RASTREIO DO CÂNCER DE COLO UTERINO NO ESTADO DO PARANÁ: INDAGAÇÕES SOBRE A FAIXA ETÁRIA PRECONIZADA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Vitória Dolci
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Bolotário, Kamila, Balan, Nathália de Carvalho, Morais, Raphaela Montalvão, Silva, Taís Lorrane Mendes, Bergamasco, Vanessa Sarto Soares
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Uningá (Online)
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3864
Resumo: Desde 1998 o Brasil implantou o Programa Nacional de Controle do Câncer de Colo para mulheres entre 25 a 64 anos para aprimorar o diagnóstico do câncer cervical uterino e reduzir o índice de mortalidade pela doença. O rastreamento do câncer cervical do útero é realizado pelo exame citopatológico do colo do útero (teste Papanicolau), disponível nas unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde e na rede privada. A idade de início do rastreamento tem sido questionada, já que a mulher tem iniciado sua vida sexual mais cedo, em média com 14,9 anos. Além disso, é importante avaliar se pacientes entre 20 a 29 anos diagnosticadas com carcinoma de colo uterino apresentam progressão mais rápida, analisando fatores clínicos, critérios anatomopatológicos, desenvolvimento da doença e expressão de biomarcadores. Este estudo visa analisar se existe a necessidade de realizar rastreamento na faixa etária abaixo dos 25 anos, devido à sexarca mais precoce e à exposição ao vírus do HPV, com base nos dados epidemiológicos no período de 2018 a 2019 no Estado do Paraná. Os bancos de dados utilizados foram o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) por meio do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN). A população em estudo corresponde a mulheres com faixa etária entre 20 e 39 anos do estado do Paraná, no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2019. Achados dos resultados mostram que foram realizados 514.598 exames de rastreamento para câncer de colo uterino entre 2018 e 2019 e desses, 108.730 (21.2%) exames estavam com resultado alterado. Na faixa etária entre 20 a 24 anos, dos 119.427 exames, 21.904 (18,34%) estavam alterados. Desses resultados alterados, 10 ou 0.04% das mulheres tinham câncer e 2 delas foram à óbito. Na faixa etária entre 25 a 30 anos, foram realizados 126.073 exames, desses 25.553 (20.26%) estavam alterados. Desses resultados de exame alterados, 23 (0.09%) eram câncer de colo uterino e 6 foram à óbito. Na faixa etária entre 30 a 34 anos realizou-se 128.563 e 28.137 (21.88%) resultados estavam alterados. Desses, 54 (0.19%) eram câncer de colo e 22 pacientes foram à óbito. Na faixa etária entre 35 a 39 anos foram realizados 140.535 exames e desses, 33.136 (23.57%) tinham resultado alterado. Dos resultados alterados, 74 (0.22%) eram câncer de colo uterino, com 30 óbitos devido a essa patologia. A média das porcentagens de exames alterados em relação ao total de exames realizados em cada faixa etária é de 21.02%, com desvio padrão de 2.68. Conclui-se que a incidência de exames de rastreio para câncer de colo uterino com resultados alterados é de 21% (DP 2,68%). Entre 20 a 24 anos é necessária coleta de muitos exames para evitar um pequeno número de óbitos, diferente das outras faixas etárias. Esses dados reforçam os estudos já existente na literatura, que mostram a lenta evolução das lesões precursoras relacionadas ao HPV na abaixo dos 25 anos e alta taxa de regressão espontânea da mesma. 
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