EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Uningá (Online) |
Texto Completo: | https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3848 |
Resumo: | A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, transmissível e de notificação compulsória em todo território nacional, causada pelo Mycobacterium leprae. Seus principais locais de acometimento são a pele e nervos periféricos, mas pode se manifestar de forma sistêmica, comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. No momento do diagnóstico classifica-se de acordo com acometimento, sendo dividida em paucibacilar (até 5 lesões de pele e/ou até 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia negativa) e Multibacilar (pessoas com mais de 5 lesões de pele e/ou mais de 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia positiva). Apresenta alta infectividade e baixa patogenicidade e seu tratamento ambulatorial tem base no esquema poliquimioterápico. O Brasil é, segundo a Organização Mundial de Saúde em 2017, o segundo país com maior número de casos no mundo, perdendo apenas para a Índia, sendo assim, um importante problema de saúde pública no país. O presente estudo busca analisar o perfil epidemiológico da população do estado do Paraná infectada pela bactéria Mycobacterium leprae, causadora da Hanseníase, e comparar o número de casos no Estado com os demais da região sul. Esse artigo trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, à partir de fontes de dados extraídas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo são residentes no estado do Paraná, no período de Janeiro de 2018 a Agosto de 2020, com a faixa etária de 0 a 80 anos de idade, de ambos os sexos. No período mencionado, foram registrados 604 casos de hanseníase no estado do Paraná, representando 64.4% dos casos na região sul do Brasil. O número de notificações(n) foi maior em pacientes do sexo masculino, correspondendo a 58,77% dos casos(n: 355), seguido do sexo feminino com 41,22%(n: 249). A faixa etária mais afetada foi de 50 a 59 anos, totalizando 130 casos, desses, 69 eram do sexo masculino e 61 do sexo feminino. Seguido da faixa etária de 60 a 69 anos com 126 casos, apresentando 80 casos do sexo masculino e 46 do sexo feminino. Conclui-se assim, que os aspectos aqui analisados evidenciam que, no período referido, houve uma prevalência de notificações no Paraná quando se comparada a outros estados da região sul. Assim, nota-se que a Hanseníase é, ainda, um dos principais desafios de saúde pública do Estado, uma hipótese que justifique, pode ser o fato de que os pacientes, muitas vezes, não são devidamente informados de que as sequelas deixadas pela doença, se diagnosticada tardiamente, permanecem mesmo depois da cura, isso favorece o estigma da doença e afeta de forma negativa os resultados das políticas de vigilância. Dessa forma, é necessária uma série de ações que levem a um diagnóstico precoce, bem como uma vigilância epidemiológica mais rígida e uma assistência ao doente eficaz, tanto no tratamento quanto na seguridade social desse paciente. |
id |
UNINGA-1_812ab989dca089aaf7d9a5237bc0546e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revista.uninga.br:article/3848 |
network_acronym_str |
UNINGA-1 |
network_name_str |
Revista Uningá (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATEPERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO INFECTADA COM HANSENÍASE NO ESTADO DO PARANÁHanseníaseInfectividadeLevantamento Epidemiológico.Mycobacterium lepraePatogenicidadeHanseníaseA hanseníase é uma doença infecciosa crônica, transmissível e de notificação compulsória em todo território nacional, causada pelo Mycobacterium leprae. Seus principais locais de acometimento são a pele e nervos periféricos, mas pode se manifestar de forma sistêmica, comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. No momento do diagnóstico classifica-se de acordo com acometimento, sendo dividida em paucibacilar (até 5 lesões de pele e/ou até 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia negativa) e Multibacilar (pessoas com mais de 5 lesões de pele e/ou mais de 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia positiva). Apresenta alta infectividade e baixa patogenicidade e seu tratamento ambulatorial tem base no esquema poliquimioterápico. O Brasil é, segundo a Organização Mundial de Saúde em 2017, o segundo país com maior número de casos no mundo, perdendo apenas para a Índia, sendo assim, um importante problema de saúde pública no país. O presente estudo busca analisar o perfil epidemiológico da população do estado do Paraná infectada pela bactéria Mycobacterium leprae, causadora da Hanseníase, e comparar o número de casos no Estado com os demais da região sul. Esse artigo trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, à partir de fontes de dados extraídas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo são residentes no estado do Paraná, no período de Janeiro de 2018 a Agosto de 2020, com a faixa etária de 0 a 80 anos de idade, de ambos os sexos. No período mencionado, foram registrados 604 casos de hanseníase no estado do Paraná, representando 64.4% dos casos na região sul do Brasil. O número de notificações(n) foi maior em pacientes do sexo masculino, correspondendo a 58,77% dos casos(n: 355), seguido do sexo feminino com 41,22%(n: 249). A faixa etária mais afetada foi de 50 a 59 anos, totalizando 130 casos, desses, 69 eram do sexo masculino e 61 do sexo feminino. Seguido da faixa etária de 60 a 69 anos com 126 casos, apresentando 80 casos do sexo masculino e 46 do sexo feminino. Conclui-se assim, que os aspectos aqui analisados evidenciam que, no período referido, houve uma prevalência de notificações no Paraná quando se comparada a outros estados da região sul. Assim, nota-se que a Hanseníase é, ainda, um dos principais desafios de saúde pública do Estado, uma hipótese que justifique, pode ser o fato de que os pacientes, muitas vezes, não são devidamente informados de que as sequelas deixadas pela doença, se diagnosticada tardiamente, permanecem mesmo depois da cura, isso favorece o estigma da doença e afeta de forma negativa os resultados das políticas de vigilância. Dessa forma, é necessária uma série de ações que levem a um diagnóstico precoce, bem como uma vigilância epidemiológica mais rígida e uma assistência ao doente eficaz, tanto no tratamento quanto na seguridade social desse paciente.Editora Uningá2021-01-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uninga.br/uninga/article/view/384810.46311/2318-0579.57.eUJ3848Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 064-065Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 064-0652318-057910.46311/ru.v57iS1reponame:Revista Uningá (Online)instname:Centro Universitário Uningáinstacron:UNINGAporhttps://revista.uninga.br/uninga/article/view/3848/229610.46311/ru.v57iS1.3848.g2296Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNALinfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Taís Lorrane MendesMoraes, Eloyne Sartor HolandaZava, Júlia Maria Orsinida Silva, Marina CândidoRodrigues, Rebecca Carolina SanchesVolpe, Roberta Ayres Ferreira2021-02-04T21:42:35Zoai:ojs.revista.uninga.br:article/3848Revistahttps://revista.uninga.br/uninga/indexPUBhttps://revista.uninga.br/uninga/oairevistauninga@uninga.edu.br2318-05792318-0579opendoar:2021-02-04T21:42:35Revista Uningá (Online) - Centro Universitário Uningáfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO INFECTADA COM HANSENÍASE NO ESTADO DO PARANÁ |
title |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE |
spellingShingle |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE Silva, Taís Lorrane Mendes Hanseníase Infectividade Levantamento Epidemiológico. Mycobacterium leprae Patogenicidade Hanseníase |
title_short |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE |
title_full |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE |
title_fullStr |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE |
title_full_unstemmed |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE |
title_sort |
EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF LEPROSY INFECTED POPULATION IN PARANA STATE |
author |
Silva, Taís Lorrane Mendes |
author_facet |
Silva, Taís Lorrane Mendes Moraes, Eloyne Sartor Holanda Zava, Júlia Maria Orsini da Silva, Marina Cândido Rodrigues, Rebecca Carolina Sanches Volpe, Roberta Ayres Ferreira |
author_role |
author |
author2 |
Moraes, Eloyne Sartor Holanda Zava, Júlia Maria Orsini da Silva, Marina Cândido Rodrigues, Rebecca Carolina Sanches Volpe, Roberta Ayres Ferreira |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Taís Lorrane Mendes Moraes, Eloyne Sartor Holanda Zava, Júlia Maria Orsini da Silva, Marina Cândido Rodrigues, Rebecca Carolina Sanches Volpe, Roberta Ayres Ferreira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Hanseníase Infectividade Levantamento Epidemiológico. Mycobacterium leprae Patogenicidade Hanseníase |
topic |
Hanseníase Infectividade Levantamento Epidemiológico. Mycobacterium leprae Patogenicidade Hanseníase |
description |
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, transmissível e de notificação compulsória em todo território nacional, causada pelo Mycobacterium leprae. Seus principais locais de acometimento são a pele e nervos periféricos, mas pode se manifestar de forma sistêmica, comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. No momento do diagnóstico classifica-se de acordo com acometimento, sendo dividida em paucibacilar (até 5 lesões de pele e/ou até 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia negativa) e Multibacilar (pessoas com mais de 5 lesões de pele e/ou mais de 1 tronco nervoso acometido e/ou baciloscopia positiva). Apresenta alta infectividade e baixa patogenicidade e seu tratamento ambulatorial tem base no esquema poliquimioterápico. O Brasil é, segundo a Organização Mundial de Saúde em 2017, o segundo país com maior número de casos no mundo, perdendo apenas para a Índia, sendo assim, um importante problema de saúde pública no país. O presente estudo busca analisar o perfil epidemiológico da população do estado do Paraná infectada pela bactéria Mycobacterium leprae, causadora da Hanseníase, e comparar o número de casos no Estado com os demais da região sul. Esse artigo trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, à partir de fontes de dados extraídas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo são residentes no estado do Paraná, no período de Janeiro de 2018 a Agosto de 2020, com a faixa etária de 0 a 80 anos de idade, de ambos os sexos. No período mencionado, foram registrados 604 casos de hanseníase no estado do Paraná, representando 64.4% dos casos na região sul do Brasil. O número de notificações(n) foi maior em pacientes do sexo masculino, correspondendo a 58,77% dos casos(n: 355), seguido do sexo feminino com 41,22%(n: 249). A faixa etária mais afetada foi de 50 a 59 anos, totalizando 130 casos, desses, 69 eram do sexo masculino e 61 do sexo feminino. Seguido da faixa etária de 60 a 69 anos com 126 casos, apresentando 80 casos do sexo masculino e 46 do sexo feminino. Conclui-se assim, que os aspectos aqui analisados evidenciam que, no período referido, houve uma prevalência de notificações no Paraná quando se comparada a outros estados da região sul. Assim, nota-se que a Hanseníase é, ainda, um dos principais desafios de saúde pública do Estado, uma hipótese que justifique, pode ser o fato de que os pacientes, muitas vezes, não são devidamente informados de que as sequelas deixadas pela doença, se diagnosticada tardiamente, permanecem mesmo depois da cura, isso favorece o estigma da doença e afeta de forma negativa os resultados das políticas de vigilância. Dessa forma, é necessária uma série de ações que levem a um diagnóstico precoce, bem como uma vigilância epidemiológica mais rígida e uma assistência ao doente eficaz, tanto no tratamento quanto na seguridade social desse paciente. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-01-25 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3848 10.46311/2318-0579.57.eUJ3848 |
url |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3848 |
identifier_str_mv |
10.46311/2318-0579.57.eUJ3848 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3848/2296 10.46311/ru.v57iS1.3848.g2296 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNAL info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2021 UNINGÁ JOURNAL |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora Uningá |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Uningá; Vol. 57 No. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 064-065 Revista Uningá; v. 57 n. S1 (2020): Anais do 1º Congresso Interligas de Medicina UNINGÁ; 064-065 2318-0579 10.46311/ru.v57iS1 reponame:Revista Uningá (Online) instname:Centro Universitário Uningá instacron:UNINGA |
instname_str |
Centro Universitário Uningá |
instacron_str |
UNINGA |
institution |
UNINGA |
reponame_str |
Revista Uningá (Online) |
collection |
Revista Uningá (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Uningá (Online) - Centro Universitário Uningá |
repository.mail.fl_str_mv |
revistauninga@uninga.edu.br |
_version_ |
1797042166150725632 |