DADOS EPIDEMIOLÓGICOS SOBRE EMBOLIA E TROMBOSE ARTERIAL NO PARANÁ EM TEMPO DE COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: De Lima, Luana Hantequestt
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Trad, Letícia Santos, Palangani, Emanoelle Aparecida, Do Amaral, João Pedro Zuin
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Uningá (Online)
DOI: 10.46311/2318-0579.57.eUJ3862
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3862
Resumo: A COVID-19, causador da pandemia global, pelo novo Coronavírus, SARS-CoV2, é uma infecção viral respiratória que na maioria das vezes os infectados são assintomáticos. Porém, a infecção pode cursar com resfriados comuns até doenças mais graves como a Síndrome Respiratória Aguda (SARS), falência múltipla de órgãos e choque séptico. A gravidade da doença depende da faixa etária atingida e de fatores de risco associados. Contudo, pacientes sintomáticos podem apresentar também coagulopatias, como trombose venosa profunda, trombose arterial e embolia pulmonar devido ao excessivo processo inflamatório, disfunção endotelial, estase e ativação plaquetária. A alteração mais frequente pela infecção é a plaquetopenia e a elevação do D-dímero e ambas se relacionam com o aumento da necessidade de ventilação mecânica, cuidados intensivos e morte. Este trabalho teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico de embolia e trombose arterial no período da pandemia do COVID-19 na região do Paraná, do mês de março até agosto de 2020. A fonte de dados utilizada foi o registro do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Este estudo compreendeu como estratégias metodológicas a análise de informações, tais como: internações no período, variáveis demográficas como sexo e idade, etnia, tempo de internação e taxa de mortalidade. O presente estudo evidenciou que os homens foram mais acometidos por eventos tromboembólicos durante a pandemia do COVID-19. No total, do período de março a agosto de 2020 no Paraná, foram identificados 830 pacientes internados por coagulopatias, sendo que 56,9% eram homens. Além disso, em agosto houve o maior número de casos de internamento de ambos os sexos, com prevalência maior para o sexo masculino, cerca de 91 casos. Entretanto, o estudo mostrou que houve uma taxa de mortalidade maior entre as mulheres (12,04%) do que os homens (6,77%), sendo a maioria das mulheres na faixa etária de 60 a 69 anos e de cor/raça preta. Na Região Metropolitana do Paraná houve o maior número de casos de internações, cerca de 27,2%, porém, a maior taxa de mortalidade foi na cidade de Ivaiporã, com 17,65% dos casos. Segundo os dados obtidos nesse estudo, o COVID-19 tem grande relação com as coagulopatias, visto que os pacientes com a infecção estão sujeitos à um excessivo processo inflamatório que leva a alterações na coagulação. Então, no período da pandemia do COVID-19, foi constatado que o tromboembolismo e a trombose arterial estão mais prevalentes em homens. Este fato que pode estar relacionado à má aderência do tratamento estipulado por médicos e devido ao maior número de homens com doenças crônicas como diabetes e hipertensão. 
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