UM APARTHEID AO AVESSO: A FRONTEIRA INVISÍVEL AUTOIMPOSTA PELA SOCIEDADE DO CONSUMO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques da Silva Moraes, Vanessa
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Henrique Mota de Sousa, Janderson
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Desenvolvimento Social (Online)
Texto Completo: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/179
Resumo: Quando podemos ver um obstáculo, torna-se mais fácil de contorná-lo. O problema é quando não conseguimos ver esse obstáculo por ele não ser necessariamente físico, mas autoimposições que limitam a nossa mobilidade no espaço urbano. Neste artigo, temos por intenção analisar e problematizar como a sociedade do consumo restringe a mobilidade urbana de grupos precariamente incluídos e de grupos totalmente desfiliados. A partir de incursões teóricas nos pressupostos de uma sociedade do consumo, postulada por Bauman (1999), nas zonas de transição, postuladas por Castel (2013[1995]), e no Direito à cidade, produziremos uma pesquisa bibliográfica. A partir de um olhar meramente econômico e totalmente excludente, restringimos o acesso de certos indivíduos a certas partes da cidade. Não se trata de uma restrição qualquer, mas uma restrição na mobilidade urbana que tem por catalizador uma fronteira invisível. Essa fronteira funciona como uma espécie de “casta modernizada” que separa, que segrega e que exclui socialmente aqueles que não pertencem ao lado esplendoroso da cidade. Vivemos em uma espécie de “apartheid ao avesso” nas cidades contemporâneas. A sociedade do consumo auto impõe essas fronteiras que não são físicas, mas que restringem e que ditam até que ponto podemos ir dentro dos limites da cidade.
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