Estudo de viabilidade econômica-financeira para a implantação de farmácia na cidade de Santa Rosa/RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leal, Rafael
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIJUI
Texto Completo: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2877
Resumo: O empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, intensificando-se no final da década de 90. Hoje as condições macroeconômicas e a estabilidade econômica do Brasil contribuiu para a crescente participação de microempresas, nos últimos cinco anos em média, mais de 600 mil novos negócios de microempresas foram registradas em âmbito nacional. Para Dornelas (2008, p. 22), “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processo que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso”.Na criação e implantação do negócio, não basta somente à vontade de empreender e de tornar-se independente é necessário planejar. Tornar-se um gestor exige muita dedicação e profissionalismo na administração dos recursos disponíveis visando à manutenção e crescimento da empresa. Nesse cenário, torna-se imprescindível o desenvolvimento de um estudo de viabilidade econômico-financeira, permitindo, assim, ao empreendedor analisar riscos e a aceitação da ideia criada, constituindo-se em um instrumento fundamental antes da implantação de qualquer tipo de negócio. Com essa premissa, o presente estudo tem como finalidade a avaliação da viabilidade econômica-financeira do estudo, respondendo a seguinte questão proposta: Qual a viabilidade econômico-financeira da abertura de uma farmácia em Santa Rosa? Elabora-se então a descrição da empresa, estrutura, a análise de mercado, os produtos a serem comercializados, o planofinanceiro, investimentos, projeções de gastos, receitas e lucros nos primeiros anos, e por fim, uma análise financeira, que com base na utilização de alguns métodos de avaliação, provam a viabilidade ou inviabilidade para a abertura da empresa. O presente trabalho caracteriza-se por um estudo exploratório descritivo com caráter quanti-qualitativo. Quantos aos meios utilizados para a realização da pesquisa foram bibliográfico, documental, entrevista, levantamento de campo e estudo de caso. Para atender os aspectos mercadológicos da pesquisa, realizou-se um levantamento de campo com 295 pessoas da cidade de Santa Rosa – RS, configurando uma amostra probabilística estimando 5% de margem de erro aos dados. Para avaliar os aspectos financeiros e operacionais realizou-sepesquisa bibliográfica, documental e entrevistas a profissionais da área (farmacêuticos), empresários e fornecedores. Depois de levantados todos os dados e tabulados no IBM SSPS 20.0, os mesmos foram interpretados e utilizados para análises de ambiente do mercado, e avaliações de possibilidades, além de servirem com dados para cálculos exatos que fazem a medição, como por exemplo, das taxas de rentabilidade, do ponto de equilíbrio, do valor presente líquido, dentre outros. A partir desses resultados foram obtidos informações sobre três itens básicos os quais constituem a base para toda pesquisa: a Viabilidade, a Aceitabilidade e a Vulnerabilidade. Buscando aprofundar o conhecimento do mercado consumidor foi realizado uma pesquisa de múltipla escolha aplicada por conveniência.Foram aplicados 295 questionários onde, 32,50% entrevistados foram do sexo masculino e que 67,50% foram do sexo feminino.Quanto a faixa etária constatou-se, 35,5% dos entrevistados tinham até 20 anos, os entrevistados de 21 a 30 anos apresentaram um total de 30%, de 31 a 40 anos apresentou um total de 14,30%, de 41 a 50 anos um total de 7% e mais de 50 anos apresentou um total de 13,20%. Quanto a renda familiar, a pesquisa mostrou que 14,7% dos entrevistados tem renda média familiar de até R$999,00, outros 48,10% possuem renda média familiar de R$1000,00 a R$2999,00 demais 23,9% têm renda familiar de R$3000,00 a R$4999,00 e outros 13,3% possuem renda familiar superior a R$5000,00.Constatou-se que 58% dos entrevistados são solteiros, justifica-se esse índice pois boa parte das entrevistas foram realizadas em centros educacionais, outros 40% dos entrevistados eram casados e cerca de 2% são separados ou viúvos. A pesquisa revelou que em torno de 39,8% dos entrevistados possuem ensino médio completo, que outros 34% estão cursando ensino superior, os que possuem ensino superior completo 12,2% e outros 3,1% têm ensino fundamental incompleto, 3,4% possuem ensino fundamental completo, e 7,5% possuem ensino médio incompleto. Com relação ao número de moradores por casa, constatou-se que 23,1% possui 2 pessoas, que 31% possui 3 pessoas e 31,3% possuem 4 pessoas morando na casa, 10,2% possuem 5 ou mais pessoas na casa, e apenas 4,4% moram sozinhas. Se tratando de uma questão de múltipla escolha, o principal motivo que leva ao entrevistado a comprar medicamentos em uma farmácia é o preço com 35,36% das respostas, seguido da necessidade de um bom atendimento com 28,34%, em terceiro lugar a proximidade da farmácia apresentou 14,75%, a presença do farmacêutico e as condições de pagamentos apresentam 7,26% e 7,03% respectivamente, os demais fatores somados representaram 7,26% dos entrevistados. Quanto a preferência à localização da farmácia, 38,87% gostariam de ter uma farmácia perto da sua casa, e 30,06% responderam que tem preferência que seja no centro da cidade, 17,09% preferem que a farmácia fosse no seu itinerário, 7,91% gostariam que fosse perto do seu trabalho ou escola e 5,06% citaram que a preferência seria próximo de clínicas e hospitais. Em relação quanto a preferência do tamanho da farmácia 64,7% não tem preferência ou não souberam responder, já 29,2% tem preferência por uma farmácia de grande porte e 6,1% preferem uma farmácia de pequeno porte. Segundo a pesquisa, o medicamento é o produto mais solicitado em farmácias apresentando 55,19% das respostas, logo os produtos de higiene pessoal aparecem com 17,84% seguido dos produtos de perfumaria com 13,49%. Os medicamentos da farmácia popular foram citados por 10,37% e apenas 3,11% buscam comprar suplementos alimentares. Quanto aos serviços 45,11% da frequência utiliza a balança, 26,09% procura assistência farmacêutica e 14,86% preferem ir até a farmácia para fazer a medição da pressão arterial, outros 6,70% procuram a farmácia para aplicação de injetáveis. Os demais serviços apresentaram uma baixa procura, possivelmente é uma busca por ocasião. Com relação a pergunta referente ao valor a ser pago pelos serviços farmacêuticos, que hoje em grande maioria são gratuitos, grande parte não soube o que responder deixando a questão sem resposta. Já 43,2% responderam que um preço justo seria de R$5,00 a R$10,00, outros 15,7% acham que o preço a ser pago poderia ser de R$1,00 a R$3,00 e 13,7% acham que uma faixa de R$15,00 a R$20,00 seria o preço compatível a ser pago. Referente a frequência em que se compra medicamentos 51,2% responderam que compra mensalmente, 13,6% quinzenalmente, 8,9% semanalmente e 6,5% responderam que compram medicamentos trimestralmente, por fim 19,8% não souberam responder. Quanto ao valor gasto mensal com medicamentos, 24,1% responderam que gastam de R$30,00 a R$50,00 reais, 20,7% responderam que gastam até R$30,00 reais, 11,2% gastam de R$70,00 a R$90,00 reais, enquanto que 7,1% gastam mais de R$110,00 reais. Outros 16,7% não souberam responder o gasto mensal em medicamentos na farmácia. Quando se questionou referente a forma de pagamento preferida, 54,3% responderam que optam por pagar em dinheiro, 20,89% usam cartão de crédito e 8,08% o cartão de débito, já 9,19% utilizam o crediário da farmácia como forma de pagamento e 5,01% utilizam os convênios ofertados pela empresa. Com referência aos tipos de mídia que chamam a atenção, 23,13% dos entrevistados considera que a apresentação interna influencia na escolha, outros 19,5% consideram a indicação de amigos como fator importante, 17,23% preferem os panfletos como forma de mídia, 15,19% preferem a televisão como mídia para conhecer um estabelecimento e 9,52% tem o rádio como mídia preferida. Os demais fatores como, jornais, revistas, outdoors e cartazes somados apresentam 15,43%. Quando questionados sobre doenças existentes na família e que fazem tratamento com medicamentos de uso contínuo, aparecem os problemas cardíacos com 37,14% seguido dos anticoncepcionais 32,86%, registrando o controle do colesterol registrou 8,21% e 6,07% o diabetes. Constatou-se também um grande número de outras doenças que somadas totalizam 15,71% entre elas: gastrite, tireoide, doenças respiratórias, hormonais, antidepressivo, glaucoma, neurológico, reumatismo, conjuntivite, anemia, alergias e enxaquecas. Dentre essas outras doenças o uso de antidepressivos foi a que teve a maior frequência sendo 9 vezes citado. Foi perguntado aos entrevistados se ele vivenciou alguma experiência constrangedora em farmácia e constatou-seque, 75,01% das situações tem relação com o atendimento, sendo que 41,67% dos entrevistados se sentiram desconfortáveis com a demora no atendimento, 22,92% comentaram sobre ser mal atendida, e 10,42% alegaram falta de discrição ao ser atendida quando solicitado produtos de uso pessoal. Também foi questionado se ele foi surpreendido com alguma ação inovadora. A maioria dos entrevistados se surpreendeu como atendimento, sendo 34,29% citaram o bom atendimento, 17,14% o atendimento especial para idosos, 11,43% citaram o atendimento especial com brindes, outros 11,43% citou a variedade de itens e apenas 8,57% citaram os preços como ação inovadora. Os demais fatores analisados também fazem jus ao bom atendimento ou ao preço. Foi questionado com respostas abertas, o que o entrevistado julgava mais importante em uma farmácia, 48,68% da frequência apresentada julgam mais importante o atendimento, seguido pelo preço justo com 18,66% e com 11,76% a limpeza e organização do estabelecimento, por fim 7,30% acreditam que o mais importante é a presença do farmacêutico Avaliando o ambiente externo, os fornecedores seriam definidos conforme a importância logística e preço. Quanto a concorrência, mapeamos as principais organizações citando suas características, forças, fraquezas e algumas peculiaridades. Referente ao gerenciamento e aspecto estrutural da organização, projetou-se uma organização composta por 1 responsável técnico, 4 colaboradores e 1 administrador, em uma estrutura hierárquica simples em linha, onde será terceirizado o serviço contábil e de limpeza. Os investimentos iniciais englobam a reforma do ambiente, compra de móveis e utensílios, mais a instalação da fachada e formação do estoque inicial ficam estimados em R$142.687,07 sendo que, conforme o esperado, o maior valor será destinado ao estoque inicial R$100.000,00. A composição da receita foi elaborada com a colaboração de profissionais e empresários do ramo, dividimos os produtos comercializados em 4 famílias, todas com sua Margem de Contribuição única. O ideal,conforme discutido com gestores da área, seria uma venda de R$1.092.000,00 anuais, mas para atender a um cenário pessimista que atende a questões do estudo,o fluxo de caixa que segundo, Assaf Neto (1997), é de vital importância para a empresa, pois evidencia o rumo financeiro da mesma. Para a sobrevivência no mercado a empresa deve liquidar corretamente suas dividas sem se tornar insuficiente. O primeiro ano do fluxo de caixa projetado foi estimado uma venda bruta de R$819.000,00, esse valor é 25% menor do que o considerado ideal pelos empresários. Os custos e despesas operacionais ficaram estimados em R$190.901,41. A necessidade de financiamento para bancar as estruturas, compra de móveis e utensílios foi projetado através da linha de crédito oferecida pelo BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), o qual se mostrou mais atrativas em comparar as taxas oferecidas pelos demais bancos. A Rentabilidade do primeiro ano do projeto não se mostra atrativa, pois ela fica bem abaixo da rentabilidade dos produtos oferecidos atualmente pelos bancos, no segundo ano projetamos um crescimento de 10% nas vendas e um reajuste dos insumos de 8%, neste cenário a rentabilidade subiu para 8,07%. No terceiro ano projetamos mais 10% de aumento nas vendas e iguais 8% nos insumos, nesse novo cenário a rentabilidade foi de 12,93%. No quarto ano temos um novo aumento de 10% nas vendas e 8% nos insumos e apresentou um índice de Rentabilidade de 16,88% e no quinto ano com o mesmo índices de crescimento a Rentabilidade apresentou 18,60%. O projeto se mostrou ser um bom investimento comparando a Rentabilidade do projeto com o de produtos oferecidos em bancos. Atualmenteas aplicações financeiras como a poupança ou CDB rendem próximo de 6% ao ano. Fazendo portanto, um balanço geral de Riscos x Retorno, o investimento na empresa aparenta ser um bom negócio em comparação às outras aplicações bancárias. Os índices obtidos pela Lucratividade apresentaram uma média de 2,92% a.a. valores esse considerado baixo para o empreendimento, na visão de investidores não seria a primeira opção de investimento, uma vez que outros investimentos de renda fixa geram mais lucratividade e segurança. Analisando a Vulnerabilidade, como positivo, é possível destacar que o mercado de farmácias e drogarias está em crescimento, o qual registrou em 2013 um crescimento de 13,84% segundo a ABRAFARMA. Atualmente as drogarias comercializam diversos produtos liberados pela ANVISA, não limitando-se somente a venda de medicamentos o que resultou no aumento da diversidade de produtos. O Conselho Federal de Farmácia trabalha também para que os serviços farmacêuticos sejam valorizados gerando renda extra para a organização, e que as farmácias e drogarias sejam vistas como estabelecimentos de saúde, gerando assim uma maior confiança perante a população. Já os fatores negativos, cabe destacar a alta concorrência identificada na cidade proposta no projeto. As exigências, normas e regulamentações para se estabelecer uma farmácia ou drogaria, onde pode ser um complicador para a organização pois se não forem cumpridas a agência reguladora pode aplicar multas ou até solicitar o fechamento da organização. Outro fator que afeta diretamente a organização é encontrar mão-de-obra especializada para o horário a partir das 18:00hs, também nos horários do final de semana. Outro fato que afeta a organização é a sazonalidade. Nossa região é afetada pelas quatro estações do ano, ocasionando assim a procura de mercadorias conforme a estação. Muitas vezes esse fato vem a ser um agravante pois se os produtos destinados ao inverno ou verão não forem vendidos. Os produtos ficarão parados no estoque sofrendo a penalidade de vencimento. Também a sazonalidade pode ser vista como um implemento nas vendas, pois se houver abastecimento antecipado de determinado produto tem então uma vantagem comercial perante aos concorrentes. Para Buarque (1984, p.182), “tanto no cálculo da rentabilidade como na determinação do ponto de equilíbrio, utilizam-se os dados como certos e constantes. Isso dificilmente ocorre, já que todos os dados utilizados num projeto são apenas valores aproximados de uma realidade que muda.” A análise de viabilidade mostra que o projeto não é uma boa opção de investimento pois, tanto o cálculo da VLP como da TIR registraram perdas em comparação com investimentos bancários tais como a Poupança que rende em torno de 6% a.a. e a outros investimentos e principalmente em comparação a TMA desejada pelos investidores. Ao término do estudo, os índices financeiros avaliados indicam que o projeto não é viável, o VPL apresentou valore de R$22.000,00 negativos anuais e com uma TIR de negativos 12,11% onde a Taxa Mínima de Atratividade foi de 15%. Porém, se for possível acompanhar o crescimento do setor e atingir o Ponto de Equilíbrio calculado o projeto pode apresentar melhores indicadores financeiros e assim se tornar um projeto atraente para os investidores que queiram considerar os riscos que o projeto possa trazer. É possível afirmar que os objetivos propostos foram alcançados de forma satisfatória, apresentando respostas aos objetivos específicos complementando com dados que não foram mencionados anteriormente nos objetivos. Pode-se afirmar então, que a pesquisa foi de grande valia para os investidores e principalmente para o acadêmico. Como sugestão para estudos futuros, sugere-se analisar o impacto econômico de integrar a organização em uma rede de farmácias, fazer um estudo de viabilidade para implantação em cidades vizinhas e analisar o impacto de converter a farmácia tradicional em uma unidade de saúde proposta pelo Governo Federal conforme a Lei 13.021/14.
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Tornar-se um gestor exige muita dedicação e profissionalismo na administração dos recursos disponíveis visando à manutenção e crescimento da empresa. Nesse cenário, torna-se imprescindível o desenvolvimento de um estudo de viabilidade econômico-financeira, permitindo, assim, ao empreendedor analisar riscos e a aceitação da ideia criada, constituindo-se em um instrumento fundamental antes da implantação de qualquer tipo de negócio. Com essa premissa, o presente estudo tem como finalidade a avaliação da viabilidade econômica-financeira do estudo, respondendo a seguinte questão proposta: Qual a viabilidade econômico-financeira da abertura de uma farmácia em Santa Rosa? Elabora-se então a descrição da empresa, estrutura, a análise de mercado, os produtos a serem comercializados, o planofinanceiro, investimentos, projeções de gastos, receitas e lucros nos primeiros anos, e por fim, uma análise financeira, que com base na utilização de alguns métodos de avaliação, provam a viabilidade ou inviabilidade para a abertura da empresa. O presente trabalho caracteriza-se por um estudo exploratório descritivo com caráter quanti-qualitativo. Quantos aos meios utilizados para a realização da pesquisa foram bibliográfico, documental, entrevista, levantamento de campo e estudo de caso. Para atender os aspectos mercadológicos da pesquisa, realizou-se um levantamento de campo com 295 pessoas da cidade de Santa Rosa – RS, configurando uma amostra probabilística estimando 5% de margem de erro aos dados. Para avaliar os aspectos financeiros e operacionais realizou-sepesquisa bibliográfica, documental e entrevistas a profissionais da área (farmacêuticos), empresários e fornecedores. Depois de levantados todos os dados e tabulados no IBM SSPS 20.0, os mesmos foram interpretados e utilizados para análises de ambiente do mercado, e avaliações de possibilidades, além de servirem com dados para cálculos exatos que fazem a medição, como por exemplo, das taxas de rentabilidade, do ponto de equilíbrio, do valor presente líquido, dentre outros. A partir desses resultados foram obtidos informações sobre três itens básicos os quais constituem a base para toda pesquisa: a Viabilidade, a Aceitabilidade e a Vulnerabilidade. Buscando aprofundar o conhecimento do mercado consumidor foi realizado uma pesquisa de múltipla escolha aplicada por conveniência.Foram aplicados 295 questionários onde, 32,50% entrevistados foram do sexo masculino e que 67,50% foram do sexo feminino.Quanto a faixa etária constatou-se, 35,5% dos entrevistados tinham até 20 anos, os entrevistados de 21 a 30 anos apresentaram um total de 30%, de 31 a 40 anos apresentou um total de 14,30%, de 41 a 50 anos um total de 7% e mais de 50 anos apresentou um total de 13,20%. Quanto a renda familiar, a pesquisa mostrou que 14,7% dos entrevistados tem renda média familiar de até R$999,00, outros 48,10% possuem renda média familiar de R$1000,00 a R$2999,00 demais 23,9% têm renda familiar de R$3000,00 a R$4999,00 e outros 13,3% possuem renda familiar superior a R$5000,00.Constatou-se que 58% dos entrevistados são solteiros, justifica-se esse índice pois boa parte das entrevistas foram realizadas em centros educacionais, outros 40% dos entrevistados eram casados e cerca de 2% são separados ou viúvos. A pesquisa revelou que em torno de 39,8% dos entrevistados possuem ensino médio completo, que outros 34% estão cursando ensino superior, os que possuem ensino superior completo 12,2% e outros 3,1% têm ensino fundamental incompleto, 3,4% possuem ensino fundamental completo, e 7,5% possuem ensino médio incompleto. Com relação ao número de moradores por casa, constatou-se que 23,1% possui 2 pessoas, que 31% possui 3 pessoas e 31,3% possuem 4 pessoas morando na casa, 10,2% possuem 5 ou mais pessoas na casa, e apenas 4,4% moram sozinhas. Se tratando de uma questão de múltipla escolha, o principal motivo que leva ao entrevistado a comprar medicamentos em uma farmácia é o preço com 35,36% das respostas, seguido da necessidade de um bom atendimento com 28,34%, em terceiro lugar a proximidade da farmácia apresentou 14,75%, a presença do farmacêutico e as condições de pagamentos apresentam 7,26% e 7,03% respectivamente, os demais fatores somados representaram 7,26% dos entrevistados. Quanto a preferência à localização da farmácia, 38,87% gostariam de ter uma farmácia perto da sua casa, e 30,06% responderam que tem preferência que seja no centro da cidade, 17,09% preferem que a farmácia fosse no seu itinerário, 7,91% gostariam que fosse perto do seu trabalho ou escola e 5,06% citaram que a preferência seria próximo de clínicas e hospitais. Em relação quanto a preferência do tamanho da farmácia 64,7% não tem preferência ou não souberam responder, já 29,2% tem preferência por uma farmácia de grande porte e 6,1% preferem uma farmácia de pequeno porte. Segundo a pesquisa, o medicamento é o produto mais solicitado em farmácias apresentando 55,19% das respostas, logo os produtos de higiene pessoal aparecem com 17,84% seguido dos produtos de perfumaria com 13,49%. Os medicamentos da farmácia popular foram citados por 10,37% e apenas 3,11% buscam comprar suplementos alimentares. Quanto aos serviços 45,11% da frequência utiliza a balança, 26,09% procura assistência farmacêutica e 14,86% preferem ir até a farmácia para fazer a medição da pressão arterial, outros 6,70% procuram a farmácia para aplicação de injetáveis. Os demais serviços apresentaram uma baixa procura, possivelmente é uma busca por ocasião. Com relação a pergunta referente ao valor a ser pago pelos serviços farmacêuticos, que hoje em grande maioria são gratuitos, grande parte não soube o que responder deixando a questão sem resposta. Já 43,2% responderam que um preço justo seria de R$5,00 a R$10,00, outros 15,7% acham que o preço a ser pago poderia ser de R$1,00 a R$3,00 e 13,7% acham que uma faixa de R$15,00 a R$20,00 seria o preço compatível a ser pago. Referente a frequência em que se compra medicamentos 51,2% responderam que compra mensalmente, 13,6% quinzenalmente, 8,9% semanalmente e 6,5% responderam que compram medicamentos trimestralmente, por fim 19,8% não souberam responder. Quanto ao valor gasto mensal com medicamentos, 24,1% responderam que gastam de R$30,00 a R$50,00 reais, 20,7% responderam que gastam até R$30,00 reais, 11,2% gastam de R$70,00 a R$90,00 reais, enquanto que 7,1% gastam mais de R$110,00 reais. Outros 16,7% não souberam responder o gasto mensal em medicamentos na farmácia. Quando se questionou referente a forma de pagamento preferida, 54,3% responderam que optam por pagar em dinheiro, 20,89% usam cartão de crédito e 8,08% o cartão de débito, já 9,19% utilizam o crediário da farmácia como forma de pagamento e 5,01% utilizam os convênios ofertados pela empresa. Com referência aos tipos de mídia que chamam a atenção, 23,13% dos entrevistados considera que a apresentação interna influencia na escolha, outros 19,5% consideram a indicação de amigos como fator importante, 17,23% preferem os panfletos como forma de mídia, 15,19% preferem a televisão como mídia para conhecer um estabelecimento e 9,52% tem o rádio como mídia preferida. Os demais fatores como, jornais, revistas, outdoors e cartazes somados apresentam 15,43%. Quando questionados sobre doenças existentes na família e que fazem tratamento com medicamentos de uso contínuo, aparecem os problemas cardíacos com 37,14% seguido dos anticoncepcionais 32,86%, registrando o controle do colesterol registrou 8,21% e 6,07% o diabetes. Constatou-se também um grande número de outras doenças que somadas totalizam 15,71% entre elas: gastrite, tireoide, doenças respiratórias, hormonais, antidepressivo, glaucoma, neurológico, reumatismo, conjuntivite, anemia, alergias e enxaquecas. Dentre essas outras doenças o uso de antidepressivos foi a que teve a maior frequência sendo 9 vezes citado. Foi perguntado aos entrevistados se ele vivenciou alguma experiência constrangedora em farmácia e constatou-seque, 75,01% das situações tem relação com o atendimento, sendo que 41,67% dos entrevistados se sentiram desconfortáveis com a demora no atendimento, 22,92% comentaram sobre ser mal atendida, e 10,42% alegaram falta de discrição ao ser atendida quando solicitado produtos de uso pessoal. Também foi questionado se ele foi surpreendido com alguma ação inovadora. A maioria dos entrevistados se surpreendeu como atendimento, sendo 34,29% citaram o bom atendimento, 17,14% o atendimento especial para idosos, 11,43% citaram o atendimento especial com brindes, outros 11,43% citou a variedade de itens e apenas 8,57% citaram os preços como ação inovadora. Os demais fatores analisados também fazem jus ao bom atendimento ou ao preço. Foi questionado com respostas abertas, o que o entrevistado julgava mais importante em uma farmácia, 48,68% da frequência apresentada julgam mais importante o atendimento, seguido pelo preço justo com 18,66% e com 11,76% a limpeza e organização do estabelecimento, por fim 7,30% acreditam que o mais importante é a presença do farmacêutico Avaliando o ambiente externo, os fornecedores seriam definidos conforme a importância logística e preço. Quanto a concorrência, mapeamos as principais organizações citando suas características, forças, fraquezas e algumas peculiaridades. Referente ao gerenciamento e aspecto estrutural da organização, projetou-se uma organização composta por 1 responsável técnico, 4 colaboradores e 1 administrador, em uma estrutura hierárquica simples em linha, onde será terceirizado o serviço contábil e de limpeza. Os investimentos iniciais englobam a reforma do ambiente, compra de móveis e utensílios, mais a instalação da fachada e formação do estoque inicial ficam estimados em R$142.687,07 sendo que, conforme o esperado, o maior valor será destinado ao estoque inicial R$100.000,00. A composição da receita foi elaborada com a colaboração de profissionais e empresários do ramo, dividimos os produtos comercializados em 4 famílias, todas com sua Margem de Contribuição única. O ideal,conforme discutido com gestores da área, seria uma venda de R$1.092.000,00 anuais, mas para atender a um cenário pessimista que atende a questões do estudo,o fluxo de caixa que segundo, Assaf Neto (1997), é de vital importância para a empresa, pois evidencia o rumo financeiro da mesma. Para a sobrevivência no mercado a empresa deve liquidar corretamente suas dividas sem se tornar insuficiente. O primeiro ano do fluxo de caixa projetado foi estimado uma venda bruta de R$819.000,00, esse valor é 25% menor do que o considerado ideal pelos empresários. Os custos e despesas operacionais ficaram estimados em R$190.901,41. A necessidade de financiamento para bancar as estruturas, compra de móveis e utensílios foi projetado através da linha de crédito oferecida pelo BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), o qual se mostrou mais atrativas em comparar as taxas oferecidas pelos demais bancos. A Rentabilidade do primeiro ano do projeto não se mostra atrativa, pois ela fica bem abaixo da rentabilidade dos produtos oferecidos atualmente pelos bancos, no segundo ano projetamos um crescimento de 10% nas vendas e um reajuste dos insumos de 8%, neste cenário a rentabilidade subiu para 8,07%. No terceiro ano projetamos mais 10% de aumento nas vendas e iguais 8% nos insumos, nesse novo cenário a rentabilidade foi de 12,93%. No quarto ano temos um novo aumento de 10% nas vendas e 8% nos insumos e apresentou um índice de Rentabilidade de 16,88% e no quinto ano com o mesmo índices de crescimento a Rentabilidade apresentou 18,60%. O projeto se mostrou ser um bom investimento comparando a Rentabilidade do projeto com o de produtos oferecidos em bancos. Atualmenteas aplicações financeiras como a poupança ou CDB rendem próximo de 6% ao ano. Fazendo portanto, um balanço geral de Riscos x Retorno, o investimento na empresa aparenta ser um bom negócio em comparação às outras aplicações bancárias. Os índices obtidos pela Lucratividade apresentaram uma média de 2,92% a.a. valores esse considerado baixo para o empreendimento, na visão de investidores não seria a primeira opção de investimento, uma vez que outros investimentos de renda fixa geram mais lucratividade e segurança. Analisando a Vulnerabilidade, como positivo, é possível destacar que o mercado de farmácias e drogarias está em crescimento, o qual registrou em 2013 um crescimento de 13,84% segundo a ABRAFARMA. Atualmente as drogarias comercializam diversos produtos liberados pela ANVISA, não limitando-se somente a venda de medicamentos o que resultou no aumento da diversidade de produtos. O Conselho Federal de Farmácia trabalha também para que os serviços farmacêuticos sejam valorizados gerando renda extra para a organização, e que as farmácias e drogarias sejam vistas como estabelecimentos de saúde, gerando assim uma maior confiança perante a população. Já os fatores negativos, cabe destacar a alta concorrência identificada na cidade proposta no projeto. As exigências, normas e regulamentações para se estabelecer uma farmácia ou drogaria, onde pode ser um complicador para a organização pois se não forem cumpridas a agência reguladora pode aplicar multas ou até solicitar o fechamento da organização. Outro fator que afeta diretamente a organização é encontrar mão-de-obra especializada para o horário a partir das 18:00hs, também nos horários do final de semana. Outro fato que afeta a organização é a sazonalidade. Nossa região é afetada pelas quatro estações do ano, ocasionando assim a procura de mercadorias conforme a estação. Muitas vezes esse fato vem a ser um agravante pois se os produtos destinados ao inverno ou verão não forem vendidos. Os produtos ficarão parados no estoque sofrendo a penalidade de vencimento. Também a sazonalidade pode ser vista como um implemento nas vendas, pois se houver abastecimento antecipado de determinado produto tem então uma vantagem comercial perante aos concorrentes. Para Buarque (1984, p.182), “tanto no cálculo da rentabilidade como na determinação do ponto de equilíbrio, utilizam-se os dados como certos e constantes. Isso dificilmente ocorre, já que todos os dados utilizados num projeto são apenas valores aproximados de uma realidade que muda.” A análise de viabilidade mostra que o projeto não é uma boa opção de investimento pois, tanto o cálculo da VLP como da TIR registraram perdas em comparação com investimentos bancários tais como a Poupança que rende em torno de 6% a.a. e a outros investimentos e principalmente em comparação a TMA desejada pelos investidores. Ao término do estudo, os índices financeiros avaliados indicam que o projeto não é viável, o VPL apresentou valore de R$22.000,00 negativos anuais e com uma TIR de negativos 12,11% onde a Taxa Mínima de Atratividade foi de 15%. Porém, se for possível acompanhar o crescimento do setor e atingir o Ponto de Equilíbrio calculado o projeto pode apresentar melhores indicadores financeiros e assim se tornar um projeto atraente para os investidores que queiram considerar os riscos que o projeto possa trazer. É possível afirmar que os objetivos propostos foram alcançados de forma satisfatória, apresentando respostas aos objetivos específicos complementando com dados que não foram mencionados anteriormente nos objetivos. Pode-se afirmar então, que a pesquisa foi de grande valia para os investidores e principalmente para o acadêmico. Como sugestão para estudos futuros, sugere-se analisar o impacto econômico de integrar a organização em uma rede de farmácias, fazer um estudo de viabilidade para implantação em cidades vizinhas e analisar o impacto de converter a farmácia tradicional em uma unidade de saúde proposta pelo Governo Federal conforme a Lei 13.021/14.99 f.Ciências Sociais AplicadasAdministraçãoEmpreendedorismoFarmáciaViabilidadeVulnerabilidadehttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2877DMD_hdl_123456789/2877Leal, Rafaelporreponame:Repositório Institucional da UNIJUIinstname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sulinstacron:UNIJUIinfo:eu-repo/semantics/openAccessTCC%20Rafael%20Formatado%20PRONTO.pdfhttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/2877/1/TCC%20Rafael%20Formatado%20PRONTO.pdfapplication/pdf1438488http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/2877/1/TCC%20Rafael%20Formatado%20PRONTO.pdfcb78f8ad038e8b5928e15d71cbfe37adMD5123456789_2877_12019-01-21T12:44:40Zmail@mail.com -
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dc.description.abstract.none.fl_txt_mv O empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, intensificando-se no final da década de 90. Hoje as condições macroeconômicas e a estabilidade econômica do Brasil contribuiu para a crescente participação de microempresas, nos últimos cinco anos em média, mais de 600 mil novos negócios de microempresas foram registradas em âmbito nacional. Para Dornelas (2008, p. 22), “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processo que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso”.Na criação e implantação do negócio, não basta somente à vontade de empreender e de tornar-se independente é necessário planejar. Tornar-se um gestor exige muita dedicação e profissionalismo na administração dos recursos disponíveis visando à manutenção e crescimento da empresa. Nesse cenário, torna-se imprescindível o desenvolvimento de um estudo de viabilidade econômico-financeira, permitindo, assim, ao empreendedor analisar riscos e a aceitação da ideia criada, constituindo-se em um instrumento fundamental antes da implantação de qualquer tipo de negócio. Com essa premissa, o presente estudo tem como finalidade a avaliação da viabilidade econômica-financeira do estudo, respondendo a seguinte questão proposta: Qual a viabilidade econômico-financeira da abertura de uma farmácia em Santa Rosa? Elabora-se então a descrição da empresa, estrutura, a análise de mercado, os produtos a serem comercializados, o planofinanceiro, investimentos, projeções de gastos, receitas e lucros nos primeiros anos, e por fim, uma análise financeira, que com base na utilização de alguns métodos de avaliação, provam a viabilidade ou inviabilidade para a abertura da empresa. O presente trabalho caracteriza-se por um estudo exploratório descritivo com caráter quanti-qualitativo. Quantos aos meios utilizados para a realização da pesquisa foram bibliográfico, documental, entrevista, levantamento de campo e estudo de caso. Para atender os aspectos mercadológicos da pesquisa, realizou-se um levantamento de campo com 295 pessoas da cidade de Santa Rosa – RS, configurando uma amostra probabilística estimando 5% de margem de erro aos dados. Para avaliar os aspectos financeiros e operacionais realizou-sepesquisa bibliográfica, documental e entrevistas a profissionais da área (farmacêuticos), empresários e fornecedores. Depois de levantados todos os dados e tabulados no IBM SSPS 20.0, os mesmos foram interpretados e utilizados para análises de ambiente do mercado, e avaliações de possibilidades, além de servirem com dados para cálculos exatos que fazem a medição, como por exemplo, das taxas de rentabilidade, do ponto de equilíbrio, do valor presente líquido, dentre outros. A partir desses resultados foram obtidos informações sobre três itens básicos os quais constituem a base para toda pesquisa: a Viabilidade, a Aceitabilidade e a Vulnerabilidade. Buscando aprofundar o conhecimento do mercado consumidor foi realizado uma pesquisa de múltipla escolha aplicada por conveniência.Foram aplicados 295 questionários onde, 32,50% entrevistados foram do sexo masculino e que 67,50% foram do sexo feminino.Quanto a faixa etária constatou-se, 35,5% dos entrevistados tinham até 20 anos, os entrevistados de 21 a 30 anos apresentaram um total de 30%, de 31 a 40 anos apresentou um total de 14,30%, de 41 a 50 anos um total de 7% e mais de 50 anos apresentou um total de 13,20%. Quanto a renda familiar, a pesquisa mostrou que 14,7% dos entrevistados tem renda média familiar de até R$999,00, outros 48,10% possuem renda média familiar de R$1000,00 a R$2999,00 demais 23,9% têm renda familiar de R$3000,00 a R$4999,00 e outros 13,3% possuem renda familiar superior a R$5000,00.Constatou-se que 58% dos entrevistados são solteiros, justifica-se esse índice pois boa parte das entrevistas foram realizadas em centros educacionais, outros 40% dos entrevistados eram casados e cerca de 2% são separados ou viúvos. A pesquisa revelou que em torno de 39,8% dos entrevistados possuem ensino médio completo, que outros 34% estão cursando ensino superior, os que possuem ensino superior completo 12,2% e outros 3,1% têm ensino fundamental incompleto, 3,4% possuem ensino fundamental completo, e 7,5% possuem ensino médio incompleto. Com relação ao número de moradores por casa, constatou-se que 23,1% possui 2 pessoas, que 31% possui 3 pessoas e 31,3% possuem 4 pessoas morando na casa, 10,2% possuem 5 ou mais pessoas na casa, e apenas 4,4% moram sozinhas. Se tratando de uma questão de múltipla escolha, o principal motivo que leva ao entrevistado a comprar medicamentos em uma farmácia é o preço com 35,36% das respostas, seguido da necessidade de um bom atendimento com 28,34%, em terceiro lugar a proximidade da farmácia apresentou 14,75%, a presença do farmacêutico e as condições de pagamentos apresentam 7,26% e 7,03% respectivamente, os demais fatores somados representaram 7,26% dos entrevistados. Quanto a preferência à localização da farmácia, 38,87% gostariam de ter uma farmácia perto da sua casa, e 30,06% responderam que tem preferência que seja no centro da cidade, 17,09% preferem que a farmácia fosse no seu itinerário, 7,91% gostariam que fosse perto do seu trabalho ou escola e 5,06% citaram que a preferência seria próximo de clínicas e hospitais. Em relação quanto a preferência do tamanho da farmácia 64,7% não tem preferência ou não souberam responder, já 29,2% tem preferência por uma farmácia de grande porte e 6,1% preferem uma farmácia de pequeno porte. Segundo a pesquisa, o medicamento é o produto mais solicitado em farmácias apresentando 55,19% das respostas, logo os produtos de higiene pessoal aparecem com 17,84% seguido dos produtos de perfumaria com 13,49%. Os medicamentos da farmácia popular foram citados por 10,37% e apenas 3,11% buscam comprar suplementos alimentares. Quanto aos serviços 45,11% da frequência utiliza a balança, 26,09% procura assistência farmacêutica e 14,86% preferem ir até a farmácia para fazer a medição da pressão arterial, outros 6,70% procuram a farmácia para aplicação de injetáveis. Os demais serviços apresentaram uma baixa procura, possivelmente é uma busca por ocasião. Com relação a pergunta referente ao valor a ser pago pelos serviços farmacêuticos, que hoje em grande maioria são gratuitos, grande parte não soube o que responder deixando a questão sem resposta. Já 43,2% responderam que um preço justo seria de R$5,00 a R$10,00, outros 15,7% acham que o preço a ser pago poderia ser de R$1,00 a R$3,00 e 13,7% acham que uma faixa de R$15,00 a R$20,00 seria o preço compatível a ser pago. Referente a frequência em que se compra medicamentos 51,2% responderam que compra mensalmente, 13,6% quinzenalmente, 8,9% semanalmente e 6,5% responderam que compram medicamentos trimestralmente, por fim 19,8% não souberam responder. Quanto ao valor gasto mensal com medicamentos, 24,1% responderam que gastam de R$30,00 a R$50,00 reais, 20,7% responderam que gastam até R$30,00 reais, 11,2% gastam de R$70,00 a R$90,00 reais, enquanto que 7,1% gastam mais de R$110,00 reais. Outros 16,7% não souberam responder o gasto mensal em medicamentos na farmácia. Quando se questionou referente a forma de pagamento preferida, 54,3% responderam que optam por pagar em dinheiro, 20,89% usam cartão de crédito e 8,08% o cartão de débito, já 9,19% utilizam o crediário da farmácia como forma de pagamento e 5,01% utilizam os convênios ofertados pela empresa. Com referência aos tipos de mídia que chamam a atenção, 23,13% dos entrevistados considera que a apresentação interna influencia na escolha, outros 19,5% consideram a indicação de amigos como fator importante, 17,23% preferem os panfletos como forma de mídia, 15,19% preferem a televisão como mídia para conhecer um estabelecimento e 9,52% tem o rádio como mídia preferida. Os demais fatores como, jornais, revistas, outdoors e cartazes somados apresentam 15,43%. Quando questionados sobre doenças existentes na família e que fazem tratamento com medicamentos de uso contínuo, aparecem os problemas cardíacos com 37,14% seguido dos anticoncepcionais 32,86%, registrando o controle do colesterol registrou 8,21% e 6,07% o diabetes. Constatou-se também um grande número de outras doenças que somadas totalizam 15,71% entre elas: gastrite, tireoide, doenças respiratórias, hormonais, antidepressivo, glaucoma, neurológico, reumatismo, conjuntivite, anemia, alergias e enxaquecas. Dentre essas outras doenças o uso de antidepressivos foi a que teve a maior frequência sendo 9 vezes citado. Foi perguntado aos entrevistados se ele vivenciou alguma experiência constrangedora em farmácia e constatou-seque, 75,01% das situações tem relação com o atendimento, sendo que 41,67% dos entrevistados se sentiram desconfortáveis com a demora no atendimento, 22,92% comentaram sobre ser mal atendida, e 10,42% alegaram falta de discrição ao ser atendida quando solicitado produtos de uso pessoal. Também foi questionado se ele foi surpreendido com alguma ação inovadora. A maioria dos entrevistados se surpreendeu como atendimento, sendo 34,29% citaram o bom atendimento, 17,14% o atendimento especial para idosos, 11,43% citaram o atendimento especial com brindes, outros 11,43% citou a variedade de itens e apenas 8,57% citaram os preços como ação inovadora. Os demais fatores analisados também fazem jus ao bom atendimento ou ao preço. Foi questionado com respostas abertas, o que o entrevistado julgava mais importante em uma farmácia, 48,68% da frequência apresentada julgam mais importante o atendimento, seguido pelo preço justo com 18,66% e com 11,76% a limpeza e organização do estabelecimento, por fim 7,30% acreditam que o mais importante é a presença do farmacêutico Avaliando o ambiente externo, os fornecedores seriam definidos conforme a importância logística e preço. Quanto a concorrência, mapeamos as principais organizações citando suas características, forças, fraquezas e algumas peculiaridades. Referente ao gerenciamento e aspecto estrutural da organização, projetou-se uma organização composta por 1 responsável técnico, 4 colaboradores e 1 administrador, em uma estrutura hierárquica simples em linha, onde será terceirizado o serviço contábil e de limpeza. Os investimentos iniciais englobam a reforma do ambiente, compra de móveis e utensílios, mais a instalação da fachada e formação do estoque inicial ficam estimados em R$142.687,07 sendo que, conforme o esperado, o maior valor será destinado ao estoque inicial R$100.000,00. A composição da receita foi elaborada com a colaboração de profissionais e empresários do ramo, dividimos os produtos comercializados em 4 famílias, todas com sua Margem de Contribuição única. O ideal,conforme discutido com gestores da área, seria uma venda de R$1.092.000,00 anuais, mas para atender a um cenário pessimista que atende a questões do estudo,o fluxo de caixa que segundo, Assaf Neto (1997), é de vital importância para a empresa, pois evidencia o rumo financeiro da mesma. Para a sobrevivência no mercado a empresa deve liquidar corretamente suas dividas sem se tornar insuficiente. O primeiro ano do fluxo de caixa projetado foi estimado uma venda bruta de R$819.000,00, esse valor é 25% menor do que o considerado ideal pelos empresários. Os custos e despesas operacionais ficaram estimados em R$190.901,41. A necessidade de financiamento para bancar as estruturas, compra de móveis e utensílios foi projetado através da linha de crédito oferecida pelo BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), o qual se mostrou mais atrativas em comparar as taxas oferecidas pelos demais bancos. A Rentabilidade do primeiro ano do projeto não se mostra atrativa, pois ela fica bem abaixo da rentabilidade dos produtos oferecidos atualmente pelos bancos, no segundo ano projetamos um crescimento de 10% nas vendas e um reajuste dos insumos de 8%, neste cenário a rentabilidade subiu para 8,07%. No terceiro ano projetamos mais 10% de aumento nas vendas e iguais 8% nos insumos, nesse novo cenário a rentabilidade foi de 12,93%. No quarto ano temos um novo aumento de 10% nas vendas e 8% nos insumos e apresentou um índice de Rentabilidade de 16,88% e no quinto ano com o mesmo índices de crescimento a Rentabilidade apresentou 18,60%. O projeto se mostrou ser um bom investimento comparando a Rentabilidade do projeto com o de produtos oferecidos em bancos. Atualmenteas aplicações financeiras como a poupança ou CDB rendem próximo de 6% ao ano. Fazendo portanto, um balanço geral de Riscos x Retorno, o investimento na empresa aparenta ser um bom negócio em comparação às outras aplicações bancárias. Os índices obtidos pela Lucratividade apresentaram uma média de 2,92% a.a. valores esse considerado baixo para o empreendimento, na visão de investidores não seria a primeira opção de investimento, uma vez que outros investimentos de renda fixa geram mais lucratividade e segurança. Analisando a Vulnerabilidade, como positivo, é possível destacar que o mercado de farmácias e drogarias está em crescimento, o qual registrou em 2013 um crescimento de 13,84% segundo a ABRAFARMA. Atualmente as drogarias comercializam diversos produtos liberados pela ANVISA, não limitando-se somente a venda de medicamentos o que resultou no aumento da diversidade de produtos. O Conselho Federal de Farmácia trabalha também para que os serviços farmacêuticos sejam valorizados gerando renda extra para a organização, e que as farmácias e drogarias sejam vistas como estabelecimentos de saúde, gerando assim uma maior confiança perante a população. Já os fatores negativos, cabe destacar a alta concorrência identificada na cidade proposta no projeto. As exigências, normas e regulamentações para se estabelecer uma farmácia ou drogaria, onde pode ser um complicador para a organização pois se não forem cumpridas a agência reguladora pode aplicar multas ou até solicitar o fechamento da organização. Outro fator que afeta diretamente a organização é encontrar mão-de-obra especializada para o horário a partir das 18:00hs, também nos horários do final de semana. Outro fato que afeta a organização é a sazonalidade. Nossa região é afetada pelas quatro estações do ano, ocasionando assim a procura de mercadorias conforme a estação. Muitas vezes esse fato vem a ser um agravante pois se os produtos destinados ao inverno ou verão não forem vendidos. Os produtos ficarão parados no estoque sofrendo a penalidade de vencimento. Também a sazonalidade pode ser vista como um implemento nas vendas, pois se houver abastecimento antecipado de determinado produto tem então uma vantagem comercial perante aos concorrentes. Para Buarque (1984, p.182), “tanto no cálculo da rentabilidade como na determinação do ponto de equilíbrio, utilizam-se os dados como certos e constantes. Isso dificilmente ocorre, já que todos os dados utilizados num projeto são apenas valores aproximados de uma realidade que muda.” A análise de viabilidade mostra que o projeto não é uma boa opção de investimento pois, tanto o cálculo da VLP como da TIR registraram perdas em comparação com investimentos bancários tais como a Poupança que rende em torno de 6% a.a. e a outros investimentos e principalmente em comparação a TMA desejada pelos investidores. Ao término do estudo, os índices financeiros avaliados indicam que o projeto não é viável, o VPL apresentou valore de R$22.000,00 negativos anuais e com uma TIR de negativos 12,11% onde a Taxa Mínima de Atratividade foi de 15%. Porém, se for possível acompanhar o crescimento do setor e atingir o Ponto de Equilíbrio calculado o projeto pode apresentar melhores indicadores financeiros e assim se tornar um projeto atraente para os investidores que queiram considerar os riscos que o projeto possa trazer. É possível afirmar que os objetivos propostos foram alcançados de forma satisfatória, apresentando respostas aos objetivos específicos complementando com dados que não foram mencionados anteriormente nos objetivos. Pode-se afirmar então, que a pesquisa foi de grande valia para os investidores e principalmente para o acadêmico. Como sugestão para estudos futuros, sugere-se analisar o impacto econômico de integrar a organização em uma rede de farmácias, fazer um estudo de viabilidade para implantação em cidades vizinhas e analisar o impacto de converter a farmácia tradicional em uma unidade de saúde proposta pelo Governo Federal conforme a Lei 13.021/14.
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description O empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, intensificando-se no final da década de 90. Hoje as condições macroeconômicas e a estabilidade econômica do Brasil contribuiu para a crescente participação de microempresas, nos últimos cinco anos em média, mais de 600 mil novos negócios de microempresas foram registradas em âmbito nacional. Para Dornelas (2008, p. 22), “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processo que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso”.Na criação e implantação do negócio, não basta somente à vontade de empreender e de tornar-se independente é necessário planejar. Tornar-se um gestor exige muita dedicação e profissionalismo na administração dos recursos disponíveis visando à manutenção e crescimento da empresa. Nesse cenário, torna-se imprescindível o desenvolvimento de um estudo de viabilidade econômico-financeira, permitindo, assim, ao empreendedor analisar riscos e a aceitação da ideia criada, constituindo-se em um instrumento fundamental antes da implantação de qualquer tipo de negócio. Com essa premissa, o presente estudo tem como finalidade a avaliação da viabilidade econômica-financeira do estudo, respondendo a seguinte questão proposta: Qual a viabilidade econômico-financeira da abertura de uma farmácia em Santa Rosa? Elabora-se então a descrição da empresa, estrutura, a análise de mercado, os produtos a serem comercializados, o planofinanceiro, investimentos, projeções de gastos, receitas e lucros nos primeiros anos, e por fim, uma análise financeira, que com base na utilização de alguns métodos de avaliação, provam a viabilidade ou inviabilidade para a abertura da empresa. O presente trabalho caracteriza-se por um estudo exploratório descritivo com caráter quanti-qualitativo. Quantos aos meios utilizados para a realização da pesquisa foram bibliográfico, documental, entrevista, levantamento de campo e estudo de caso. Para atender os aspectos mercadológicos da pesquisa, realizou-se um levantamento de campo com 295 pessoas da cidade de Santa Rosa – RS, configurando uma amostra probabilística estimando 5% de margem de erro aos dados. Para avaliar os aspectos financeiros e operacionais realizou-sepesquisa bibliográfica, documental e entrevistas a profissionais da área (farmacêuticos), empresários e fornecedores. Depois de levantados todos os dados e tabulados no IBM SSPS 20.0, os mesmos foram interpretados e utilizados para análises de ambiente do mercado, e avaliações de possibilidades, além de servirem com dados para cálculos exatos que fazem a medição, como por exemplo, das taxas de rentabilidade, do ponto de equilíbrio, do valor presente líquido, dentre outros. A partir desses resultados foram obtidos informações sobre três itens básicos os quais constituem a base para toda pesquisa: a Viabilidade, a Aceitabilidade e a Vulnerabilidade. Buscando aprofundar o conhecimento do mercado consumidor foi realizado uma pesquisa de múltipla escolha aplicada por conveniência.Foram aplicados 295 questionários onde, 32,50% entrevistados foram do sexo masculino e que 67,50% foram do sexo feminino.Quanto a faixa etária constatou-se, 35,5% dos entrevistados tinham até 20 anos, os entrevistados de 21 a 30 anos apresentaram um total de 30%, de 31 a 40 anos apresentou um total de 14,30%, de 41 a 50 anos um total de 7% e mais de 50 anos apresentou um total de 13,20%. Quanto a renda familiar, a pesquisa mostrou que 14,7% dos entrevistados tem renda média familiar de até R$999,00, outros 48,10% possuem renda média familiar de R$1000,00 a R$2999,00 demais 23,9% têm renda familiar de R$3000,00 a R$4999,00 e outros 13,3% possuem renda familiar superior a R$5000,00.Constatou-se que 58% dos entrevistados são solteiros, justifica-se esse índice pois boa parte das entrevistas foram realizadas em centros educacionais, outros 40% dos entrevistados eram casados e cerca de 2% são separados ou viúvos. A pesquisa revelou que em torno de 39,8% dos entrevistados possuem ensino médio completo, que outros 34% estão cursando ensino superior, os que possuem ensino superior completo 12,2% e outros 3,1% têm ensino fundamental incompleto, 3,4% possuem ensino fundamental completo, e 7,5% possuem ensino médio incompleto. Com relação ao número de moradores por casa, constatou-se que 23,1% possui 2 pessoas, que 31% possui 3 pessoas e 31,3% possuem 4 pessoas morando na casa, 10,2% possuem 5 ou mais pessoas na casa, e apenas 4,4% moram sozinhas. Se tratando de uma questão de múltipla escolha, o principal motivo que leva ao entrevistado a comprar medicamentos em uma farmácia é o preço com 35,36% das respostas, seguido da necessidade de um bom atendimento com 28,34%, em terceiro lugar a proximidade da farmácia apresentou 14,75%, a presença do farmacêutico e as condições de pagamentos apresentam 7,26% e 7,03% respectivamente, os demais fatores somados representaram 7,26% dos entrevistados. Quanto a preferência à localização da farmácia, 38,87% gostariam de ter uma farmácia perto da sua casa, e 30,06% responderam que tem preferência que seja no centro da cidade, 17,09% preferem que a farmácia fosse no seu itinerário, 7,91% gostariam que fosse perto do seu trabalho ou escola e 5,06% citaram que a preferência seria próximo de clínicas e hospitais. Em relação quanto a preferência do tamanho da farmácia 64,7% não tem preferência ou não souberam responder, já 29,2% tem preferência por uma farmácia de grande porte e 6,1% preferem uma farmácia de pequeno porte. Segundo a pesquisa, o medicamento é o produto mais solicitado em farmácias apresentando 55,19% das respostas, logo os produtos de higiene pessoal aparecem com 17,84% seguido dos produtos de perfumaria com 13,49%. Os medicamentos da farmácia popular foram citados por 10,37% e apenas 3,11% buscam comprar suplementos alimentares. Quanto aos serviços 45,11% da frequência utiliza a balança, 26,09% procura assistência farmacêutica e 14,86% preferem ir até a farmácia para fazer a medição da pressão arterial, outros 6,70% procuram a farmácia para aplicação de injetáveis. Os demais serviços apresentaram uma baixa procura, possivelmente é uma busca por ocasião. Com relação a pergunta referente ao valor a ser pago pelos serviços farmacêuticos, que hoje em grande maioria são gratuitos, grande parte não soube o que responder deixando a questão sem resposta. Já 43,2% responderam que um preço justo seria de R$5,00 a R$10,00, outros 15,7% acham que o preço a ser pago poderia ser de R$1,00 a R$3,00 e 13,7% acham que uma faixa de R$15,00 a R$20,00 seria o preço compatível a ser pago. Referente a frequência em que se compra medicamentos 51,2% responderam que compra mensalmente, 13,6% quinzenalmente, 8,9% semanalmente e 6,5% responderam que compram medicamentos trimestralmente, por fim 19,8% não souberam responder. Quanto ao valor gasto mensal com medicamentos, 24,1% responderam que gastam de R$30,00 a R$50,00 reais, 20,7% responderam que gastam até R$30,00 reais, 11,2% gastam de R$70,00 a R$90,00 reais, enquanto que 7,1% gastam mais de R$110,00 reais. Outros 16,7% não souberam responder o gasto mensal em medicamentos na farmácia. Quando se questionou referente a forma de pagamento preferida, 54,3% responderam que optam por pagar em dinheiro, 20,89% usam cartão de crédito e 8,08% o cartão de débito, já 9,19% utilizam o crediário da farmácia como forma de pagamento e 5,01% utilizam os convênios ofertados pela empresa. Com referência aos tipos de mídia que chamam a atenção, 23,13% dos entrevistados considera que a apresentação interna influencia na escolha, outros 19,5% consideram a indicação de amigos como fator importante, 17,23% preferem os panfletos como forma de mídia, 15,19% preferem a televisão como mídia para conhecer um estabelecimento e 9,52% tem o rádio como mídia preferida. Os demais fatores como, jornais, revistas, outdoors e cartazes somados apresentam 15,43%. Quando questionados sobre doenças existentes na família e que fazem tratamento com medicamentos de uso contínuo, aparecem os problemas cardíacos com 37,14% seguido dos anticoncepcionais 32,86%, registrando o controle do colesterol registrou 8,21% e 6,07% o diabetes. Constatou-se também um grande número de outras doenças que somadas totalizam 15,71% entre elas: gastrite, tireoide, doenças respiratórias, hormonais, antidepressivo, glaucoma, neurológico, reumatismo, conjuntivite, anemia, alergias e enxaquecas. Dentre essas outras doenças o uso de antidepressivos foi a que teve a maior frequência sendo 9 vezes citado. Foi perguntado aos entrevistados se ele vivenciou alguma experiência constrangedora em farmácia e constatou-seque, 75,01% das situações tem relação com o atendimento, sendo que 41,67% dos entrevistados se sentiram desconfortáveis com a demora no atendimento, 22,92% comentaram sobre ser mal atendida, e 10,42% alegaram falta de discrição ao ser atendida quando solicitado produtos de uso pessoal. Também foi questionado se ele foi surpreendido com alguma ação inovadora. A maioria dos entrevistados se surpreendeu como atendimento, sendo 34,29% citaram o bom atendimento, 17,14% o atendimento especial para idosos, 11,43% citaram o atendimento especial com brindes, outros 11,43% citou a variedade de itens e apenas 8,57% citaram os preços como ação inovadora. Os demais fatores analisados também fazem jus ao bom atendimento ou ao preço. Foi questionado com respostas abertas, o que o entrevistado julgava mais importante em uma farmácia, 48,68% da frequência apresentada julgam mais importante o atendimento, seguido pelo preço justo com 18,66% e com 11,76% a limpeza e organização do estabelecimento, por fim 7,30% acreditam que o mais importante é a presença do farmacêutico Avaliando o ambiente externo, os fornecedores seriam definidos conforme a importância logística e preço. Quanto a concorrência, mapeamos as principais organizações citando suas características, forças, fraquezas e algumas peculiaridades. Referente ao gerenciamento e aspecto estrutural da organização, projetou-se uma organização composta por 1 responsável técnico, 4 colaboradores e 1 administrador, em uma estrutura hierárquica simples em linha, onde será terceirizado o serviço contábil e de limpeza. Os investimentos iniciais englobam a reforma do ambiente, compra de móveis e utensílios, mais a instalação da fachada e formação do estoque inicial ficam estimados em R$142.687,07 sendo que, conforme o esperado, o maior valor será destinado ao estoque inicial R$100.000,00. A composição da receita foi elaborada com a colaboração de profissionais e empresários do ramo, dividimos os produtos comercializados em 4 famílias, todas com sua Margem de Contribuição única. O ideal,conforme discutido com gestores da área, seria uma venda de R$1.092.000,00 anuais, mas para atender a um cenário pessimista que atende a questões do estudo,o fluxo de caixa que segundo, Assaf Neto (1997), é de vital importância para a empresa, pois evidencia o rumo financeiro da mesma. Para a sobrevivência no mercado a empresa deve liquidar corretamente suas dividas sem se tornar insuficiente. O primeiro ano do fluxo de caixa projetado foi estimado uma venda bruta de R$819.000,00, esse valor é 25% menor do que o considerado ideal pelos empresários. Os custos e despesas operacionais ficaram estimados em R$190.901,41. A necessidade de financiamento para bancar as estruturas, compra de móveis e utensílios foi projetado através da linha de crédito oferecida pelo BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), o qual se mostrou mais atrativas em comparar as taxas oferecidas pelos demais bancos. A Rentabilidade do primeiro ano do projeto não se mostra atrativa, pois ela fica bem abaixo da rentabilidade dos produtos oferecidos atualmente pelos bancos, no segundo ano projetamos um crescimento de 10% nas vendas e um reajuste dos insumos de 8%, neste cenário a rentabilidade subiu para 8,07%. No terceiro ano projetamos mais 10% de aumento nas vendas e iguais 8% nos insumos, nesse novo cenário a rentabilidade foi de 12,93%. No quarto ano temos um novo aumento de 10% nas vendas e 8% nos insumos e apresentou um índice de Rentabilidade de 16,88% e no quinto ano com o mesmo índices de crescimento a Rentabilidade apresentou 18,60%. O projeto se mostrou ser um bom investimento comparando a Rentabilidade do projeto com o de produtos oferecidos em bancos. Atualmenteas aplicações financeiras como a poupança ou CDB rendem próximo de 6% ao ano. Fazendo portanto, um balanço geral de Riscos x Retorno, o investimento na empresa aparenta ser um bom negócio em comparação às outras aplicações bancárias. Os índices obtidos pela Lucratividade apresentaram uma média de 2,92% a.a. valores esse considerado baixo para o empreendimento, na visão de investidores não seria a primeira opção de investimento, uma vez que outros investimentos de renda fixa geram mais lucratividade e segurança. Analisando a Vulnerabilidade, como positivo, é possível destacar que o mercado de farmácias e drogarias está em crescimento, o qual registrou em 2013 um crescimento de 13,84% segundo a ABRAFARMA. Atualmente as drogarias comercializam diversos produtos liberados pela ANVISA, não limitando-se somente a venda de medicamentos o que resultou no aumento da diversidade de produtos. O Conselho Federal de Farmácia trabalha também para que os serviços farmacêuticos sejam valorizados gerando renda extra para a organização, e que as farmácias e drogarias sejam vistas como estabelecimentos de saúde, gerando assim uma maior confiança perante a população. Já os fatores negativos, cabe destacar a alta concorrência identificada na cidade proposta no projeto. As exigências, normas e regulamentações para se estabelecer uma farmácia ou drogaria, onde pode ser um complicador para a organização pois se não forem cumpridas a agência reguladora pode aplicar multas ou até solicitar o fechamento da organização. Outro fator que afeta diretamente a organização é encontrar mão-de-obra especializada para o horário a partir das 18:00hs, também nos horários do final de semana. Outro fato que afeta a organização é a sazonalidade. Nossa região é afetada pelas quatro estações do ano, ocasionando assim a procura de mercadorias conforme a estação. Muitas vezes esse fato vem a ser um agravante pois se os produtos destinados ao inverno ou verão não forem vendidos. Os produtos ficarão parados no estoque sofrendo a penalidade de vencimento. Também a sazonalidade pode ser vista como um implemento nas vendas, pois se houver abastecimento antecipado de determinado produto tem então uma vantagem comercial perante aos concorrentes. Para Buarque (1984, p.182), “tanto no cálculo da rentabilidade como na determinação do ponto de equilíbrio, utilizam-se os dados como certos e constantes. Isso dificilmente ocorre, já que todos os dados utilizados num projeto são apenas valores aproximados de uma realidade que muda.” A análise de viabilidade mostra que o projeto não é uma boa opção de investimento pois, tanto o cálculo da VLP como da TIR registraram perdas em comparação com investimentos bancários tais como a Poupança que rende em torno de 6% a.a. e a outros investimentos e principalmente em comparação a TMA desejada pelos investidores. Ao término do estudo, os índices financeiros avaliados indicam que o projeto não é viável, o VPL apresentou valore de R$22.000,00 negativos anuais e com uma TIR de negativos 12,11% onde a Taxa Mínima de Atratividade foi de 15%. Porém, se for possível acompanhar o crescimento do setor e atingir o Ponto de Equilíbrio calculado o projeto pode apresentar melhores indicadores financeiros e assim se tornar um projeto atraente para os investidores que queiram considerar os riscos que o projeto possa trazer. É possível afirmar que os objetivos propostos foram alcançados de forma satisfatória, apresentando respostas aos objetivos específicos complementando com dados que não foram mencionados anteriormente nos objetivos. Pode-se afirmar então, que a pesquisa foi de grande valia para os investidores e principalmente para o acadêmico. Como sugestão para estudos futuros, sugere-se analisar o impacto econômico de integrar a organização em uma rede de farmácias, fazer um estudo de viabilidade para implantação em cidades vizinhas e analisar o impacto de converter a farmácia tradicional em uma unidade de saúde proposta pelo Governo Federal conforme a Lei 13.021/14.
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