A prática do ensinar e do aprender a fazer pesquisa em componentes curriculares de um curso de licenciatura em quimica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/1998 |
Resumo: | O presente trabalho insere-se nas discussões, no âmbito educacional, quanto à problemática da formação inicial docente, especificamente, da formação inicial de professores de Química. A discussão traz o aprender a fazer pesquisa como uma possibilidade para a superação do modelo de formação docente calcado na racionalidade técnica. Parte-se do pressuposto de que para a melhoria da formação inicial docente é necessário uma (re)construção histórica e cultural das concepções com base nas quais são organizados os currículos e as práticas formativas, criando novos espaços interativos pautados na inovação quanto a modelos de formação que ampliem a visão do ser professor e do ensinar química. Nessa perspectiva, o referencial teórico tem como base, além do apoio teórico da literatura que trata da pesquisa educacional do professor em formação, a perspectiva histórico-cultural, cujo precursor é o psicólogo russo L. S. Vigotski, cujo princípio central consiste na visão de que o desenvolvimento do individuo é resultado de um processo mediado histórica e culturalmente, nas interações sociais, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem no desenvolvimento humano. Conta-se com apoio teórico de autores que defendem o educar pela pesquisa na formação do professor, como Demo, Lüdke, André, Maldaner, Galiazzi, Moraes, Ramos, Schnetzler, entre outros. São analisados espaços curriculares que, ao longo da formação docente inicial, propiciam o aprender a fazer pesquisa. A hipótese de investigação acredita na importância da inserção destes espaços, e vê a participação do licenciando em cada etapa do fazer pesquisa como participante na sua constituição como um professor que se torne pesquisador de sua prática. Para isso foram realizadas análises documentais do Projeto do Curso de Química Licenciatura, das Ementas Curriculares, dos Planos de Ensino dos Componentes Curriculares acompanhados. Foram aplicados questionários e realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio e posteriormente degravadas, com licenciandos que vivenciaram na sua formação inicial processos do aprender a fazer pesquisa. Também foram analisados alguns relatórios finais de pesquisa elaborados pelos mesmos, com o objetivo de qualificar a pesquisa por eles vivenciada. Os relatórios analisados constituem-se no primeiro ensaio de pesquisa, na primeira prática do fazer pesquisa vivenciada pelos licenciandos, em sua formação. Com o objetivo de verificar a prática do aprender a fazer pesquisa em sala de aula foram acompanhadas aulas, com registros em caderno de campo, para posterior análise. Inicialmente discute-se com o referencial teórico as limitações do modelo de formação baseado na racionalidade técnica, que acredita ser o professor um transmissor de verdades prontas, desconsiderando a complexidade da prática escolar, partindo dessa problemática defende-se a inserção de espaços do fazer pesquisa como propiciadores de um outro caminho de formação. Discute-se diferentes concepções de professor pesquisador, bem como, de entendimentos sobre o que é pesquisa e sobre os diferentes níveis de pesquisa, numa visão que supera entendimentos simplistas de tais práticas. Os resultados denotam uma multiplicidade de fatores envolvidos na prática do ensinar e aprender a fazer pesquisa no âmbito da formação inicial, evidenciando a importância da significação da linguagem específica, de instrumentos culturais, como a linguagem (pela fala ou pela escrita) e a leitura, necessários de ser significados no fazer pesquisa. Essa significação ocorre mediante necessárias mediações do professor orientador, que já é um pesquisador. São apontados e discutidos, também, limites e potencialidades da prática no contexto acompanhado. |
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O presente trabalho insere-se nas discussões, no âmbito educacional, quanto à problemática da formação inicial docente, especificamente, da formação inicial de professores de Química. A discussão traz o aprender a fazer pesquisa como uma possibilidade para a superação do modelo de formação docente calcado na racionalidade técnica. Parte-se do pressuposto de que para a melhoria da formação inicial docente é necessário uma (re)construção histórica e cultural das concepções com base nas quais são organizados os currículos e as práticas formativas, criando novos espaços interativos pautados na inovação quanto a modelos de formação que ampliem a visão do ser professor e do ensinar química. Nessa perspectiva, o referencial teórico tem como base, além do apoio teórico da literatura que trata da pesquisa educacional do professor em formação, a perspectiva histórico-cultural, cujo precursor é o psicólogo russo L. S. Vigotski, cujo princípio central consiste na visão de que o desenvolvimento do individuo é resultado de um processo mediado histórica e culturalmente, nas interações sociais, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem no desenvolvimento humano. Conta-se com apoio teórico de autores que defendem o educar pela pesquisa na formação do professor, como Demo, Lüdke, André, Maldaner, Galiazzi, Moraes, Ramos, Schnetzler, entre outros. São analisados espaços curriculares que, ao longo da formação docente inicial, propiciam o aprender a fazer pesquisa. A hipótese de investigação acredita na importância da inserção destes espaços, e vê a participação do licenciando em cada etapa do fazer pesquisa como participante na sua constituição como um professor que se torne pesquisador de sua prática. Para isso foram realizadas análises documentais do Projeto do Curso de Química Licenciatura, das Ementas Curriculares, dos Planos de Ensino dos Componentes Curriculares acompanhados. Foram aplicados questionários e realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio e posteriormente degravadas, com licenciandos que vivenciaram na sua formação inicial processos do aprender a fazer pesquisa. Também foram analisados alguns relatórios finais de pesquisa elaborados pelos mesmos, com o objetivo de qualificar a pesquisa por eles vivenciada. Os relatórios analisados constituem-se no primeiro ensaio de pesquisa, na primeira prática do fazer pesquisa vivenciada pelos licenciandos, em sua formação. Com o objetivo de verificar a prática do aprender a fazer pesquisa em sala de aula foram acompanhadas aulas, com registros em caderno de campo, para posterior análise. Inicialmente discute-se com o referencial teórico as limitações do modelo de formação baseado na racionalidade técnica, que acredita ser o professor um transmissor de verdades prontas, desconsiderando a complexidade da prática escolar, partindo dessa problemática defende-se a inserção de espaços do fazer pesquisa como propiciadores de um outro caminho de formação. Discute-se diferentes concepções de professor pesquisador, bem como, de entendimentos sobre o que é pesquisa e sobre os diferentes níveis de pesquisa, numa visão que supera entendimentos simplistas de tais práticas. Os resultados denotam uma multiplicidade de fatores envolvidos na prática do ensinar e aprender a fazer pesquisa no âmbito da formação inicial, evidenciando a importância da significação da linguagem específica, de instrumentos culturais, como a linguagem (pela fala ou pela escrita) e a leitura, necessários de ser significados no fazer pesquisa. Essa significação ocorre mediante necessárias mediações do professor orientador, que já é um pesquisador. São apontados e discutidos, também, limites e potencialidades da prática no contexto acompanhado. 146 f. |
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O presente trabalho insere-se nas discussões, no âmbito educacional, quanto à problemática da formação inicial docente, especificamente, da formação inicial de professores de Química. A discussão traz o aprender a fazer pesquisa como uma possibilidade para a superação do modelo de formação docente calcado na racionalidade técnica. Parte-se do pressuposto de que para a melhoria da formação inicial docente é necessário uma (re)construção histórica e cultural das concepções com base nas quais são organizados os currículos e as práticas formativas, criando novos espaços interativos pautados na inovação quanto a modelos de formação que ampliem a visão do ser professor e do ensinar química. Nessa perspectiva, o referencial teórico tem como base, além do apoio teórico da literatura que trata da pesquisa educacional do professor em formação, a perspectiva histórico-cultural, cujo precursor é o psicólogo russo L. S. Vigotski, cujo princípio central consiste na visão de que o desenvolvimento do individuo é resultado de um processo mediado histórica e culturalmente, nas interações sociais, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem no desenvolvimento humano. Conta-se com apoio teórico de autores que defendem o educar pela pesquisa na formação do professor, como Demo, Lüdke, André, Maldaner, Galiazzi, Moraes, Ramos, Schnetzler, entre outros. São analisados espaços curriculares que, ao longo da formação docente inicial, propiciam o aprender a fazer pesquisa. A hipótese de investigação acredita na importância da inserção destes espaços, e vê a participação do licenciando em cada etapa do fazer pesquisa como participante na sua constituição como um professor que se torne pesquisador de sua prática. Para isso foram realizadas análises documentais do Projeto do Curso de Química Licenciatura, das Ementas Curriculares, dos Planos de Ensino dos Componentes Curriculares acompanhados. Foram aplicados questionários e realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas em áudio e posteriormente degravadas, com licenciandos que vivenciaram na sua formação inicial processos do aprender a fazer pesquisa. Também foram analisados alguns relatórios finais de pesquisa elaborados pelos mesmos, com o objetivo de qualificar a pesquisa por eles vivenciada. Os relatórios analisados constituem-se no primeiro ensaio de pesquisa, na primeira prática do fazer pesquisa vivenciada pelos licenciandos, em sua formação. Com o objetivo de verificar a prática do aprender a fazer pesquisa em sala de aula foram acompanhadas aulas, com registros em caderno de campo, para posterior análise. Inicialmente discute-se com o referencial teórico as limitações do modelo de formação baseado na racionalidade técnica, que acredita ser o professor um transmissor de verdades prontas, desconsiderando a complexidade da prática escolar, partindo dessa problemática defende-se a inserção de espaços do fazer pesquisa como propiciadores de um outro caminho de formação. Discute-se diferentes concepções de professor pesquisador, bem como, de entendimentos sobre o que é pesquisa e sobre os diferentes níveis de pesquisa, numa visão que supera entendimentos simplistas de tais práticas. Os resultados denotam uma multiplicidade de fatores envolvidos na prática do ensinar e aprender a fazer pesquisa no âmbito da formação inicial, evidenciando a importância da significação da linguagem específica, de instrumentos culturais, como a linguagem (pela fala ou pela escrita) e a leitura, necessários de ser significados no fazer pesquisa. Essa significação ocorre mediante necessárias mediações do professor orientador, que já é um pesquisador. São apontados e discutidos, também, limites e potencialidades da prática no contexto acompanhado. |
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