A literatura e a falta: o caso de Emma Bovary

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gastaldin, Carla da Conceição Mores
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Dittrich, Ivo José
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNILA
Texto Completo: https://dspace.unila.edu.br/handle/123456789/3544
Resumo: Este artigo pretende abordar a literatura como um meio para falar da falta – no sentido psicanalítico do termo, através do reencontro inventivo que o texto literário possibilita para com o Real. O reencontro acontece com situações que não são necessariamente novas, mas que pedem uma nova significação, provocada pelo olhar do escritor. Tanto através das obras de arte quanto da literatura, o autor se reencontra com a sua própria falta, e assim, permite ao público também fazê-lo. O texto literário é sempre um convite ao imaginário de cada um, despertado pelo conteúdo e forma utilizados pelo autor em sua escrita. No romance ―Madame Bovary‖, Gustave Flaubert reproduz fatos e costumes próprios a sua época e ao seu modo de vida; e sem saber, faz uma bela descrição do quadro clínico que representa a histeria, através da personagem Emma. A obra foi publicada no mesmo ano de nascimento de Freud, o pai da Psicanálise, a qual foi criada a partir da escuta clínica das histéricas. A Psicanálise aponta a insatisfação e a queixa como condições estruturais dos seres humanos, o que bem está representado na figura de Madame Bovary. O romance de Flaubert trata da relação da mulher com o próprio desejo e com o amor, bem como do lugar conferido ao homem na fantasia histérica. A história narra o enlace trágico entre a personagem Emma e sua angústia frente a própria falta, conflito para o qual encontra a resposta na morte. A obra de Flaubert aborda a questão do desejo feminino e do adoecimento histérico, o qual é analisado aqui através da personagem desse grande clássico da literatura
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