Entrelaçando fios dos rastros memoriais da Renda de Bilro: um diálogo sobre o imaginário turístico de Florianópolis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do Centro Universitário La Salle |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11690/3513 |
Resumo: | Essa tese consiste em um estudo sobre a identificação de rastros memoriais da formação de imaginário turístico de que Florianópolis é uma cidade de cultura de base açoriana, tendo como sujeitos da pesquisa, as rendeiras praticantes da renda de bilro. Constatei que o artesanato ajuda a formar o imaginário turístico de Florianópolis como uma cidade de cultura de base Açoriana. Do ponto de vista da perspectiva teórica, abordei o campo da Memória Social, da Cultura e do Patrimônio, a fim de buscar os rastros memoriais da contribuição da Renda de Bilro, um ofício que ingressou na cidade junto com as mulheres imigrantes vindas dos Açores. Este estudo consiste em uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, tendo como procedimentos metodológicos, a pesquisa documental e a pesquisa de campo. A coleta de dados iniciou nos documentos da Prefeitura Municipal de Florianópolis, com ênfase na Secretaria da Cultura, na Secretaria de Turismo e na Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), com foco em evidenciar a estrutura formal do Turismo de Florianópolis e nas leis municipais que mencionam a Renda de Bilro. Como instrumento de coleta em campo, foi utilizada a observação e as entrevistas não estruturadas. A análise dos dados coletados nas visitas às Associações de Rendeiras em atividade, um contexto social que envolve o trabalho feminino, a cooperação e as memórias trançadas de geração em geração. A colonização de Florianópolis tem origem na Ilhas do Arquipélago dos Açores, ilhas que teriam sido descobertas pelos portugueses, em 1427 e povoadas por originários das províncias meridionais de Portugal, seguidos por flamengos, os quais, não há registro, mas indícios de que foram os responsáveis por fazer com que a renda de bilro chegasse aos Açores. A presença açoriana na região de Florianópolis, devido às distâncias entre as comunidades, fez com que os hábitos e costumes trazidos, ficassem mantidos, justificando a preferência por determinados pontos de renda diferentes entre os bairros da ilha. As encantadoras mãos das rendeiras, que de canto em canto, cantarolando a cantiga ratoeira, vão tecendo um contexto social coletivo de que a renda de bilro é uma prática identitária das mulheres, também vão traçando a atualização de memórias e ressignificando o valor de suas tradições. Em Florianópolis, o presente tenta manter as lembranças de um passado açoriano do município, rememorando casos de sucesso dos casais que para cá vieram, assim como o esquecimento parece não lembrar do extermínio dos carijós que viviam aqui 8 há duzentos anos antes dos colonizadores açorianos. A renda de bilro, patrimônio cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é exemplo de uma das preocupações propriamente humanas, a de fazer memória e em Florianópolis, essa memória compõe o imaginário turístico de que Florianópolis é uma Capital que têm, além de suas lindas praias, grandiosos jardins e renomada gastronomia, onde o visitante pode experimentar uma reprodução imaginária de estar em Portugal. |
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Do ponto de vista da perspectiva teórica, abordei o campo da Memória Social, da Cultura e do Patrimônio, a fim de buscar os rastros memoriais da contribuição da Renda de Bilro, um ofício que ingressou na cidade junto com as mulheres imigrantes vindas dos Açores. Este estudo consiste em uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, tendo como procedimentos metodológicos, a pesquisa documental e a pesquisa de campo. A coleta de dados iniciou nos documentos da Prefeitura Municipal de Florianópolis, com ênfase na Secretaria da Cultura, na Secretaria de Turismo e na Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), com foco em evidenciar a estrutura formal do Turismo de Florianópolis e nas leis municipais que mencionam a Renda de Bilro. Como instrumento de coleta em campo, foi utilizada a observação e as entrevistas não estruturadas. A análise dos dados coletados nas visitas às Associações de Rendeiras em atividade, um contexto social que envolve o trabalho feminino, a cooperação e as memórias trançadas de geração em geração. A colonização de Florianópolis tem origem na Ilhas do Arquipélago dos Açores, ilhas que teriam sido descobertas pelos portugueses, em 1427 e povoadas por originários das províncias meridionais de Portugal, seguidos por flamengos, os quais, não há registro, mas indícios de que foram os responsáveis por fazer com que a renda de bilro chegasse aos Açores. A presença açoriana na região de Florianópolis, devido às distâncias entre as comunidades, fez com que os hábitos e costumes trazidos, ficassem mantidos, justificando a preferência por determinados pontos de renda diferentes entre os bairros da ilha. As encantadoras mãos das rendeiras, que de canto em canto, cantarolando a cantiga ratoeira, vão tecendo um contexto social coletivo de que a renda de bilro é uma prática identitária das mulheres, também vão traçando a atualização de memórias e ressignificando o valor de suas tradições. Em Florianópolis, o presente tenta manter as lembranças de um passado açoriano do município, rememorando casos de sucesso dos casais que para cá vieram, assim como o esquecimento parece não lembrar do extermínio dos carijós que viviam aqui 8 há duzentos anos antes dos colonizadores açorianos. A renda de bilro, patrimônio cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é exemplo de uma das preocupações propriamente humanas, a de fazer memória e em Florianópolis, essa memória compõe o imaginário turístico de que Florianópolis é uma Capital que têm, além de suas lindas praias, grandiosos jardins e renomada gastronomia, onde o visitante pode experimentar uma reprodução imaginária de estar em Portugal.Universidade La SallePrograma de Pós-graduação em Memória Social e Bens CulturaisMemóriaImaginário turísticoRastros memoraisRenda de BilroEntrelaçando fios dos rastros memoriais da Renda de Bilro: um diálogo sobre o imaginário turístico de Florianópolisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisCanoas, RSinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional do Centro Universitário La Salleinstname:Universidade La Salle (UNILASALLE)instacron:UNILASALLEORIGINALDenise teses Versão Final.pdfDenise teses Versão Final.pdfOpen Accessapplication/pdf1387016http://svr-net20.unilasalle.edu.br/bitstream/11690/3513/1/Denise%20teses%20Vers%c3%a3o%20%20Final.pdf37cbd2c2f2445e2a200225da82da3cefMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://svr-net20.unilasalle.edu.br/bitstream/11690/3513/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD5211690/35132023-05-19 08:48:03.596oai:svr-net20.unilasalle.edu.br:11690/3513Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório Institucionalopendoar:2023-05-19T11:48:03Repositório Institucional do Centro Universitário La Salle - Universidade La Salle (UNILASALLE)false |
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