Estudo do módulo de resiliência de mistura de latossolo argiloso e brita para emprego em bases de pavimentos flexíveis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6455 |
Resumo: | O método vigente para o dimensionamento de pavimentos flexíveis não considera a análise de importantes parâmetros de capacidade resistente dos materiais. Assim, foi desenvolvido o novo Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa). Uma das características consideradas pelo novo sistema é a avaliação do comportamento resiliente, obtido através da realização de ensaios triaxiais dinâmicos. O presente trabalho objetiva estudar as propriedades básicas e avaliar o comportamento resiliente de uma mistura composta por 30% de solo e 70% brita, em diferentes umidades. O solo em questão foi utilizado para a constituição de um talude rodoviário no município de Cruz Alta – RS e a brita de granulometria descontínua é classificada como basalto proveniente da Pedreira São Juvenal, mesma jazida em que houve a extração da brita graduada aplicada na camada de base da rodovia. Analisou-se a quebra dos materiais pétreos após a compactação e, por fim, foram avaliadas estruturalmente quatro diferentes pavimentos em três condições distintas de tráfego. Os resultados dos ensaios de Módulo de Resiliência da mistura de solo argiloso laterítico (LG’) e brita apresentaram excelentes correlações pela análise estatística dos modelos de Biarez e modelo Composto, com valores respectivos de R² = 0,98 e 0,99 à amostra no ramo seco e 0,85 e 0,90 à análise conjunta de duas amostragens na umidade ótima. Os dois corpos de prova moldados no ramo úmido sofreram excessivas deformações no decorrer dos ensaios, fator que impossibilitou o término do ensaio de módulo de resiliência. A fratura do agregado transformou 5% de material antes graúdo, para materiais passantes na peneira de número 4, podendo influenciar significativamente no fenômeno do empacotamento dos grãos. Duas das estruturas propostas simulavam o pavimento original, sobre o subleito de solo argiloso laterítico, aplicando-se os demais materiais com características disponíveis no acervo do software para sub-base com material granular, base de BGS e duas camadas de revestimento. A diferença comportamental nesse conjunto, deu-se ao adotar duas camadas de concretos asfálticos convencionais, em um caso, enquanto ao outro, considerou-se o uso CA modificado por polímero na última camada de revestimento. O segundo conjunto seguiu a mesma tendência, no entanto, substituiu-se as camadas de base e sub-base por uma única porção de solo-brita. Todas as propostas possuíram comportamentos aceitáveis para volumes de tráfego baixo e médio, entretanto ao tráfego real da via, nenhuma das estruturas suportou períodos superiores a dois anos. Por mais que os limites não tenham sido atendidos por todos os exemplos ao tráfego original, destaca-se o desempenho do pavimento com base formada por solo-brita e revestimento de CA modificado. A estrutura foi avaliada com um ATR de 4,4 mm ao final do período de projeto, seguido pelo ATR de 5,0 mm do pavimento “original” com mesmo revestimento. Ainda que as estruturas avaliadas não tenham cumprido com os limites estipulados pelo programa, acredita-se que o comportamento em campo pode ser melhor, em vista da adoção de parâmetros considerados modestos aos materiais, no intuito de se ter uma avaliação favorável à segurança. |
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O método vigente para o dimensionamento de pavimentos flexíveis não considera a análise de importantes parâmetros de capacidade resistente dos materiais. Assim, foi desenvolvido o novo Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa). Uma das características consideradas pelo novo sistema é a avaliação do comportamento resiliente, obtido através da realização de ensaios triaxiais dinâmicos. O presente trabalho objetiva estudar as propriedades básicas e avaliar o comportamento resiliente de uma mistura composta por 30% de solo e 70% brita, em diferentes umidades. O solo em questão foi utilizado para a constituição de um talude rodoviário no município de Cruz Alta – RS e a brita de granulometria descontínua é classificada como basalto proveniente da Pedreira São Juvenal, mesma jazida em que houve a extração da brita graduada aplicada na camada de base da rodovia. Analisou-se a quebra dos materiais pétreos após a compactação e, por fim, foram avaliadas estruturalmente quatro diferentes pavimentos em três condições distintas de tráfego. Os resultados dos ensaios de Módulo de Resiliência da mistura de solo argiloso laterítico (LG’) e brita apresentaram excelentes correlações pela análise estatística dos modelos de Biarez e modelo Composto, com valores respectivos de R² = 0,98 e 0,99 à amostra no ramo seco e 0,85 e 0,90 à análise conjunta de duas amostragens na umidade ótima. Os dois corpos de prova moldados no ramo úmido sofreram excessivas deformações no decorrer dos ensaios, fator que impossibilitou o término do ensaio de módulo de resiliência. A fratura do agregado transformou 5% de material antes graúdo, para materiais passantes na peneira de número 4, podendo influenciar significativamente no fenômeno do empacotamento dos grãos. Duas das estruturas propostas simulavam o pavimento original, sobre o subleito de solo argiloso laterítico, aplicando-se os demais materiais com características disponíveis no acervo do software para sub-base com material granular, base de BGS e duas camadas de revestimento. A diferença comportamental nesse conjunto, deu-se ao adotar duas camadas de concretos asfálticos convencionais, em um caso, enquanto ao outro, considerou-se o uso CA modificado por polímero na última camada de revestimento. O segundo conjunto seguiu a mesma tendência, no entanto, substituiu-se as camadas de base e sub-base por uma única porção de solo-brita. Todas as propostas possuíram comportamentos aceitáveis para volumes de tráfego baixo e médio, entretanto ao tráfego real da via, nenhuma das estruturas suportou períodos superiores a dois anos. Por mais que os limites não tenham sido atendidos por todos os exemplos ao tráfego original, destaca-se o desempenho do pavimento com base formada por solo-brita e revestimento de CA modificado. A estrutura foi avaliada com um ATR de 4,4 mm ao final do período de projeto, seguido pelo ATR de 5,0 mm do pavimento “original” com mesmo revestimento. Ainda que as estruturas avaliadas não tenham cumprido com os limites estipulados pelo programa, acredita-se que o comportamento em campo pode ser melhor, em vista da adoção de parâmetros considerados modestos aos materiais, no intuito de se ter uma avaliação favorável à segurança. |
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