ESTUDO RETROSPECTIVO DA ETIOLOGIA E SENSIBILIDADE ANTIBIÓTICA DE AGENTES MICROBIANOS ASSOCIADOS À OTITE EXTERNA EM CÃES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: YASUMITSU, CAROLINA YUKA
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: NICOLIM, TATIANE CRISTINA, BARÉA, THAINÁ NAYANI CHAVES, STECANELLA, VITÓRIA GÂMBARO, ROMANI, ISAAC, MOLINARI, BRUNA LETÍCIA DOMINGUES
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: UNINGÁ Review
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3056
Resumo: As otites representam cerca de 8% a 15% dos casos atendidos em clínicas veterinárias do Brasil. Muitos agentes como a levedura Malassezia pachydermatis e bactérias dos gêneros Staphylococcus, Streptococcus e Proteus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli podem estar envolvidos com o surgimento e a manutenção dos quadros clínicos. O diagnóstico e tratamento inadequados contribuem para o surgimento de resistência microbiana e favorecem recidivas. O objetivo deste trabalho foi identificar os agentes etiológicos mais prevalentes nos casos de otite externa canina, assim como os principais antibióticos com maior e menor eficácia para o tratamento da mesma. Foram utilizados 117 laudos de animais entre 2 meses e 17 anos positivos para otite externa obtidos na Clínica Veterinária UNINGÁ entre os anos de 2016 e 2017. Com relação à idade e o sexo dos animais, observou-se predomínio de otite em cães fêmeas (66%) com idade de 0 a 3 anos (43,6%), sendo possível observar um declínio em animais considerados adultos (3,1 a 6 anos), e um aumento considerável em cães idosos. Em 87 (74,4%) laudos, dois ou mais agentes foram isolados simultaneamente, caracterizando infecções mistas, enquanto em 30 (25,6%) foram detectadas infecções singulares. Os agentes etiológicos mais comumente encontrados foram a bactéria Staphylococcus sp. (63,3%), e a levedura Malassezia sp. (16,6%), microrganismos comensais da pele e patógenos oportunistas. Em relação aos antibióticos testados, os mais eficazes foram a Tobramicina (84,7%), Gentamicina (75,4%), Neomicina (66,2%), Cloranfenicol (61,1%), Ciprofloxacina (58,1%), Enrofloxacina (54,3%) e Amoxicilina (53,8%). Enquanto os antibióticos que demonstraram menor eficiência foram a Clindamicina (69,2%), Cefalexina (64,3%) e Tetraciclina (58,3%). A porcentagem de eficiência antibiótica foi calculada com base na quantidade de vezes que determinado fármaco foi testado. Por ser uma afecção multifatorial de etiologia complexa, o diagnóstico precoce de casos de otite externa e a realização do teste de antibiograma é de extrema importância para o sucesso do tratamento. A posse responsável e cuidados rotineiros simples por parte do proprietário também auxiliam na prevenção da doença, principalmente nos cães que possuem fatores predisponentes, tais como conformação da orelha e excesso de pelo, afim de evitar a proliferação de microrganismos oportunistas.
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