Relações interorganizacionais dos atores do sistema de saúde do município de Ijuí/RS na perspectiva de um ecossistema de aprendizagem e inovação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/5932 |
Resumo: | O presente estudo teve como objetivo analisar as relações interorganizacionais colaborativas dos atores do sistema de saúde do município de Ijuí/RS, na perspectiva da constituição de um ecossistema de aprendizagem e inovação. Os pressupostos filosóficos pela dimensão ontológica seguiram o nominalismo, os fundamentos de natureza epistemológica guiaram-se pelo antipositivismo e a natureza humana pelo voluntarismo. Do ponto de vista da problemática, a abordagem guiou-se pelo estruturalismo, do ponto de vista dos objetivos, a pesquisa caracterizou-se como exploratória e descritiva e, como meios técnicos, pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas, caracterizando-se como uma pesquisa social fundamentalmente qualitativa. A unidade de análise é o sistema de saúde de Ijuí, correspondente por 9 das principais organizações que compõem o sistema: CRS, SMS, COMUS, CISA, HU, HCI, HBP, UNIJUÍ e Unimed Noroeste. Participaram da pesquisa 7 atores organizacionais, representantes das organizações. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, individual e presencial com os atores, o conteúdo das entrevistas foi analisado pela análise de conteúdo. O modelo de análise referenciou-se nas bases teóricas dos ecossistemas de aprendizagem de inovação (dimensão conceitual), nas relações interorganizacional (dimensão de análise) e governança colaborativa e rede colaborativa (dimensão operacional da pesquisa), a fim de: caracterizar os atores, as relações e os meios de interação entre eles; investigar as relações de governança colaborativa e o potencial de colaboração dos atores; analisar a estrutura da rede colaborativas e a densidade das relações da rede; e, sistematizar as dimensões e variáveis da governança colaborativa e da rede colaborativa que influenciam na constituição de um ecossistema de aprendizagem e inovação no segmento de saúde. No tocante às relações, pelos moldes da governança colaborativa, os atores têm prezado pelo diálogo e juntos buscam objetivos mútuos. As relações, além do caráter de prestação ou fornecimento de serviços, assumem vínculos de parcerias e se desenvolvem informalmente, favorecendo a capacidade relacional e colaborativa do sistema. Em relação as dimensões da confiança, liderança e interdependência, ambas são reconhecidas e estão sendo importantes para garantir a colaboração dos atores, constituindo importantes fatores para o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação. Pelo aspecto das redes colaborativas, as redes mais centralizadas constituem atores centrais com importantes papéis na formação de conexões e laços sociais com um maior número de atores. Em relação à densidade das relações, constatou-se que ambos os laços sociais favorecem o ecossistema de inovação, pelos laços fortes o potencial de colaboração, pelas redes de contatos dos laços fracos a aprendizagem e inovação da rede. Para tanto, coopetição, coevolução e cocriação de valor são reconhecidos no sistema, constituindo um ecossistema de aprendizagem e inovação de saúde no município. Por se tratar de um segmento que fornece bens públicos, algumas características são particulares do segmento e diferem da maior parte dos modelos organizacionais analisados na literatura dos ecossistemas, logo, as conclusões obtidas não são generalizáveis e podem não ser completamente válidas para outros sistemas. Outra limitação diz respeito ao tamanho reduzido de organizações do sistema e em relação à coleta de dados, que poderia ter tido maior abrangência incluindo organizações e setores que mantenham algum envolvimento com o segmento. Para pesquisas futuras, sugere-se a aplicação dessa perspectiva teórica em sistemas mais robustos em quantidade de organizações e de outros segmentos, a fim de criar resultados comparáveis que possam orientar as relações do sistema para propiciar um ambiente capaz de constituir um ecossistema de aprendizagem e inovação. |
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O presente estudo teve como objetivo analisar as relações interorganizacionais colaborativas dos atores do sistema de saúde do município de Ijuí/RS, na perspectiva da constituição de um ecossistema de aprendizagem e inovação. Os pressupostos filosóficos pela dimensão ontológica seguiram o nominalismo, os fundamentos de natureza epistemológica guiaram-se pelo antipositivismo e a natureza humana pelo voluntarismo. Do ponto de vista da problemática, a abordagem guiou-se pelo estruturalismo, do ponto de vista dos objetivos, a pesquisa caracterizou-se como exploratória e descritiva e, como meios técnicos, pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas, caracterizando-se como uma pesquisa social fundamentalmente qualitativa. A unidade de análise é o sistema de saúde de Ijuí, correspondente por 9 das principais organizações que compõem o sistema: CRS, SMS, COMUS, CISA, HU, HCI, HBP, UNIJUÍ e Unimed Noroeste. Participaram da pesquisa 7 atores organizacionais, representantes das organizações. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, individual e presencial com os atores, o conteúdo das entrevistas foi analisado pela análise de conteúdo. O modelo de análise referenciou-se nas bases teóricas dos ecossistemas de aprendizagem de inovação (dimensão conceitual), nas relações interorganizacional (dimensão de análise) e governança colaborativa e rede colaborativa (dimensão operacional da pesquisa), a fim de: caracterizar os atores, as relações e os meios de interação entre eles; investigar as relações de governança colaborativa e o potencial de colaboração dos atores; analisar a estrutura da rede colaborativas e a densidade das relações da rede; e, sistematizar as dimensões e variáveis da governança colaborativa e da rede colaborativa que influenciam na constituição de um ecossistema de aprendizagem e inovação no segmento de saúde. No tocante às relações, pelos moldes da governança colaborativa, os atores têm prezado pelo diálogo e juntos buscam objetivos mútuos. As relações, além do caráter de prestação ou fornecimento de serviços, assumem vínculos de parcerias e se desenvolvem informalmente, favorecendo a capacidade relacional e colaborativa do sistema. Em relação as dimensões da confiança, liderança e interdependência, ambas são reconhecidas e estão sendo importantes para garantir a colaboração dos atores, constituindo importantes fatores para o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação. Pelo aspecto das redes colaborativas, as redes mais centralizadas constituem atores centrais com importantes papéis na formação de conexões e laços sociais com um maior número de atores. Em relação à densidade das relações, constatou-se que ambos os laços sociais favorecem o ecossistema de inovação, pelos laços fortes o potencial de colaboração, pelas redes de contatos dos laços fracos a aprendizagem e inovação da rede. Para tanto, coopetição, coevolução e cocriação de valor são reconhecidos no sistema, constituindo um ecossistema de aprendizagem e inovação de saúde no município. Por se tratar de um segmento que fornece bens públicos, algumas características são particulares do segmento e diferem da maior parte dos modelos organizacionais analisados na literatura dos ecossistemas, logo, as conclusões obtidas não são generalizáveis e podem não ser completamente válidas para outros sistemas. Outra limitação diz respeito ao tamanho reduzido de organizações do sistema e em relação à coleta de dados, que poderia ter tido maior abrangência incluindo organizações e setores que mantenham algum envolvimento com o segmento. Para pesquisas futuras, sugere-se a aplicação dessa perspectiva teórica em sistemas mais robustos em quantidade de organizações e de outros segmentos, a fim de criar resultados comparáveis que possam orientar as relações do sistema para propiciar um ambiente capaz de constituir um ecossistema de aprendizagem e inovação. 151 f. |
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O presente estudo teve como objetivo analisar as relações interorganizacionais colaborativas dos atores do sistema de saúde do município de Ijuí/RS, na perspectiva da constituição de um ecossistema de aprendizagem e inovação. Os pressupostos filosóficos pela dimensão ontológica seguiram o nominalismo, os fundamentos de natureza epistemológica guiaram-se pelo antipositivismo e a natureza humana pelo voluntarismo. Do ponto de vista da problemática, a abordagem guiou-se pelo estruturalismo, do ponto de vista dos objetivos, a pesquisa caracterizou-se como exploratória e descritiva e, como meios técnicos, pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas, caracterizando-se como uma pesquisa social fundamentalmente qualitativa. A unidade de análise é o sistema de saúde de Ijuí, correspondente por 9 das principais organizações que compõem o sistema: CRS, SMS, COMUS, CISA, HU, HCI, HBP, UNIJUÍ e Unimed Noroeste. Participaram da pesquisa 7 atores organizacionais, representantes das organizações. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, individual e presencial com os atores, o conteúdo das entrevistas foi analisado pela análise de conteúdo. O modelo de análise referenciou-se nas bases teóricas dos ecossistemas de aprendizagem de inovação (dimensão conceitual), nas relações interorganizacional (dimensão de análise) e governança colaborativa e rede colaborativa (dimensão operacional da pesquisa), a fim de: caracterizar os atores, as relações e os meios de interação entre eles; investigar as relações de governança colaborativa e o potencial de colaboração dos atores; analisar a estrutura da rede colaborativas e a densidade das relações da rede; e, sistematizar as dimensões e variáveis da governança colaborativa e da rede colaborativa que influenciam na constituição de um ecossistema de aprendizagem e inovação no segmento de saúde. No tocante às relações, pelos moldes da governança colaborativa, os atores têm prezado pelo diálogo e juntos buscam objetivos mútuos. As relações, além do caráter de prestação ou fornecimento de serviços, assumem vínculos de parcerias e se desenvolvem informalmente, favorecendo a capacidade relacional e colaborativa do sistema. Em relação as dimensões da confiança, liderança e interdependência, ambas são reconhecidas e estão sendo importantes para garantir a colaboração dos atores, constituindo importantes fatores para o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação. Pelo aspecto das redes colaborativas, as redes mais centralizadas constituem atores centrais com importantes papéis na formação de conexões e laços sociais com um maior número de atores. Em relação à densidade das relações, constatou-se que ambos os laços sociais favorecem o ecossistema de inovação, pelos laços fortes o potencial de colaboração, pelas redes de contatos dos laços fracos a aprendizagem e inovação da rede. Para tanto, coopetição, coevolução e cocriação de valor são reconhecidos no sistema, constituindo um ecossistema de aprendizagem e inovação de saúde no município. Por se tratar de um segmento que fornece bens públicos, algumas características são particulares do segmento e diferem da maior parte dos modelos organizacionais analisados na literatura dos ecossistemas, logo, as conclusões obtidas não são generalizáveis e podem não ser completamente válidas para outros sistemas. Outra limitação diz respeito ao tamanho reduzido de organizações do sistema e em relação à coleta de dados, que poderia ter tido maior abrangência incluindo organizações e setores que mantenham algum envolvimento com o segmento. Para pesquisas futuras, sugere-se a aplicação dessa perspectiva teórica em sistemas mais robustos em quantidade de organizações e de outros segmentos, a fim de criar resultados comparáveis que possam orientar as relações do sistema para propiciar um ambiente capaz de constituir um ecossistema de aprendizagem e inovação. |
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