Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, Barbara Gündel
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIJUI
Texto Completo: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6466
Resumo: Introdução Na evolução do pensamento administrativo as organizações passaram por processos de reestruturação, buscando formas de gestão mais flexíveis. As Instituições de Ensino Superior também são entendidas como organizações onde pessoas se interligam para atingir objetivos e metas. A transformação social pela qual passaram as empresas de maneira geral, também atingiu o setor do ensino. Dentre essas mudanças estão o desafio pessoal e a busca por responder às expectativas projetadas sobre eles. Além do desempenho docente de excelência, busca-se a integração da matéria de ensino, que “integre-a ao contexto curricular e histórico-social, utilize formas de ensinar variadas, domine a linguagem corporal/gestual e busque a participação do aluno” (CARLOTTO, p. 189, 2002). E quando isso não acontece, ou não acontece conforme o planejado, há o sentimento de insatisfação, falta de motivação, problemas de nível afetivo como relacionamento sociais com colegas e/ou chefia, e isso inclui os demais colaboradores da instituição, não propriamente docentes, mas demais profissionais que podem agravar o quadro acima e partilhar de insatisfações da mesma ordem, ou não entendem o descontentamento e a insatisfação pelo seu próprio trabalho. Nesse contexto, o termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), discutido por diversos autores e correntes de pensamento é cada vez mais presente dentro da gestão de recursos humanos. Assim, o presente trabalho buscou identificar e mensurar a QVT dos funcionários de uma instituição de ensino superior do noroeste do RS, em dois departamentos alocados no campus sede, aqui denominados DeY e DeX, no período compreendido entre janeiro e julho de 2019.Metodologia Quanto à natureza, a presente pesquisa enquadra-se na classificação de Pesquisa Aplicada. Dentro da abordagem de investigação, apresenta uma abordagem qualitativa e quantitativa. Quanto aos objetivos, a pesquisa enquadra-se como exploratória e descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos a que se referem ao estudo foram utilizados a pesquisa bibliográfica, a documental, a pesquisa de campo, a survey e o estudo de caso. A pesquisa bibliográfica abrange todo o referencial teórico citado anteriormente, com pesquisa em livros digitais e físicos, artigos, teses, publicações avulsas e revistas digitais. Na pesquisa de campo, buscou-se o aprofundamento das questões propostas, sendo desenvolvida no local dos fenômenos, no caso, a organização em questão, utilizando-se a observação direta. A pesquisa documental, de modo geral, envolve documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico (GIL, 2002). Outro procedimento empregado foi o método de Levantamento, também conhecido como Survey ou Enquete, utilizado para coleta de dados primários. (ZAMBERLAN, 2008). O universo da amostra define-se como professores e técnicos administrativos e/ou de apoio alocados a dois departamentos da Universidade investigada. Neste universo encontra-se o número de 155 professores e 29 técnicos administrativos e/ou de apoio, totalizando 184 pessoas. Os sujeitos da pesquisa são, de fato, as pessoas que forneceram os dados necessários para a pesquisa. Dessa forma, dos 184 indivíduos questionados, 68 funcionários responderam o questionário. A forma de mensuração utilizada na análise dos dados coletados com os questionários utilizou a Escala de Likert. Esta escala exige que os entrevistados indiquem um grau de concordância ou discordância como cada questão proposta. Neste estudo utilizou-se a escala com cinco níveis de satisfação: 5) Muito satisfeito; 4) Satisfeito; 3) Indiferente (nem satisfeito nem insatisfeito); 2) Insatisfeito; e 1) Muito insatisfeito. E também foram utilizadas as questões norteadoras da pesquisa junto aos gestores para investigação quanto ao que existe referente à programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Resultados A presente pesquisa apresentou dados consideráveis quanto à satisfação no universo colaborador. Após análise das questões sócio/econômicas os respondentes foram questionados 6 acerca da QVT em diferentes âmbitos. Dentro da questão referente às condições físicas do ambiente de trabalho, os resultados demostraram, em sua maioria, a satisfação dos respondentes. Quanto à saúde e benefícios, percebe-se que muitos funcionários desconhecem ou não utilizam os programas existentes, desta forma a resposta “Não se Aplica” teve grande representatividade. No item motivação e moral, de maneira geral, apresentou-se respostas significativamente satisfatórias com relação, ou seja, as pessoas estão satisfeitas em realizar um trabalho agradável e desafiante, também lhes agrada o grau de interesse que suas tarefas despertam. Então, as pessoas estão trabalhando de maneira alegre e feliz, porém, não vislumbram oportunidades de crescimento, igualdade de tratamento e feedback sobre o trabalho realizado, isso foi manifestado como insatisfação. Com relação à Compensações, em média, 60% dos respondentes estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as compensações. As retribuições organizacionais, por intermédio de salário e promoções, é um dos elementos que moldam o estado mental positivo do BET – Bem Estar no Trabalho e influenciam diretamente na QVT. De maneira geral, os respondentes mostram-se satisfeitos e muito satisfeitos com os itens colaboradores frente à oportunidade de desenvolvimento de sua criatividade; com os programas de participação oferecidos pela instituição; com a liberdade de manifestação de ideias, dentro do item participação, tendo 60% ou mais de aprovação nestes. Quanto à comunicação, relativo a “conhecer as metas organizacionais” este apresenta maior satisfação 80%. O item relacionado ao “fluxo de informações” apresenta 70% de satisfação entre os respondentes. Em relação à “transparência nas comunicações”, ao contrário dos demais, esse item apresentou um número expressivo de indiferentes e insatisfeitos, totalizando 49%. A questão referente à Imagem da Organização, apresentou níveis significativo de satisfação. Demostrando a tradição da instituição e sua “relevância para com a comunidade externa” 88% de satisfação; “atenção dados ao seu público externo” – alunos, 75% ; e “valores da instituição alinhado aos valores éticos da sociedade”, 88%. De maneira geral, os respondentes estão satisfeitos com a relação estabelecida com seus superiores, todos os itens questionados apresentaram 60% ou mais de satisfação. O item sobre apoio sócio emocional recebido apresentou, porém, um nível considerável de descontentes: 32% (entre indiferentes, insatisfeitos e muito insatisfeitos). As questões referentes à organização no trabalho buscaram analisar como os colaboradores se sentem com relação à inovação em métodos e processos, funcionamento das 7 equipes de trabalho, variedade das tarefas realizadas, ritmo de trabalho. Estes itens apresentaram descontentamento significativo por parte dos respondentes. A última questão, relacionada a condutas e sentimentos inadequados no ambiente de trabalho e com possibilidades de resposta Sim e Não, trouxeram à discussão a questão do assédio (moral e sexual), sendo que 16% dos respondentes admitiram sofrer algum tipo de assédio por colegas, e 13% por superiores. Com relação aos itens sobre comentários, misóginos, homofóbicos ou outro tipo de preconceito relativo à religião ou cor da pele, vindo de colegas ou superiores, 24% informaram que já ouviram esse tipo de comentário por colegas e 15% ouviram de superiores. Conclusões A satisfação (ou não) com os itens apresentados é um dos elementos primordiais da satisfação no trabalho, assim como a relação com colegas, chefias, atividades realizadas e demais questionamentos. O que se extrai destes resultados é que se o colaborador se sente satisfeito com o ambiente, incluindo as pessoas que os cercam, se está contente com as retribuições oferecidas pela organização, assim como oportunidades de crescimento, benefícios de saúde, consequentemente será um funcionário produtivo, com emoções positivas e com comprometimento afetivo com seu trabalho. Da mesma forma, quando há descontentamento, há problemas como depressão, ansiedade e estresse. Condições de trabalho que afetam a saúde física e psicológica dos funcionários trazem prejuízos à empresa, tanto financeiros como situações que denigrem sua imagem perante a comunidade.
id UNIJ_7305095fe05c26c292e3fedafb01fbc9
oai_identifier_str oai:bibliodigital.unijui.edu.br:123456789/6466
network_acronym_str UNIJ
network_name_str Repositório Institucional da UNIJUI
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisComo eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS2019-12-1620192019-12-16T23:50:18Z2019-12-16T23:50:18ZIntrodução Na evolução do pensamento administrativo as organizações passaram por processos de reestruturação, buscando formas de gestão mais flexíveis. As Instituições de Ensino Superior também são entendidas como organizações onde pessoas se interligam para atingir objetivos e metas. A transformação social pela qual passaram as empresas de maneira geral, também atingiu o setor do ensino. Dentre essas mudanças estão o desafio pessoal e a busca por responder às expectativas projetadas sobre eles. Além do desempenho docente de excelência, busca-se a integração da matéria de ensino, que “integre-a ao contexto curricular e histórico-social, utilize formas de ensinar variadas, domine a linguagem corporal/gestual e busque a participação do aluno” (CARLOTTO, p. 189, 2002). E quando isso não acontece, ou não acontece conforme o planejado, há o sentimento de insatisfação, falta de motivação, problemas de nível afetivo como relacionamento sociais com colegas e/ou chefia, e isso inclui os demais colaboradores da instituição, não propriamente docentes, mas demais profissionais que podem agravar o quadro acima e partilhar de insatisfações da mesma ordem, ou não entendem o descontentamento e a insatisfação pelo seu próprio trabalho. Nesse contexto, o termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), discutido por diversos autores e correntes de pensamento é cada vez mais presente dentro da gestão de recursos humanos. Assim, o presente trabalho buscou identificar e mensurar a QVT dos funcionários de uma instituição de ensino superior do noroeste do RS, em dois departamentos alocados no campus sede, aqui denominados DeY e DeX, no período compreendido entre janeiro e julho de 2019.Metodologia Quanto à natureza, a presente pesquisa enquadra-se na classificação de Pesquisa Aplicada. Dentro da abordagem de investigação, apresenta uma abordagem qualitativa e quantitativa. Quanto aos objetivos, a pesquisa enquadra-se como exploratória e descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos a que se referem ao estudo foram utilizados a pesquisa bibliográfica, a documental, a pesquisa de campo, a survey e o estudo de caso. A pesquisa bibliográfica abrange todo o referencial teórico citado anteriormente, com pesquisa em livros digitais e físicos, artigos, teses, publicações avulsas e revistas digitais. Na pesquisa de campo, buscou-se o aprofundamento das questões propostas, sendo desenvolvida no local dos fenômenos, no caso, a organização em questão, utilizando-se a observação direta. A pesquisa documental, de modo geral, envolve documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico (GIL, 2002). Outro procedimento empregado foi o método de Levantamento, também conhecido como Survey ou Enquete, utilizado para coleta de dados primários. (ZAMBERLAN, 2008). O universo da amostra define-se como professores e técnicos administrativos e/ou de apoio alocados a dois departamentos da Universidade investigada. Neste universo encontra-se o número de 155 professores e 29 técnicos administrativos e/ou de apoio, totalizando 184 pessoas. Os sujeitos da pesquisa são, de fato, as pessoas que forneceram os dados necessários para a pesquisa. Dessa forma, dos 184 indivíduos questionados, 68 funcionários responderam o questionário. A forma de mensuração utilizada na análise dos dados coletados com os questionários utilizou a Escala de Likert. Esta escala exige que os entrevistados indiquem um grau de concordância ou discordância como cada questão proposta. Neste estudo utilizou-se a escala com cinco níveis de satisfação: 5) Muito satisfeito; 4) Satisfeito; 3) Indiferente (nem satisfeito nem insatisfeito); 2) Insatisfeito; e 1) Muito insatisfeito. E também foram utilizadas as questões norteadoras da pesquisa junto aos gestores para investigação quanto ao que existe referente à programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Resultados A presente pesquisa apresentou dados consideráveis quanto à satisfação no universo colaborador. Após análise das questões sócio/econômicas os respondentes foram questionados 6 acerca da QVT em diferentes âmbitos. Dentro da questão referente às condições físicas do ambiente de trabalho, os resultados demostraram, em sua maioria, a satisfação dos respondentes. Quanto à saúde e benefícios, percebe-se que muitos funcionários desconhecem ou não utilizam os programas existentes, desta forma a resposta “Não se Aplica” teve grande representatividade. No item motivação e moral, de maneira geral, apresentou-se respostas significativamente satisfatórias com relação, ou seja, as pessoas estão satisfeitas em realizar um trabalho agradável e desafiante, também lhes agrada o grau de interesse que suas tarefas despertam. Então, as pessoas estão trabalhando de maneira alegre e feliz, porém, não vislumbram oportunidades de crescimento, igualdade de tratamento e feedback sobre o trabalho realizado, isso foi manifestado como insatisfação. Com relação à Compensações, em média, 60% dos respondentes estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as compensações. As retribuições organizacionais, por intermédio de salário e promoções, é um dos elementos que moldam o estado mental positivo do BET – Bem Estar no Trabalho e influenciam diretamente na QVT. De maneira geral, os respondentes mostram-se satisfeitos e muito satisfeitos com os itens colaboradores frente à oportunidade de desenvolvimento de sua criatividade; com os programas de participação oferecidos pela instituição; com a liberdade de manifestação de ideias, dentro do item participação, tendo 60% ou mais de aprovação nestes. Quanto à comunicação, relativo a “conhecer as metas organizacionais” este apresenta maior satisfação 80%. O item relacionado ao “fluxo de informações” apresenta 70% de satisfação entre os respondentes. Em relação à “transparência nas comunicações”, ao contrário dos demais, esse item apresentou um número expressivo de indiferentes e insatisfeitos, totalizando 49%. A questão referente à Imagem da Organização, apresentou níveis significativo de satisfação. Demostrando a tradição da instituição e sua “relevância para com a comunidade externa” 88% de satisfação; “atenção dados ao seu público externo” – alunos, 75% ; e “valores da instituição alinhado aos valores éticos da sociedade”, 88%. De maneira geral, os respondentes estão satisfeitos com a relação estabelecida com seus superiores, todos os itens questionados apresentaram 60% ou mais de satisfação. O item sobre apoio sócio emocional recebido apresentou, porém, um nível considerável de descontentes: 32% (entre indiferentes, insatisfeitos e muito insatisfeitos). As questões referentes à organização no trabalho buscaram analisar como os colaboradores se sentem com relação à inovação em métodos e processos, funcionamento das 7 equipes de trabalho, variedade das tarefas realizadas, ritmo de trabalho. Estes itens apresentaram descontentamento significativo por parte dos respondentes. A última questão, relacionada a condutas e sentimentos inadequados no ambiente de trabalho e com possibilidades de resposta Sim e Não, trouxeram à discussão a questão do assédio (moral e sexual), sendo que 16% dos respondentes admitiram sofrer algum tipo de assédio por colegas, e 13% por superiores. Com relação aos itens sobre comentários, misóginos, homofóbicos ou outro tipo de preconceito relativo à religião ou cor da pele, vindo de colegas ou superiores, 24% informaram que já ouviram esse tipo de comentário por colegas e 15% ouviram de superiores. Conclusões A satisfação (ou não) com os itens apresentados é um dos elementos primordiais da satisfação no trabalho, assim como a relação com colegas, chefias, atividades realizadas e demais questionamentos. O que se extrai destes resultados é que se o colaborador se sente satisfeito com o ambiente, incluindo as pessoas que os cercam, se está contente com as retribuições oferecidas pela organização, assim como oportunidades de crescimento, benefícios de saúde, consequentemente será um funcionário produtivo, com emoções positivas e com comprometimento afetivo com seu trabalho. Da mesma forma, quando há descontentamento, há problemas como depressão, ansiedade e estresse. Condições de trabalho que afetam a saúde física e psicológica dos funcionários trazem prejuízos à empresa, tanto financeiros como situações que denigrem sua imagem perante a comunidade.82 f.Ciências sociais aplicadasAdministraçãoQualidade de VidaGestão de PessoasEnsino Superiorhttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6466DMD_hdl_123456789/6466Mendonça, Barbara Gündelporreponame:Repositório Institucional da UNIJUIinstname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sulinstacron:UNIJUIinfo:eu-repo/semantics/openAccessBarbara%20G%c3%bcndel%20Mendon%c3%a7a.pdfhttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/6466/1/Barbara%20G%c3%bcndel%20Mendon%c3%a7a.pdfapplication/pdf2236105http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/6466/1/Barbara%20G%c3%bcndel%20Mendon%c3%a7a.pdf2d4bdab0e7030b7c40cbe3fa225d9b40MD5123456789_6466_12019-12-21T06:47:58Zmail@mail.com -
dc.title.none.fl_str_mv Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS
title Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS
spellingShingle Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS
Mendonça, Barbara Gündel
Ciências sociais aplicadas
Administração
Qualidade de Vida
Gestão de Pessoas
Ensino Superior
title_short Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS
title_full Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS
title_fullStr Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS
title_full_unstemmed Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS
title_sort Como eu me sinto? A investigação acerca da qualidade de vida no trabalho em uma instituição de ensino superior do noroeste do estado do RS
author Mendonça, Barbara Gündel
author_facet Mendonça, Barbara Gündel
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Mendonça, Barbara Gündel
dc.subject.por.fl_str_mv Ciências sociais aplicadas
Administração
Qualidade de Vida
Gestão de Pessoas
Ensino Superior
topic Ciências sociais aplicadas
Administração
Qualidade de Vida
Gestão de Pessoas
Ensino Superior
dc.description.abstract.none.fl_txt_mv Introdução Na evolução do pensamento administrativo as organizações passaram por processos de reestruturação, buscando formas de gestão mais flexíveis. As Instituições de Ensino Superior também são entendidas como organizações onde pessoas se interligam para atingir objetivos e metas. A transformação social pela qual passaram as empresas de maneira geral, também atingiu o setor do ensino. Dentre essas mudanças estão o desafio pessoal e a busca por responder às expectativas projetadas sobre eles. Além do desempenho docente de excelência, busca-se a integração da matéria de ensino, que “integre-a ao contexto curricular e histórico-social, utilize formas de ensinar variadas, domine a linguagem corporal/gestual e busque a participação do aluno” (CARLOTTO, p. 189, 2002). E quando isso não acontece, ou não acontece conforme o planejado, há o sentimento de insatisfação, falta de motivação, problemas de nível afetivo como relacionamento sociais com colegas e/ou chefia, e isso inclui os demais colaboradores da instituição, não propriamente docentes, mas demais profissionais que podem agravar o quadro acima e partilhar de insatisfações da mesma ordem, ou não entendem o descontentamento e a insatisfação pelo seu próprio trabalho. Nesse contexto, o termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), discutido por diversos autores e correntes de pensamento é cada vez mais presente dentro da gestão de recursos humanos. Assim, o presente trabalho buscou identificar e mensurar a QVT dos funcionários de uma instituição de ensino superior do noroeste do RS, em dois departamentos alocados no campus sede, aqui denominados DeY e DeX, no período compreendido entre janeiro e julho de 2019.Metodologia Quanto à natureza, a presente pesquisa enquadra-se na classificação de Pesquisa Aplicada. Dentro da abordagem de investigação, apresenta uma abordagem qualitativa e quantitativa. Quanto aos objetivos, a pesquisa enquadra-se como exploratória e descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos a que se referem ao estudo foram utilizados a pesquisa bibliográfica, a documental, a pesquisa de campo, a survey e o estudo de caso. A pesquisa bibliográfica abrange todo o referencial teórico citado anteriormente, com pesquisa em livros digitais e físicos, artigos, teses, publicações avulsas e revistas digitais. Na pesquisa de campo, buscou-se o aprofundamento das questões propostas, sendo desenvolvida no local dos fenômenos, no caso, a organização em questão, utilizando-se a observação direta. A pesquisa documental, de modo geral, envolve documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico (GIL, 2002). Outro procedimento empregado foi o método de Levantamento, também conhecido como Survey ou Enquete, utilizado para coleta de dados primários. (ZAMBERLAN, 2008). O universo da amostra define-se como professores e técnicos administrativos e/ou de apoio alocados a dois departamentos da Universidade investigada. Neste universo encontra-se o número de 155 professores e 29 técnicos administrativos e/ou de apoio, totalizando 184 pessoas. Os sujeitos da pesquisa são, de fato, as pessoas que forneceram os dados necessários para a pesquisa. Dessa forma, dos 184 indivíduos questionados, 68 funcionários responderam o questionário. A forma de mensuração utilizada na análise dos dados coletados com os questionários utilizou a Escala de Likert. Esta escala exige que os entrevistados indiquem um grau de concordância ou discordância como cada questão proposta. Neste estudo utilizou-se a escala com cinco níveis de satisfação: 5) Muito satisfeito; 4) Satisfeito; 3) Indiferente (nem satisfeito nem insatisfeito); 2) Insatisfeito; e 1) Muito insatisfeito. E também foram utilizadas as questões norteadoras da pesquisa junto aos gestores para investigação quanto ao que existe referente à programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Resultados A presente pesquisa apresentou dados consideráveis quanto à satisfação no universo colaborador. Após análise das questões sócio/econômicas os respondentes foram questionados 6 acerca da QVT em diferentes âmbitos. Dentro da questão referente às condições físicas do ambiente de trabalho, os resultados demostraram, em sua maioria, a satisfação dos respondentes. Quanto à saúde e benefícios, percebe-se que muitos funcionários desconhecem ou não utilizam os programas existentes, desta forma a resposta “Não se Aplica” teve grande representatividade. No item motivação e moral, de maneira geral, apresentou-se respostas significativamente satisfatórias com relação, ou seja, as pessoas estão satisfeitas em realizar um trabalho agradável e desafiante, também lhes agrada o grau de interesse que suas tarefas despertam. Então, as pessoas estão trabalhando de maneira alegre e feliz, porém, não vislumbram oportunidades de crescimento, igualdade de tratamento e feedback sobre o trabalho realizado, isso foi manifestado como insatisfação. Com relação à Compensações, em média, 60% dos respondentes estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as compensações. As retribuições organizacionais, por intermédio de salário e promoções, é um dos elementos que moldam o estado mental positivo do BET – Bem Estar no Trabalho e influenciam diretamente na QVT. De maneira geral, os respondentes mostram-se satisfeitos e muito satisfeitos com os itens colaboradores frente à oportunidade de desenvolvimento de sua criatividade; com os programas de participação oferecidos pela instituição; com a liberdade de manifestação de ideias, dentro do item participação, tendo 60% ou mais de aprovação nestes. Quanto à comunicação, relativo a “conhecer as metas organizacionais” este apresenta maior satisfação 80%. O item relacionado ao “fluxo de informações” apresenta 70% de satisfação entre os respondentes. Em relação à “transparência nas comunicações”, ao contrário dos demais, esse item apresentou um número expressivo de indiferentes e insatisfeitos, totalizando 49%. A questão referente à Imagem da Organização, apresentou níveis significativo de satisfação. Demostrando a tradição da instituição e sua “relevância para com a comunidade externa” 88% de satisfação; “atenção dados ao seu público externo” – alunos, 75% ; e “valores da instituição alinhado aos valores éticos da sociedade”, 88%. De maneira geral, os respondentes estão satisfeitos com a relação estabelecida com seus superiores, todos os itens questionados apresentaram 60% ou mais de satisfação. O item sobre apoio sócio emocional recebido apresentou, porém, um nível considerável de descontentes: 32% (entre indiferentes, insatisfeitos e muito insatisfeitos). As questões referentes à organização no trabalho buscaram analisar como os colaboradores se sentem com relação à inovação em métodos e processos, funcionamento das 7 equipes de trabalho, variedade das tarefas realizadas, ritmo de trabalho. Estes itens apresentaram descontentamento significativo por parte dos respondentes. A última questão, relacionada a condutas e sentimentos inadequados no ambiente de trabalho e com possibilidades de resposta Sim e Não, trouxeram à discussão a questão do assédio (moral e sexual), sendo que 16% dos respondentes admitiram sofrer algum tipo de assédio por colegas, e 13% por superiores. Com relação aos itens sobre comentários, misóginos, homofóbicos ou outro tipo de preconceito relativo à religião ou cor da pele, vindo de colegas ou superiores, 24% informaram que já ouviram esse tipo de comentário por colegas e 15% ouviram de superiores. Conclusões A satisfação (ou não) com os itens apresentados é um dos elementos primordiais da satisfação no trabalho, assim como a relação com colegas, chefias, atividades realizadas e demais questionamentos. O que se extrai destes resultados é que se o colaborador se sente satisfeito com o ambiente, incluindo as pessoas que os cercam, se está contente com as retribuições oferecidas pela organização, assim como oportunidades de crescimento, benefícios de saúde, consequentemente será um funcionário produtivo, com emoções positivas e com comprometimento afetivo com seu trabalho. Da mesma forma, quando há descontentamento, há problemas como depressão, ansiedade e estresse. Condições de trabalho que afetam a saúde física e psicológica dos funcionários trazem prejuízos à empresa, tanto financeiros como situações que denigrem sua imagem perante a comunidade.
82 f.
description Introdução Na evolução do pensamento administrativo as organizações passaram por processos de reestruturação, buscando formas de gestão mais flexíveis. As Instituições de Ensino Superior também são entendidas como organizações onde pessoas se interligam para atingir objetivos e metas. A transformação social pela qual passaram as empresas de maneira geral, também atingiu o setor do ensino. Dentre essas mudanças estão o desafio pessoal e a busca por responder às expectativas projetadas sobre eles. Além do desempenho docente de excelência, busca-se a integração da matéria de ensino, que “integre-a ao contexto curricular e histórico-social, utilize formas de ensinar variadas, domine a linguagem corporal/gestual e busque a participação do aluno” (CARLOTTO, p. 189, 2002). E quando isso não acontece, ou não acontece conforme o planejado, há o sentimento de insatisfação, falta de motivação, problemas de nível afetivo como relacionamento sociais com colegas e/ou chefia, e isso inclui os demais colaboradores da instituição, não propriamente docentes, mas demais profissionais que podem agravar o quadro acima e partilhar de insatisfações da mesma ordem, ou não entendem o descontentamento e a insatisfação pelo seu próprio trabalho. Nesse contexto, o termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), discutido por diversos autores e correntes de pensamento é cada vez mais presente dentro da gestão de recursos humanos. Assim, o presente trabalho buscou identificar e mensurar a QVT dos funcionários de uma instituição de ensino superior do noroeste do RS, em dois departamentos alocados no campus sede, aqui denominados DeY e DeX, no período compreendido entre janeiro e julho de 2019.Metodologia Quanto à natureza, a presente pesquisa enquadra-se na classificação de Pesquisa Aplicada. Dentro da abordagem de investigação, apresenta uma abordagem qualitativa e quantitativa. Quanto aos objetivos, a pesquisa enquadra-se como exploratória e descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos a que se referem ao estudo foram utilizados a pesquisa bibliográfica, a documental, a pesquisa de campo, a survey e o estudo de caso. A pesquisa bibliográfica abrange todo o referencial teórico citado anteriormente, com pesquisa em livros digitais e físicos, artigos, teses, publicações avulsas e revistas digitais. Na pesquisa de campo, buscou-se o aprofundamento das questões propostas, sendo desenvolvida no local dos fenômenos, no caso, a organização em questão, utilizando-se a observação direta. A pesquisa documental, de modo geral, envolve documentos e/ou materiais que ainda não foram analisados, mas que de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico (GIL, 2002). Outro procedimento empregado foi o método de Levantamento, também conhecido como Survey ou Enquete, utilizado para coleta de dados primários. (ZAMBERLAN, 2008). O universo da amostra define-se como professores e técnicos administrativos e/ou de apoio alocados a dois departamentos da Universidade investigada. Neste universo encontra-se o número de 155 professores e 29 técnicos administrativos e/ou de apoio, totalizando 184 pessoas. Os sujeitos da pesquisa são, de fato, as pessoas que forneceram os dados necessários para a pesquisa. Dessa forma, dos 184 indivíduos questionados, 68 funcionários responderam o questionário. A forma de mensuração utilizada na análise dos dados coletados com os questionários utilizou a Escala de Likert. Esta escala exige que os entrevistados indiquem um grau de concordância ou discordância como cada questão proposta. Neste estudo utilizou-se a escala com cinco níveis de satisfação: 5) Muito satisfeito; 4) Satisfeito; 3) Indiferente (nem satisfeito nem insatisfeito); 2) Insatisfeito; e 1) Muito insatisfeito. E também foram utilizadas as questões norteadoras da pesquisa junto aos gestores para investigação quanto ao que existe referente à programas de Qualidade de Vida no Trabalho. Resultados A presente pesquisa apresentou dados consideráveis quanto à satisfação no universo colaborador. Após análise das questões sócio/econômicas os respondentes foram questionados 6 acerca da QVT em diferentes âmbitos. Dentro da questão referente às condições físicas do ambiente de trabalho, os resultados demostraram, em sua maioria, a satisfação dos respondentes. Quanto à saúde e benefícios, percebe-se que muitos funcionários desconhecem ou não utilizam os programas existentes, desta forma a resposta “Não se Aplica” teve grande representatividade. No item motivação e moral, de maneira geral, apresentou-se respostas significativamente satisfatórias com relação, ou seja, as pessoas estão satisfeitas em realizar um trabalho agradável e desafiante, também lhes agrada o grau de interesse que suas tarefas despertam. Então, as pessoas estão trabalhando de maneira alegre e feliz, porém, não vislumbram oportunidades de crescimento, igualdade de tratamento e feedback sobre o trabalho realizado, isso foi manifestado como insatisfação. Com relação à Compensações, em média, 60% dos respondentes estão satisfeitos ou muito satisfeitos com as compensações. As retribuições organizacionais, por intermédio de salário e promoções, é um dos elementos que moldam o estado mental positivo do BET – Bem Estar no Trabalho e influenciam diretamente na QVT. De maneira geral, os respondentes mostram-se satisfeitos e muito satisfeitos com os itens colaboradores frente à oportunidade de desenvolvimento de sua criatividade; com os programas de participação oferecidos pela instituição; com a liberdade de manifestação de ideias, dentro do item participação, tendo 60% ou mais de aprovação nestes. Quanto à comunicação, relativo a “conhecer as metas organizacionais” este apresenta maior satisfação 80%. O item relacionado ao “fluxo de informações” apresenta 70% de satisfação entre os respondentes. Em relação à “transparência nas comunicações”, ao contrário dos demais, esse item apresentou um número expressivo de indiferentes e insatisfeitos, totalizando 49%. A questão referente à Imagem da Organização, apresentou níveis significativo de satisfação. Demostrando a tradição da instituição e sua “relevância para com a comunidade externa” 88% de satisfação; “atenção dados ao seu público externo” – alunos, 75% ; e “valores da instituição alinhado aos valores éticos da sociedade”, 88%. De maneira geral, os respondentes estão satisfeitos com a relação estabelecida com seus superiores, todos os itens questionados apresentaram 60% ou mais de satisfação. O item sobre apoio sócio emocional recebido apresentou, porém, um nível considerável de descontentes: 32% (entre indiferentes, insatisfeitos e muito insatisfeitos). As questões referentes à organização no trabalho buscaram analisar como os colaboradores se sentem com relação à inovação em métodos e processos, funcionamento das 7 equipes de trabalho, variedade das tarefas realizadas, ritmo de trabalho. Estes itens apresentaram descontentamento significativo por parte dos respondentes. A última questão, relacionada a condutas e sentimentos inadequados no ambiente de trabalho e com possibilidades de resposta Sim e Não, trouxeram à discussão a questão do assédio (moral e sexual), sendo que 16% dos respondentes admitiram sofrer algum tipo de assédio por colegas, e 13% por superiores. Com relação aos itens sobre comentários, misóginos, homofóbicos ou outro tipo de preconceito relativo à religião ou cor da pele, vindo de colegas ou superiores, 24% informaram que já ouviram esse tipo de comentário por colegas e 15% ouviram de superiores. Conclusões A satisfação (ou não) com os itens apresentados é um dos elementos primordiais da satisfação no trabalho, assim como a relação com colegas, chefias, atividades realizadas e demais questionamentos. O que se extrai destes resultados é que se o colaborador se sente satisfeito com o ambiente, incluindo as pessoas que os cercam, se está contente com as retribuições oferecidas pela organização, assim como oportunidades de crescimento, benefícios de saúde, consequentemente será um funcionário produtivo, com emoções positivas e com comprometimento afetivo com seu trabalho. Da mesma forma, quando há descontentamento, há problemas como depressão, ansiedade e estresse. Condições de trabalho que afetam a saúde física e psicológica dos funcionários trazem prejuízos à empresa, tanto financeiros como situações que denigrem sua imagem perante a comunidade.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-12-16
dc.date.available.fl_str_mv 2019
2019-12-16T23:50:18Z
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-12-16T23:50:18Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
status_str publishedVersion
format bachelorThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6466
DMD_hdl_123456789/6466
url http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6466
identifier_str_mv DMD_hdl_123456789/6466
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.bitstream.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNIJUI
instname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
instacron:UNIJUI
reponame_str Repositório Institucional da UNIJUI
collection Repositório Institucional da UNIJUI
instname_str Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
instacron_str UNIJUI
institution UNIJUI
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1653648311886807040