AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA COMPARATIVA DE HOSPITALIZAÇÕES POR SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) E POR COVID-19
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Uningá (Online) |
Texto Completo: | https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3890 |
Resumo: | A COVID-19 é uma doença respiratória, causada pelo SARS-CoV-2, que pode produzir desde um quadro assintomático até progredir para um estado grave. A SRAG ocorre devido à progressão de quadros de infecções respiratórias por vírus e vem ganhando destaque pelo aumento no Brasil causado pela COVID19. À luz desse panorama tem-se por objetivo avaliar se a pandemia de SARSCoV-2, no Brasil, resultou em alterações no padrão de hospitalizações de SRAG, comparando a evolução da COVID-19 e de SRAG, até a 35ª semana epidemiológicas de 2020, e a frequência de hospitalização por SRAG nos dois anos anteriores por meio de um estudo epidemiológico, comparativo, das hospitalizações por SRAG , no período de 2018 a 2020, no Brasil, com informações referentes à tabulação e interpretação dos dados extraídos em 09 de setembro de 2020, do Monitoramento de Casos Reportados de Síndrome Respiratória Aguda Grave Hospitalizados, disponibilizado pela Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde e a FGV. A análise demonstrou que a COVID-19 obteve o primeiro registro no Brasil na 9ª semana epidemiológica com aumento exponencial de casos, e atingindo o maior registro de hospitalização simultâneas, por SRAG, na 19ª semana (n=21.568, no total e n=8.545, não contabilizando os casos confirmados de COVID-19). Esse valor foi 11,6 vezes superior ao observado do pico dos dois anos anteriores (2018, com n=1.855, e 2019, com n=1.861), e sem contabilizar os casos de COVID-19, foi 4,6 maior. A frequência de hospitalizações, por SRAG não COVID-19, estratificada por faixa etária, revelou que indivíduos de 0 a 5 anos de idade apresentaram a maior frequência de casos notificados no período analisado (média de 48,8%, nos anos de 2018 e 2019), exceto em 2020, sendo esta entre maiores de 60 anos (46,8%). Considerando somente casos de COVID-19, este índice subiu para 49,5%. Destacam-se as diferenças entre os óbitos, anteriormente à pandemia, e, posteriormente, devido à SRAG, com aumento de 10 vezes na incidência de mortes não notificadas, como COVID-19, e 25 vezes nas confirmadas. Ademais, nota-se que a taxa de letalidade também aumentou, no período, sendo 2018 de 10,6%; 2019 de 10,1%; e 2020 de 24,9%. Contabilizando apenas os notificados, como SRAG, esse valor caiu para 15,9% e, apenas os positivos para COVID-19, elevou-se para 33,1%. Vale ressaltar, também, o aumento percentual das mortes na faixa etária maior de 60 anos, representando 43,9%; 43,0% e 73,3%, respectivamente, nos anos avaliados. Portanto, o aumento da hospitalização, por SRAG, deve ser visto com olhar crítico, podendo, a causa ser decorrente da alta subnotificação de casos adjunto ao aumento de notificações de influenza devido à situação atual da pandemia, em que o paciente procura atendimento hospitalar pelo quadro similar de COVID-19 e influenza. Necessitam-se estudos mais aprofundados sobre esse aumento para avaliação mais criteriosa da situação de contágio e letalidade da doença, no país. |
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A COVID-19 é uma doença respiratória, causada pelo SARS-CoV-2, que pode produzir desde um quadro assintomático até progredir para um estado grave. A SRAG ocorre devido à progressão de quadros de infecções respiratórias por vírus e vem ganhando destaque pelo aumento no Brasil causado pela COVID19. À luz desse panorama tem-se por objetivo avaliar se a pandemia de SARSCoV-2, no Brasil, resultou em alterações no padrão de hospitalizações de SRAG, comparando a evolução da COVID-19 e de SRAG, até a 35ª semana epidemiológicas de 2020, e a frequência de hospitalização por SRAG nos dois anos anteriores por meio de um estudo epidemiológico, comparativo, das hospitalizações por SRAG , no período de 2018 a 2020, no Brasil, com informações referentes à tabulação e interpretação dos dados extraídos em 09 de setembro de 2020, do Monitoramento de Casos Reportados de Síndrome Respiratória Aguda Grave Hospitalizados, disponibilizado pela Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde e a FGV. A análise demonstrou que a COVID-19 obteve o primeiro registro no Brasil na 9ª semana epidemiológica com aumento exponencial de casos, e atingindo o maior registro de hospitalização simultâneas, por SRAG, na 19ª semana (n=21.568, no total e n=8.545, não contabilizando os casos confirmados de COVID-19). Esse valor foi 11,6 vezes superior ao observado do pico dos dois anos anteriores (2018, com n=1.855, e 2019, com n=1.861), e sem contabilizar os casos de COVID-19, foi 4,6 maior. A frequência de hospitalizações, por SRAG não COVID-19, estratificada por faixa etária, revelou que indivíduos de 0 a 5 anos de idade apresentaram a maior frequência de casos notificados no período analisado (média de 48,8%, nos anos de 2018 e 2019), exceto em 2020, sendo esta entre maiores de 60 anos (46,8%). Considerando somente casos de COVID-19, este índice subiu para 49,5%. Destacam-se as diferenças entre os óbitos, anteriormente à pandemia, e, posteriormente, devido à SRAG, com aumento de 10 vezes na incidência de mortes não notificadas, como COVID-19, e 25 vezes nas confirmadas. Ademais, nota-se que a taxa de letalidade também aumentou, no período, sendo 2018 de 10,6%; 2019 de 10,1%; e 2020 de 24,9%. Contabilizando apenas os notificados, como SRAG, esse valor caiu para 15,9% e, apenas os positivos para COVID-19, elevou-se para 33,1%. Vale ressaltar, também, o aumento percentual das mortes na faixa etária maior de 60 anos, representando 43,9%; 43,0% e 73,3%, respectivamente, nos anos avaliados. Portanto, o aumento da hospitalização, por SRAG, deve ser visto com olhar crítico, podendo, a causa ser decorrente da alta subnotificação de casos adjunto ao aumento de notificações de influenza devido à situação atual da pandemia, em que o paciente procura atendimento hospitalar pelo quadro similar de COVID-19 e influenza. Necessitam-se estudos mais aprofundados sobre esse aumento para avaliação mais criteriosa da situação de contágio e letalidade da doença, no país. |
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Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 017-018 Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 017-018 2318-0579 10.46311/ru.v57iS1 reponame:Revista Uningá (Online) instname:Centro Universitário Uningá instacron:UNINGA |
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