Mídia, horror e vicissitudes pulsionais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2888 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo delinear os desdobramentos psíquicos que viabilizam o deslumbramento do sujeito neurótico frente aos atos de selvageria transmitidos pelas mídias de comunicação em massa. Para tanto, fez-se um percurso histórico a fim de apontar que este tipo de prática se estende desde a antiguidade até os dias atuais, constituindo um costume demasiadamente humano, pois tem suas origens atreladas aos movimentos pulsionais inerentes a todo e qualquer sujeito. Para responder a questão central deste trabalho utilizou-se como metodologia o estudo bibliográfico, elegendo como pontos nodais a serem articulados: a tendência da mídia na utilização do sensacionalismo e dos Fait Divers e as vicissitudes que a pulsão realiza para atingir sua finalidade. As mídias, rapidamente, compreenderam que a audiência (meio pelo qual advém a lucratividade) é prontamente alcançada quando são colocadas no ar notícias que provocam comoção, indignação ou mesmo horror. Com um aparelhamento que prioriza os Fait Divers e o sensacionalismo, as mídias oferecem, dentre outros, um objeto pelo qual a pulsão escópica atingirá sua satisfação: o horror. A partir do material pesquisado é possível inferir que o olho constitui uma zona erógena, de cuja fonte emanam pulsões que necessitam de um escoamento. Em síntese, há expectadores porque as imagens provocam gozo naquele que assiste, promove prazer (no inconsciente) mesmo que promova desprazer (no consciente) e este paradoxo prazer/desprazer é uma das imagens do gozo. |
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Este trabalho tem como objetivo delinear os desdobramentos psíquicos que viabilizam o deslumbramento do sujeito neurótico frente aos atos de selvageria transmitidos pelas mídias de comunicação em massa. Para tanto, fez-se um percurso histórico a fim de apontar que este tipo de prática se estende desde a antiguidade até os dias atuais, constituindo um costume demasiadamente humano, pois tem suas origens atreladas aos movimentos pulsionais inerentes a todo e qualquer sujeito. Para responder a questão central deste trabalho utilizou-se como metodologia o estudo bibliográfico, elegendo como pontos nodais a serem articulados: a tendência da mídia na utilização do sensacionalismo e dos Fait Divers e as vicissitudes que a pulsão realiza para atingir sua finalidade. As mídias, rapidamente, compreenderam que a audiência (meio pelo qual advém a lucratividade) é prontamente alcançada quando são colocadas no ar notícias que provocam comoção, indignação ou mesmo horror. Com um aparelhamento que prioriza os Fait Divers e o sensacionalismo, as mídias oferecem, dentre outros, um objeto pelo qual a pulsão escópica atingirá sua satisfação: o horror. A partir do material pesquisado é possível inferir que o olho constitui uma zona erógena, de cuja fonte emanam pulsões que necessitam de um escoamento. Em síntese, há expectadores porque as imagens provocam gozo naquele que assiste, promove prazer (no inconsciente) mesmo que promova desprazer (no consciente) e este paradoxo prazer/desprazer é uma das imagens do gozo. |
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