O Poder Legislativo e a ofensiva anti-indígena no Brasil: uma análise das proposições no Congresso Nacional brasileiro envolvendo as Terras Indígenas (1989-2021)
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Verde Grande (Online) |
Texto Completo: | https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/verdegrande/article/view/5537 |
Resumo: | The Constitution of 1988, conceived after 21 years of civil–military dictatorship in Brazil, represented advancement towards the acknowledgement of indigenous rights by the State. However, since then, several political and economic sectors have articulated against these rights, especially those of a territorial nature. Based on a survey of bills at the Brazilian Congress, I seek to emphasize the active role of the legislative branch in this process. Although not exhaustive, the research found the creation of 81 proposals between 1989 and 2021, being bills that intend to change the regulations on Brazilian indigenous lands. Critical analysis of this set of projects highlighted two main aims: the first, which is economic, is the opening of indigenous lands to private capital, especially agribusiness and the mining sector. The second, which is political, is the expansion of the State’s control over indigenous territories. I conclude by demonstrating how the accumulation of bills and argumentative strategies strengthened this anti-indigenous offensive in recent years. In this regard, the current Bolsonaro administration represents a dramatic moment, because in addition to the commitment of the Executive Power to advance this anti-indigenous agenda, the Federal Congress is the most conservative since the last civil–military dictatorship. |
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O Poder Legislativo e a ofensiva anti-indígena no Brasil: uma análise das proposições no Congresso Nacional brasileiro envolvendo as Terras Indígenas (1989-2021)BrasilPoder LegislativoPovos indígenasTerras IndígenasColonialismoBrazilLegislative BranchIndigenous PeopleIndigenous LandsColonialismBrasilPoder LegislativoPueblos indígenasTierras indígenasColonialismoThe Constitution of 1988, conceived after 21 years of civil–military dictatorship in Brazil, represented advancement towards the acknowledgement of indigenous rights by the State. However, since then, several political and economic sectors have articulated against these rights, especially those of a territorial nature. Based on a survey of bills at the Brazilian Congress, I seek to emphasize the active role of the legislative branch in this process. Although not exhaustive, the research found the creation of 81 proposals between 1989 and 2021, being bills that intend to change the regulations on Brazilian indigenous lands. Critical analysis of this set of projects highlighted two main aims: the first, which is economic, is the opening of indigenous lands to private capital, especially agribusiness and the mining sector. The second, which is political, is the expansion of the State’s control over indigenous territories. I conclude by demonstrating how the accumulation of bills and argumentative strategies strengthened this anti-indigenous offensive in recent years. In this regard, the current Bolsonaro administration represents a dramatic moment, because in addition to the commitment of the Executive Power to advance this anti-indigenous agenda, the Federal Congress is the most conservative since the last civil–military dictatorship.La Constitución Federal brasileña de 1988, nacida luego de 21 años de Dictadura Cívico-Militar, significó un gran avance en el reconocimiento de los derechos indígenas por parte del Estado. Sin embargo, desde entonces, diversos sectores políticos y económicos se han articulado en contra de estos derechos, especialmente los de carácter territorial. A partir de un análisis de los proyectos legislativos presentados en el Congreso Nacional, busco destacar el papel activo de una parte del Poder Legislativo brasileño en este proceso. Aunque no es exhaustiva, la investigación encontró la creación de 81 propuestas que buscan atacar los derechos territoriales indígenas entre 1989 y 2021. El análisis crítico de este conjunto de proyectos reveló dos grandes objetivos: el primero, económico, es la apertura de las tierras indígenas al capital privado, especialmente al agronegocio y al sector minero. El segundo, político, es la expansión del poder y el control del Estado sobre los territorios indígenas. Concluyo demostrando cómo esta ofensiva anti-indígena ha ido ganando terreno en los últimos años, tanto en el número de proyectos como en las estrategias argumentativas. En este sentido, el gobierno de Jair Bolsonaro representa un momento histórico dramático, porque además del compromiso del Poder Ejecutivo en el avance de esta agenda anti-indígena, el Congreso Federal es el más conservador desde la Dictadura Cívico-Militar.A Constituição Federal Brasileira de 1988, nascida após 21 anos de Ditadura Civil-Militar, representou um grande avanço no reconhecimento dos direitos indígenas pelo Estado. No entanto, desde então, diversos setores políticos e econômicos se articulam contra esses direitos, sobretudo os de caráter territorial. A partir de um levantamento de projetos legislativos no Congresso Nacional, busco evidenciar o papel ativo de parte do Poder Legislativo brasileiro nesse processo. Embora não exaustiva, a pesquisa encontrou a criação de 81 proposições que buscam atacar os direitos territoriais indígenas, entre 1989 e 2021. A análise crítica desse conjunto de projetos evidenciou dois grandes objetivos: o primeiro, econômico, é a abertura das terras indígenas ao capital privado, sobretudo o agronegócio e o setor minerário. O segundo, político, é a ampliação do poder e controle do Estado sobre os territórios indígenas. Concluo demonstrando como essa ofensiva anti-indígena vem ganhando cada vez mais tração nos últimos anos, tanto em número de projetos, quanto em estratégias argumentativas. Neste sentido, o governo de Jair Bolsonaro representa um momento histórico dramático, pois além do compromisso do Poder Executivo no avanço desta agenda anti-indígena, o Congresso Federal é o mais conservador desde a Ditadura Civil-Militar.Editora Unimontes2022-09-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.periodicos.unimontes.br/index.php/verdegrande/article/view/553710.46551/rvg267523952022296118Revista Verde Grande: Geografia e Interdisciplinaridade; v. 4 n. 02 (2022): Verde Grande: Geografia e Interdisciplinaridade ; 96-1182675-2395reponame:Revista Verde Grande (Online)instname:Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)instacron:UNIMONTESporhttps://www.periodicos.unimontes.br/index.php/verdegrande/article/view/5537/5725Copyright (c) 2022 Fábio Márcio Alkminhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAlkmin, Fábio Márcio2023-05-14T03:40:26Zoai:ojs2.periodicos.unimontes.br:article/5537Revistahttps://www.periodicos.unimontes.br/index.php/verdegrandePUBhttps://www.periodicos.unimontes.br/index.php/verdegrande/oairevista.verdegrande@unimontes.br2675-23951808-6764opendoar:2023-05-14T03:40:26Revista Verde Grande (Online) - Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)false |
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