COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sardi, Maria Eduarda Baroni
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Silva, Leonardo Proença, Tozzo, Maria Thereza Bordignon, Simião, Mariana Dos Santos, Gularte, Mariana, Silva, Marina Candido da, Hapner, Luiz Renato Manfredini
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Uningá (Online)
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3868
Resumo: O Programa Nacional de Imunizações, formulado pelo Ministério da Saúde, tem como maior objetivo instituir o calendário vacinal e distribuir vacinas, de forma gratuita, em âmbito nacional. Dessa forma, a imunização é uma das intervenções mais bem-sucedidas no controle de diversas doenças, entretanto, uma importante queda na cobertura vacinal tem sido observada no Brasil, aumentando o risco de doenças consideradas erradicadas. Dessa maneira, o objetivo é comparar a cobertura vacinal brasileira do ano de 2015 ao ano de 2020 e demonstrar a importância da vacinação e a provável segunda queda consecutiva da cobertura vacinal para o ano de 2020. As fontes de dados utilizadas foram retiradas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e a população em estudo corresponde a homens e mulheres, sem restrição de faixas etárias, residentes no Brasil. Desse modo, em 2015, a média da cobertura vacinal das cinco regiões brasileiras (norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste), foi de 95,07%. No ano seguinte, em 2016, a cobertura vacinal teve uma queda brusca para 50,44%, e em 2017 a taxa foi de 72,93%. Já no ano de 2018, a média ascendeu para 77,13%, porém, em 2019, caiu novamente para 72,74%. Considerando o atual mês do ano de 2020 (setembro), a taxa de vacinação de janeiro a setembro foi de 51,62%. Em relação à média de todos os anos, a região norte foi a que apresentou menor cobertura vacinal comparada com as outras regiões brasileiras. Nessa perspectiva, ao analisarmos a cobertura vacinal dos últimos anos, vemos como é drástica a queda da cobertura vacinal em uma comparação do ano de 2015 aos anos subsequentes. Além do mais, observamos uma notável queda no ano de 2019, e provável nova queda consecutiva para o ano de 2020, já que a cobertura vacinal de janeiro a setembro atingiu apenas 51,62%. Isso se deve em parte a atual epidemia do novo Coronavírus, em que grande parte da população evita ir às Unidades de Saúde buscar pelas vacinas; além disso, recentemente, vivenciamos o “Movimento antivacina” que, apesar das inúmeras demonstrações da eficácia e importância das vacinas, cresce o número de pessoas que recusam a vacinar seus filhos, fomentando um movimento perigoso que pode trazer de volta doenças como a poliomielite. Entretanto, vale ressaltar que estes são apenas dois dos motivos os quais a queda foi atribuída, necessitando de mais pesquisas para elucidar o porquê a população brasileira está deixando de procurar as imunizações. Dessa maneira, apesar de no Brasil a vacinação ser gratuita, com a queda na imunização, há risco de aumento de casos de doenças que já foram consideradas erradicadas.
id UNINGA-1_681c9080180d078e5ba33490deda0753
oai_identifier_str oai:ojs.revista.uninga.br:article/3868
network_acronym_str UNINGA-1
network_name_str Revista Uningá (Online)
repository_id_str
spelling COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASILCobertura vacinalErradicação de DoençasImunizaçãoMovimento antivacinaProgramas de ImunizaçãoVacinaçãoO Programa Nacional de Imunizações, formulado pelo Ministério da Saúde, tem como maior objetivo instituir o calendário vacinal e distribuir vacinas, de forma gratuita, em âmbito nacional. Dessa forma, a imunização é uma das intervenções mais bem-sucedidas no controle de diversas doenças, entretanto, uma importante queda na cobertura vacinal tem sido observada no Brasil, aumentando o risco de doenças consideradas erradicadas. Dessa maneira, o objetivo é comparar a cobertura vacinal brasileira do ano de 2015 ao ano de 2020 e demonstrar a importância da vacinação e a provável segunda queda consecutiva da cobertura vacinal para o ano de 2020. As fontes de dados utilizadas foram retiradas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e a população em estudo corresponde a homens e mulheres, sem restrição de faixas etárias, residentes no Brasil. Desse modo, em 2015, a média da cobertura vacinal das cinco regiões brasileiras (norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste), foi de 95,07%. No ano seguinte, em 2016, a cobertura vacinal teve uma queda brusca para 50,44%, e em 2017 a taxa foi de 72,93%. Já no ano de 2018, a média ascendeu para 77,13%, porém, em 2019, caiu novamente para 72,74%. Considerando o atual mês do ano de 2020 (setembro), a taxa de vacinação de janeiro a setembro foi de 51,62%. Em relação à média de todos os anos, a região norte foi a que apresentou menor cobertura vacinal comparada com as outras regiões brasileiras. Nessa perspectiva, ao analisarmos a cobertura vacinal dos últimos anos, vemos como é drástica a queda da cobertura vacinal em uma comparação do ano de 2015 aos anos subsequentes. Além do mais, observamos uma notável queda no ano de 2019, e provável nova queda consecutiva para o ano de 2020, já que a cobertura vacinal de janeiro a setembro atingiu apenas 51,62%. Isso se deve em parte a atual epidemia do novo Coronavírus, em que grande parte da população evita ir às Unidades de Saúde buscar pelas vacinas; além disso, recentemente, vivenciamos o “Movimento antivacina” que, apesar das inúmeras demonstrações da eficácia e importância das vacinas, cresce o número de pessoas que recusam a vacinar seus filhos, fomentando um movimento perigoso que pode trazer de volta doenças como a poliomielite. Entretanto, vale ressaltar que estes são apenas dois dos motivos os quais a queda foi atribuída, necessitando de mais pesquisas para elucidar o porquê a população brasileira está deixando de procurar as imunizações. Dessa maneira, apesar de no Brasil a vacinação ser gratuita, com a queda na imunização, há risco de aumento de casos de doenças que já foram consideradas erradicadas.Editora Uningá2021-01-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uninga/article/view/386810.46311/2318-0579.57.eUJ3868Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 023-024Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 023-0242318-057910.46311/ru.v57iS1reponame:Revista Uningá (Online)instname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uninga/article/view/3868/227510.46311/ru.v57iS1.3868.g2275Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNALinfo:eu-repo/semantics/openAccessSardi, Maria Eduarda BaroniSilva, Leonardo ProençaTozzo, Maria Thereza BordignonSimião, Mariana Dos SantosGularte, MarianaSilva, Marina Candido daHapner, Luiz Renato Manfredini2021-02-04T21:42:35Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3868Revistahttps://revista.uninga.br/uninga/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uninga/oairevistauninga@uninga.edu.br2318-05792318-0579opendoar:2021-02-04T21:42:35Revista Uningá (Online) - Centro Universitário Uningáfalse
dc.title.none.fl_str_mv COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
title COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
spellingShingle COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
Sardi, Maria Eduarda Baroni
Cobertura vacinal
Erradicação de Doenças
Imunização
Movimento antivacina
Programas de Imunização
Vacinação
title_short COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
title_full COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
title_fullStr COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
title_full_unstemmed COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
title_sort COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
author Sardi, Maria Eduarda Baroni
author_facet Sardi, Maria Eduarda Baroni
Silva, Leonardo Proença
Tozzo, Maria Thereza Bordignon
Simião, Mariana Dos Santos
Gularte, Mariana
Silva, Marina Candido da
Hapner, Luiz Renato Manfredini
author_role author
author2 Silva, Leonardo Proença
Tozzo, Maria Thereza Bordignon
Simião, Mariana Dos Santos
Gularte, Mariana
Silva, Marina Candido da
Hapner, Luiz Renato Manfredini
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sardi, Maria Eduarda Baroni
Silva, Leonardo Proença
Tozzo, Maria Thereza Bordignon
Simião, Mariana Dos Santos
Gularte, Mariana
Silva, Marina Candido da
Hapner, Luiz Renato Manfredini
dc.subject.por.fl_str_mv Cobertura vacinal
Erradicação de Doenças
Imunização
Movimento antivacina
Programas de Imunização
Vacinação
topic Cobertura vacinal
Erradicação de Doenças
Imunização
Movimento antivacina
Programas de Imunização
Vacinação
description O Programa Nacional de Imunizações, formulado pelo Ministério da Saúde, tem como maior objetivo instituir o calendário vacinal e distribuir vacinas, de forma gratuita, em âmbito nacional. Dessa forma, a imunização é uma das intervenções mais bem-sucedidas no controle de diversas doenças, entretanto, uma importante queda na cobertura vacinal tem sido observada no Brasil, aumentando o risco de doenças consideradas erradicadas. Dessa maneira, o objetivo é comparar a cobertura vacinal brasileira do ano de 2015 ao ano de 2020 e demonstrar a importância da vacinação e a provável segunda queda consecutiva da cobertura vacinal para o ano de 2020. As fontes de dados utilizadas foram retiradas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e a população em estudo corresponde a homens e mulheres, sem restrição de faixas etárias, residentes no Brasil. Desse modo, em 2015, a média da cobertura vacinal das cinco regiões brasileiras (norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste), foi de 95,07%. No ano seguinte, em 2016, a cobertura vacinal teve uma queda brusca para 50,44%, e em 2017 a taxa foi de 72,93%. Já no ano de 2018, a média ascendeu para 77,13%, porém, em 2019, caiu novamente para 72,74%. Considerando o atual mês do ano de 2020 (setembro), a taxa de vacinação de janeiro a setembro foi de 51,62%. Em relação à média de todos os anos, a região norte foi a que apresentou menor cobertura vacinal comparada com as outras regiões brasileiras. Nessa perspectiva, ao analisarmos a cobertura vacinal dos últimos anos, vemos como é drástica a queda da cobertura vacinal em uma comparação do ano de 2015 aos anos subsequentes. Além do mais, observamos uma notável queda no ano de 2019, e provável nova queda consecutiva para o ano de 2020, já que a cobertura vacinal de janeiro a setembro atingiu apenas 51,62%. Isso se deve em parte a atual epidemia do novo Coronavírus, em que grande parte da população evita ir às Unidades de Saúde buscar pelas vacinas; além disso, recentemente, vivenciamos o “Movimento antivacina” que, apesar das inúmeras demonstrações da eficácia e importância das vacinas, cresce o número de pessoas que recusam a vacinar seus filhos, fomentando um movimento perigoso que pode trazer de volta doenças como a poliomielite. Entretanto, vale ressaltar que estes são apenas dois dos motivos os quais a queda foi atribuída, necessitando de mais pesquisas para elucidar o porquê a população brasileira está deixando de procurar as imunizações. Dessa maneira, apesar de no Brasil a vacinação ser gratuita, com a queda na imunização, há risco de aumento de casos de doenças que já foram consideradas erradicadas.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-01-22
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3868
10.46311/2318-0579.57.eUJ3868
url https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3868
identifier_str_mv 10.46311/2318-0579.57.eUJ3868
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3868/2275
10.46311/ru.v57iS1.3868.g2275
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNAL
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNAL
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora Uningá
publisher.none.fl_str_mv Editora Uningá
dc.source.none.fl_str_mv Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 023-024
Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 023-024
2318-0579
10.46311/ru.v57iS1
reponame:Revista Uningá (Online)
instname:Centro Universitário Uningá
instacron:UNINGA
instname_str Centro Universitário Uningá
instacron_str UNINGA
institution UNINGA
reponame_str Revista Uningá (Online)
collection Revista Uningá (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Uningá (Online) - Centro Universitário Uningá
repository.mail.fl_str_mv revistauninga@uninga.edu.br
_version_ 1797042166405529600