Vida nua e questões de alteridade em A Hora da Estrela
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNILA |
Texto Completo: | http://dspace.unila.edu.br/123456789/3576 |
Resumo: | Este artigo terá como finalidade discutir a condição social feminina a partir da personagem Macabéa, do romance A hora da estrela, de Clarice Lispector. Trataremos especificamente da personagem com um ser vivendo em situação de periferia e fora do seu lugar, um ser deslocado, invisível, em constante processo de emudecimento e em situação extrema ou situação-limite. Traçaremos um paralelo entre Macabéa e o muçulmano – tal como este é descrito por Giogio Agamben – como o indivíduo incapaz, nos campos de concentração nazista, de discernir entre o bem e o mal, entre nobreza e vileza, não passando dos limites de um feixe de funções físicas em agonia: uma vida nua, uma vida não politizada, submetida ao poder soberano, sofrendo o peso de um controle biopolítico sobre seu corpo. Nessa direção, problematizaremos também questões relacionadas ao vivendo em estado de subalternidade, segundo Gaytri Spivak, cuja situação e condição social exclui do merdado, da representação política e legal indivíduos das camadas mais baixas, mas também questões outras relativas à alteridade de acordo com o pensamento de Homi Bhabha e ainda, por se tratar de uma obra cuja fortuna crítica fixa na questão vida e obra, discutiremos a noção de autoficção, dando destaque aos problemas de construção do romance como experiência de vida |
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