Dores no corpo e dores na alma
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/5004 |
Resumo: | A violência doméstica contra a mulher é um fenômeno mundial, que não se restringe a uma determinada classe social, raça, idade, não importando a religião ou escolaridade. As agressões são divididas em variados tipos, como psicológica, sexual, moral e patrimonial, porém, no relacionamento violento, elas acontecem de formas sobrepostas. Este estudo insere-se no eixo temático Educação popular em movimentos e organizações sociais, e tem como objetivo investigar a história de vida de mulheres que vivenciaram situação de violência doméstica e conseguiram romper com o ciclo, investigando as suas percepções, o que contribuiu para a sua permanência em uma relação violenta e qual foi o momento estanque e a rede de proteção necessária para que a ruptura fosse possível. A pesquisa foi realizada no CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Panambi/RS, com três mulheres, que conseguiram romper com o ciclo da violência doméstica e foram encaminhadas para atendimento psicológico. A investigação foi orientada pela abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas com questionário semiestruturado, aplicado individualmente, com permissão para serem gravadas e transcritas na íntegra. Os temas investigados nas entrevistas versaram sobre a família de origem, sua família atual (companheiro e filhos), o início da violência, os tipos de violência sofrida, a rede de proteção primária e secundária, o momento de ruptura e as expectativas e planos para o futuro. A partir da análise dos resultados foi possível verificar que os primeiros episódios de violência ocorrem já no início da relação (no namoro), e com o passar do tempo as agressões vão se intensificando, o que acarreta baixo autoestima e autoconfiança, fazendo com que se sintam desamparadas e a cada episódio de violência vem a reconciliação, em que a mulher passa novamente a acreditar na possível mudança de comportamento do companheiro, o que faz com que elas permaneçam na relação. Podemos concluir que as lutas contra a violência doméstica passam pela mudança sócio-histórico-cultural do patriarcalismo cultivado ao longo das décadas, e essa transformação só é possível por meio da articulação da temática na educação minimizando a realidade da violência doméstica e trabalhando desde cedo os papéis masculino e feminino em sala de aula, de forma a oportunizar a desconstrução dos estereótipos dos papéis do “ser homem e ser mulher”. |
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A violência doméstica contra a mulher é um fenômeno mundial, que não se restringe a uma determinada classe social, raça, idade, não importando a religião ou escolaridade. As agressões são divididas em variados tipos, como psicológica, sexual, moral e patrimonial, porém, no relacionamento violento, elas acontecem de formas sobrepostas. Este estudo insere-se no eixo temático Educação popular em movimentos e organizações sociais, e tem como objetivo investigar a história de vida de mulheres que vivenciaram situação de violência doméstica e conseguiram romper com o ciclo, investigando as suas percepções, o que contribuiu para a sua permanência em uma relação violenta e qual foi o momento estanque e a rede de proteção necessária para que a ruptura fosse possível. A pesquisa foi realizada no CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Panambi/RS, com três mulheres, que conseguiram romper com o ciclo da violência doméstica e foram encaminhadas para atendimento psicológico. A investigação foi orientada pela abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas com questionário semiestruturado, aplicado individualmente, com permissão para serem gravadas e transcritas na íntegra. Os temas investigados nas entrevistas versaram sobre a família de origem, sua família atual (companheiro e filhos), o início da violência, os tipos de violência sofrida, a rede de proteção primária e secundária, o momento de ruptura e as expectativas e planos para o futuro. A partir da análise dos resultados foi possível verificar que os primeiros episódios de violência ocorrem já no início da relação (no namoro), e com o passar do tempo as agressões vão se intensificando, o que acarreta baixo autoestima e autoconfiança, fazendo com que se sintam desamparadas e a cada episódio de violência vem a reconciliação, em que a mulher passa novamente a acreditar na possível mudança de comportamento do companheiro, o que faz com que elas permaneçam na relação. Podemos concluir que as lutas contra a violência doméstica passam pela mudança sócio-histórico-cultural do patriarcalismo cultivado ao longo das décadas, e essa transformação só é possível por meio da articulação da temática na educação minimizando a realidade da violência doméstica e trabalhando desde cedo os papéis masculino e feminino em sala de aula, de forma a oportunizar a desconstrução dos estereótipos dos papéis do “ser homem e ser mulher”. 112 f. |
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A violência doméstica contra a mulher é um fenômeno mundial, que não se restringe a uma determinada classe social, raça, idade, não importando a religião ou escolaridade. As agressões são divididas em variados tipos, como psicológica, sexual, moral e patrimonial, porém, no relacionamento violento, elas acontecem de formas sobrepostas. Este estudo insere-se no eixo temático Educação popular em movimentos e organizações sociais, e tem como objetivo investigar a história de vida de mulheres que vivenciaram situação de violência doméstica e conseguiram romper com o ciclo, investigando as suas percepções, o que contribuiu para a sua permanência em uma relação violenta e qual foi o momento estanque e a rede de proteção necessária para que a ruptura fosse possível. A pesquisa foi realizada no CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social de Panambi/RS, com três mulheres, que conseguiram romper com o ciclo da violência doméstica e foram encaminhadas para atendimento psicológico. A investigação foi orientada pela abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas com questionário semiestruturado, aplicado individualmente, com permissão para serem gravadas e transcritas na íntegra. Os temas investigados nas entrevistas versaram sobre a família de origem, sua família atual (companheiro e filhos), o início da violência, os tipos de violência sofrida, a rede de proteção primária e secundária, o momento de ruptura e as expectativas e planos para o futuro. A partir da análise dos resultados foi possível verificar que os primeiros episódios de violência ocorrem já no início da relação (no namoro), e com o passar do tempo as agressões vão se intensificando, o que acarreta baixo autoestima e autoconfiança, fazendo com que se sintam desamparadas e a cada episódio de violência vem a reconciliação, em que a mulher passa novamente a acreditar na possível mudança de comportamento do companheiro, o que faz com que elas permaneçam na relação. Podemos concluir que as lutas contra a violência doméstica passam pela mudança sócio-histórico-cultural do patriarcalismo cultivado ao longo das décadas, e essa transformação só é possível por meio da articulação da temática na educação minimizando a realidade da violência doméstica e trabalhando desde cedo os papéis masculino e feminino em sala de aula, de forma a oportunizar a desconstrução dos estereótipos dos papéis do “ser homem e ser mulher”. |
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