PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE TUBERCULOSE INFANTOJUVENIL NO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Anna Maria Andrade
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Tessari, Bernardo Malheiros, Freitas, Yuri Borges Bitu de, Arantes, Bárbara de Oliveira, Silva, Antonio Márcio Teodoro Cordeiro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Uningá (Online)
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uninga/article/view/3896
Resumo: Apesar da tuberculose (TB) ser uma doença evitável e curável, trata-se um importante problema de saúde pública, sendo considerada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como uma emergência mundial. A TB infantil representa acontecimento-sentinela, sinalizando o contacto com um adulto ou adolescente bacilífero, o que obriga a um inquérito epidemiológico, rastreio dos contatos e tratamento dos indivíduos doentes. Em crianças com até aos cinco anos de idade, tanto o risco de progressão para doença ativa, como o de desenvolvimento de quadros clínicos mais graves são inversamente proporcionais à idade, uma vez que, nesta faixa etária, existe algum grau de compromisso da resposta imunológica. Diante desse panorama tem-se por objetivo descrever o perfil epidemiológico da tuberculose, em crianças e adolescentes, até 19 anos, no Brasil, analisando os dados de região do país, faixa etária, sexo, etnia, coinfecção com HIV, abandono do tratamento, cura e evolução para óbito, na população estudada por meio de estudo epidemiológico, sobre TB em crianças e adolescentes, no período de 2001 a 2019, no território nacional, com informações referentes à tabulação e interpretação dos dados extraídos do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo DATASUS. Sob a luz da análise de dados em relação à distribuição demográfica, a região Sudeste permaneceu com os maiores números de casos confirmados de tuberculose, em menores de 19 anos, durante todo o período analisado. Já a região Centro-Oeste teve os menores valores. Todavia, ambas as regiões tiveram decréscimo desses índices, quando comparados os anos de 2001 e 2019; na região Sudeste houve diminuição de 10% e na Centro-Oeste, de 43%. Analisando a prevalência: por sexo, o masculino foi responsável por 55% do total; por faixa etária, 64% dos pacientes tinham de 15 a 19 anos; e, por etnia, a parda teve 40% do total de casos de tuberculose. Entretanto, 23% dos casos tiveram a etnia ignorada ou deixada em branco. Já sobre a questão da coinfecção com HIV, a positividade ocorreu em 3% dos casos. É importante ressaltar a grande quantidade de casos, com testes ignorados/brancos, em andamento e não realizados; 0,2%, 7% e 43%, respectivamente. Em 10% dos casos, houve abandono do tratamento, em 74% cura e, em 0,8%, óbito. A faixa etária de menor de 1 ano obteve os piores índices, com menor percentual de cura e maior de óbitos, 63% e 2,6%, respectivamente. O melhor prognóstico observado foi na faixa de 10 a 14, com 77,6% de cura e 0,6% de óbito. Portanto, vale evidenciar que foram observadas diminuições nos casos de tuberculose, em diferentes contextos, alta prevalência dos índices de óbito e mortalidade em relação à população jovem, na faixa etária de menores de 1 ano. Vale lembrar da população masculina e parda, não concomitantemente, como maiorias afetadas. Ressalta-se carência de informações relativas à etnia e aos testes ignorados/brancos, como limitação do estudo.
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