PERFIL HEMATOLÓGICO E BIOQUÍMICO DE CÃES IDOSOS ATENDIDOS EM UMA CLÍNICA VETERINÁRIA DA CIDADE DE MARINGÁ
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | UNINGÁ Review |
Texto Completo: | https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3066 |
Resumo: | Mudanças de hábitos da população repercutiram de forma significativa no cuidado e na relação com os animais de companhia. Esses hábitos, somados aos avanços na medicina veterinária, fazem com que cães vivam mais e que patologias características do envelhecimento sejam mais frequentes. Dentre as patologias, destacam-se as doenças musculoesqueléticas, alterações metabólicas, cardiopatias, problemas renais, alterações cognitivas e neoplasias. Dentro desse contexto, esse estudo teve por objetivo realizar uma análise retrospectiva dos exames realizados em cães com idade superior a oito anos, no período de setembro de 2018 a março de 2019, na Clínica Veterinária do Centro Universitário Ingá. Foram levantados dados referentes aos animais como idade, raça, sexo e resultados de hemogramas e testes bioquímicos realizados. No período avaliado foram identificados 145 cães com idade superior a 8 anos, sendo 90 machos (62%) e 55 fêmeas (32%). Com relação a raça, 50% não possuía raça definida (SRD). Entre os parâmetros hematológicos avaliados observou-se que a média de eritrócitos foi de 6,22x106/µL, a de concentração de hemoglobina foi 14,22 g/dL e a do hematócrito foi de 41,29%. Cinquenta e dois animais (35,86%) apresentaram anemia. Em relação à série branca, em 34 cães (23,44%) observou-se leucocitose e em apenas 8 (5,51%) leucopenia, sendo a média de leucócitos totais igual a 14.250/µL. Em relação às plaquetas, a média foi de 323.151/µL, com 34 animais (23,44%) apresentando trombocitopenia e 21 (14,48%) trombocitose. Nas avaliações bioquímicas, os exames mais solicitados foram creatinina e ALT, sendo que 24 animais (16,55%) apresentaram valores acima da referência para um dos parâmetros e 4 apresentaram alterações em ambos. Foi possível concluir que anemia e trombocitopenia foram as alterações mais visualizadas nos cães idosos. Esses achados reforçam a importância da realização de exames e avaliações médicas periódicas, uma vez que os exames geriátricos ajudam a identificar precocemente os problemas, em vez de esperar pelos sinais tardios e óbvios de uma doença grave. Com esses resultados em mãos, os veterinários clínicos podem ter uma abordagem melhor na manutenção dos animais idosos, contribuindo para o prolongamento e melhoria da qualidade de vida desses animais. |
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