A violência contra a mulher

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonmann, Emanuele Aline Löwe
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIJUI
Texto Completo: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2116
Resumo: O presente trabalho tem o propósito de discutir sobre a dinâmica psíquica feminina e sua relação com a violência conjugal. Para isso, com base em pesquisa bibliográfica, partimos do pressuposto de que a menina necessita enfrentar um duplo entrave para aceder à posição feminina: ela precisa abdicar de uma zona genital erógena primária, que é o clitóris, e passar para a excitabilidade vaginal, que se apresenta como contingente do pênis, e, posteriormente, o desejo de possuir um pênis é trocado pela vontade de ter um filho. Além disso, é demandado à menina que abandone a mãe como objeto amado e comece a desejar o pai. Como a mãe é objeto de desejo do pai, ela passa a ser o seu referencial identificatório. Contudo, a menina acaba deslocando o desejo que sentia pelo pai para outros homens na vida adulta. Assim, a escolha do objeto de amor, posteriormente na puberdade, está relacionada com a história do sujeito, alicerçada nas identificações do complexo edípico que permite a sua resolução. Outro aspecto a ser discutido, para dar conta do objetivo da pesquisa, é a respeito da diferença de gênero, que tem início no meio familiar, em consequência das atitudes dos pais durante a criação dos filhos, assim sendo, é no cotidiano que a criança começa a internalizar o homem e a mulher do futuro. Entretanto, os atributos e os papéis de gênero valorizam o homem em detrimento da mulher, legitimando a dominação deste sobre esta. A carga cultural desempenhada pela criação, vinculada ao modelo familiar, tem grande influência na questão da violência contra a mulher. O que foi aprendido no meio familiar encontra um novo cenário para se manifestar, no momento que se constitui uma relação amorosa, por meio da compulsão à repetição. Portanto, é possível que a mulher mantenha um relacionamento tumultuado, sofrendo violência, pelos mais diversos motivos, que podem ser de ordem subjetiva, emocional, familiar.
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