é considerada um fator essencial para que as empresas não apenas garantam sua permanência no mercado, mas, conquistem vantagens competitivas. Conforme o Manual de Oslo (OCDE, 2004), todas as inovações devem conter algum grau de novidade, sendo três os conceitos para a novidade das inovações: nova para a empresa, nova para o mercado, e nova para o mundo. Quanto ao grau de novidade ou abrangência da inovação, como alguns atores a chamam, Carvalho, Reis e Cavalcante (2011), salientam que, dependendo de suas características, a organização pode optar por ser seguidora da inovação (inovando para a empresa e, algumas vezes, para o mercado) ou ser pioneira (inovando para o mercado e/ou para o mundo). Tendo em vista a importância da inovação para que as organizações possam conquistar vantagem competitiva, inovar não é mais apenas uma questão de escolha, pois aquelas que não incorporarem a inovação em seus produtos e processos provavelmente tendem a desaparecer do mercado. Como a abrangência da inovação pode ser para a empresa, para o mercado ou para o mundo, este estudo tem como objetivo identificar quais os principais fatores que influenciam no potencial de abrangência da inovação de produto nas empresas da região noroeste do RS. Em relação aos procedimentos metodológicos da pesquisa, quanto a natureza a pesquisa se classifica como aplicada, quanto a abordagem classifica-se como quali-quantitativa, relacionado aos objetivos é classificada como exploratória, descritiva e explicativa. E quanto aos procedimentos técnicos é classificada como bibliográfica, documental e de campo. O tipo de entrevista utilizada durante a pesquisa de campo classifica-se como entrevista estruturada, pois seguiu-se um roteiro previamente estabelecido e as perguntas eram pré-determinadas. Para a pesquisa de campo foi elaborado um questionário usando como principal referência a 3ª edição do Manual de Oslo, criado pela OCDE. O principal critério utilizado para a definição do universo amostral foi identificar empresas que lançaram alguma inovação de produto no período de 2010 a 2012. Pode-se dizer que o estudo utilizou uma amostra não probabilística, selecionada pelo critério de intencionalidade. Os sujeitos da pesquisa compreendem um grupo de 38 microempresas e empresas de pequeno porte, que têm como principal atividade econômica a Indústria. As empresas estão localizadas na região noroeste do RS e atuam nos setores: Metal-mecânico, Têxtil, Fabricação de Móveis, Fabricação de Alimentos e Artefatos de Cimento. Para a análise dos resultados, os dados estão agrupados em duas categorias da abrangência da inovação, de forma a permitir a análise dos fatores que influenciam no potencial de inovação de produto, sendo elas: •Seguidoras: composto por 18 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para empresa, mas já existente no mercado. •Pioneiras: composto por 20 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para o mercado. Em cada categoria da abrangência da inovação de produto (seguidora e pioneira) foram identificados os fatores de influência, extraindo-se a moda de cada classe e assim, identificando qual a classe que possui a maior participação percentual de empresas, em cada categoria de abrangência. Levando em consideração a abrangência da inovação de produto nas 38 empresas analisadas, 47,4% (ou 18) apresentaram inovação considerada “nova somente para a empresa” e 52,6% (ou 20) apresentaram inovação considerada “nova para o mercado”. No fator Responsáveis pelo desenvolvimento das inovações, na categoria seguidoras destacou-se a classe Funcionários e na categoria pioneiras a classe que se destacou foi um setor da empresa. No fator Principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras a classe de destaque foi sugestão dos funcionários e nas pioneiras se destacou a classe iniciativa própria. Com base nessa última análise, pode-se inferir que a empresa que tem como objetivo se tornar pioneira, precisa ter iniciativa própria, buscando uma atitude mais proativa, prevendo as mudanças antes que aconteçam, antecipando-se, enfim, estando sempre à frente da concorrência. Em relação ao fator Fontes de apoio financeiro as atividades de inovação, nas seguidoras a classe de maior destaque foi o BNDES, com base no resultado, as empresas que não inovadoras, ou que inovam somente para a empresa, além de utilizar seus próprios recursos, uma fonte externa importante como apoio financeiro nas atividades de inovação seria o BNDES. Na categoria das pioneiras a classe de destaque foi a FINEP. Ainda, em relação a fontes de apoio externas, no fator Fontes de apoio gerencial, nas seguidoras o destaque foi para a Universidade. Nas pioneiras se destacou o Sebrae. As fontes de apoio gerencial foram apontadas por 26 empresas, considerando que esse grupo é representado por um total de 20, 6 delas, teriam utilizado tanto a Universidade como o SEBRAE, como fonte de apoio gerencial, no período analisado. O fator Motivações para a busca de apoio externo, nas seguidoras a classe de maior destaque foi a troca de conhecimento e tecnologia e nas pioneiras o destaque foi para a classe adequação a normas e regulamentos. Com base no resultado do fator motivação, na categoria pioneiras, pode-se inferir que para aquelas empresas que têm a intenção de tornarem-se pioneiras na inovação, é fundamental a motivação em adequar seus processos, melhorar a gestão e também analisar o ambiente externo, buscando novas parcerias como fontes de informação e ideias de inovação. A análise da Propriedade Industrial foi separada em registro de marca e patente, quanto ao fator Registro de Marca, este não apresentou influência no potencial de abrangência da inovação de produto das seguidoras, porém na categoria pioneiras, o registro de marca foi identificado como um fator de influência no potencial de inovação dessas empresas apresentando percentual de 63,2%. O fator Registro de Patente, nas seguidoras, também não é considerado um fator de influência no potencial de inovação dessa categoria, ao passo que na categoria das pioneiras o registro de patente se torna um fator de influência com percentual de 75%. No fator Tomada de decisão, na categoria seguidoras, a classe que apresentou maior participação em percentual de empresas foi a classe proprietários com participação dos funcionários e nas pioneiras foi a classe somente proprietários. No fator Idade das empresas, na categoria seguidoras, o maior percentual foi para a classe de 1 a 10 anos e nas pioneiras o maior percentual foi para a classe acima de 30 anos. Com base no fator Pesquisa e desenvolvimento (P&D), na categoria das seguidoras esse fator não apresentou influência no potencial de inovação, enquanto que na categoria das pioneiras, a P&D foi identificada como um fator de influência com percentual de 80%. Os resultados do estudo demonstraram que existem muitas diferenças nos fatores de influência no potencial de inovação de uma categoria para outra. Ao passo que a responsabilidade pelo desenvolvimento e a principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras os funcionários se mostraram presentes nesses dois fatores, nas pioneiras, esses fatores apresentaram participação de um setor da empresa e iniciativa própria. Nas pioneiras foi identificado uma atitude mais proativa, comportamento que explica essas empresas serem inovadoras para o mercado. Analisando o perfil das duas categorias, também foram encontradas diferenças, pois, ao passo que as seguidoras apresentaram a classe microempresa com maior percentual de participação, nas pioneiras, a classe foi pequena empresa. Sendo, portanto, importante para a inovação de mercado que a empresa apresente um porte maior, da mesma forma, quanto ao fator idade, as seguidoras apresentaram a classe de 1 a 10 anos, já as pioneiras apresentaram a classe acima de 30 anos, o que demonstra a complexidade da inovação para o mercado que exige maior maturidade das empresas. Conclui-se com este estudo, que para as empresas se tornarem pioneiras (inovação para o mercado), precisam criar um ambiente favorável ao surgimento dessa abrangência da inovação, evidenciou-se que a estrutura necessária, que permite o surgimento dessa inovação, é diferente da estrutura apresentada nas empresas consideradas seguidoras. 141 f. |
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O cenário atual é caracterizado por um mercado amplamente globalizado, que traz às organizações de todos os níveis e países desafios e incertezas. Neste cenário cada vez mais consolidado a inovação é considerada um fator essencial para que as empresas não apenas garantam sua permanência no mercado, mas, conquistem vantagens competitivas. Conforme o Manual de Oslo (OCDE, 2004), todas as inovações devem conter algum grau de novidade, sendo três os conceitos para a novidade das inovações: nova para a empresa, nova para o mercado, e nova para o mundo. Quanto ao grau de novidade ou abrangência da inovação, como alguns atores a chamam, Carvalho, Reis e Cavalcante (2011), salientam que, dependendo de suas características, a organização pode optar por ser seguidora da inovação (inovando para a empresa e, algumas vezes, para o mercado) ou ser pioneira (inovando para o mercado e/ou para o mundo). 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Para a análise dos resultados, os dados estão agrupados em duas categorias da abrangência da inovação, de forma a permitir a análise dos fatores que influenciam no potencial de inovação de produto, sendo elas: •Seguidoras: composto por 18 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para empresa, mas já existente no mercado. •Pioneiras: composto por 20 empresas que lançaram produto que foi considerado novo para o mercado. Em cada categoria da abrangência da inovação de produto (seguidora e pioneira) foram identificados os fatores de influência, extraindo-se a moda de cada classe e assim, identificando qual a classe que possui a maior participação percentual de empresas, em cada categoria de abrangência. Levando em consideração a abrangência da inovação de produto nas 38 empresas analisadas, 47,4% (ou 18) apresentaram inovação considerada “nova somente para a empresa” e 52,6% (ou 20) apresentaram inovação considerada “nova para o mercado”. No fator Responsáveis pelo desenvolvimento das inovações, na categoria seguidoras destacou-se a classe Funcionários e na categoria pioneiras a classe que se destacou foi um setor da empresa. No fator Principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras a classe de destaque foi sugestão dos funcionários e nas pioneiras se destacou a classe iniciativa própria. Com base nessa última análise, pode-se inferir que a empresa que tem como objetivo se tornar pioneira, precisa ter iniciativa própria, buscando uma atitude mais proativa, prevendo as mudanças antes que aconteçam, antecipando-se, enfim, estando sempre à frente da concorrência. Em relação ao fator Fontes de apoio financeiro as atividades de inovação, nas seguidoras a classe de maior destaque foi o BNDES, com base no resultado, as empresas que não inovadoras, ou que inovam somente para a empresa, além de utilizar seus próprios recursos, uma fonte externa importante como apoio financeiro nas atividades de inovação seria o BNDES. Na categoria das pioneiras a classe de destaque foi a FINEP. Ainda, em relação a fontes de apoio externas, no fator Fontes de apoio gerencial, nas seguidoras o destaque foi para a Universidade. Nas pioneiras se destacou o Sebrae. As fontes de apoio gerencial foram apontadas por 26 empresas, considerando que esse grupo é representado por um total de 20, 6 delas, teriam utilizado tanto a Universidade como o SEBRAE, como fonte de apoio gerencial, no período analisado. O fator Motivações para a busca de apoio externo, nas seguidoras a classe de maior destaque foi a troca de conhecimento e tecnologia e nas pioneiras o destaque foi para a classe adequação a normas e regulamentos. Com base no resultado do fator motivação, na categoria pioneiras, pode-se inferir que para aquelas empresas que têm a intenção de tornarem-se pioneiras na inovação, é fundamental a motivação em adequar seus processos, melhorar a gestão e também analisar o ambiente externo, buscando novas parcerias como fontes de informação e ideias de inovação. A análise da Propriedade Industrial foi separada em registro de marca e patente, quanto ao fator Registro de Marca, este não apresentou influência no potencial de abrangência da inovação de produto das seguidoras, porém na categoria pioneiras, o registro de marca foi identificado como um fator de influência no potencial de inovação dessas empresas apresentando percentual de 63,2%. O fator Registro de Patente, nas seguidoras, também não é considerado um fator de influência no potencial de inovação dessa categoria, ao passo que na categoria das pioneiras o registro de patente se torna um fator de influência com percentual de 75%. No fator Tomada de decisão, na categoria seguidoras, a classe que apresentou maior participação em percentual de empresas foi a classe proprietários com participação dos funcionários e nas pioneiras foi a classe somente proprietários. No fator Idade das empresas, na categoria seguidoras, o maior percentual foi para a classe de 1 a 10 anos e nas pioneiras o maior percentual foi para a classe acima de 30 anos. Com base no fator Pesquisa e desenvolvimento (P&D), na categoria das seguidoras esse fator não apresentou influência no potencial de inovação, enquanto que na categoria das pioneiras, a P&D foi identificada como um fator de influência com percentual de 80%. Os resultados do estudo demonstraram que existem muitas diferenças nos fatores de influência no potencial de inovação de uma categoria para outra. Ao passo que a responsabilidade pelo desenvolvimento e a principal origem das ideias de inovação, nas seguidoras os funcionários se mostraram presentes nesses dois fatores, nas pioneiras, esses fatores apresentaram participação de um setor da empresa e iniciativa própria. Nas pioneiras foi identificado uma atitude mais proativa, comportamento que explica essas empresas serem inovadoras para o mercado. Analisando o perfil das duas categorias, também foram encontradas diferenças, pois, ao passo que as seguidoras apresentaram a classe microempresa com maior percentual de participação, nas pioneiras, a classe foi pequena empresa. Sendo, portanto, importante para a inovação de mercado que a empresa apresente um porte maior, da mesma forma, quanto ao fator idade, as seguidoras apresentaram a classe de 1 a 10 anos, já as pioneiras apresentaram a classe acima de 30 anos, o que demonstra a complexidade da inovação para o mercado que exige maior maturidade das empresas. Conclui-se com este estudo, que para as empresas se tornarem pioneiras (inovação para o mercado), precisam criar um ambiente favorável ao surgimento dessa abrangência da inovação, evidenciou-se que a estrutura necessária, que permite o surgimento dessa inovação, é diferente da estrutura apresentada nas empresas consideradas seguidoras. |
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