DOENÇA INFECCIOSA IMUNOSSUPRESSORA EM FELINO: RELATO DE CASO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | UNINGÁ Review |
Texto Completo: | https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3080 |
Resumo: | Entre as diversas doenças infecciosas felinas, algumas virais são cada vez mais comuns. O Coronavírus felino (FCoV), é um vírus de RNA de cadeia simples. Estima-se que a percentagem de animais soropositivos para FCoV é 82% em feiras de gatos, 53% em gatos com pedigree, 28% dos gatos domésticos em residências com vários gatos e 15% em gatos domésticos de casas com apenas um gato. A Peritonite Infecciosa felina (PIF) é uma mutação do coronavírus entérico felino, que possui sinais clínicos tardios e inespecíficos. O tratamento realizado é de suporte, que estimule a resposta do sistema imunológico. O objetivo do trabalho foi relatar o caso de um paciente portador de doença infecciosa imunossupressora, cujas características clínicas e laboratoriais eram indicativas de PIF. Foi atendido na clínica veterinária da Uningá, um felino, SRD, com 3 anos. O tutor relatou que o animal tinha acesso à rua, e nunca foi vacinado. A queixa principal era emagrecimento com episódios de apatia progressivos, sendo que o mesmo, apresentou-se em prostração e anorexia há dois dias. O animal foi submetido a exames complementares, sendo eles hemograma completo, bioquímicos, exame radiográfico. Os resultados observados foram leucopenia, trombocitopenia, a relação albumina/globulina (A/G) de 0,22, hiperproteinemia, valores de ureia aumentado no sangue, e o exame radiográfico sem alterações. O felino foi internado, recebeu fluidoterapia intravenosa, e estimulação a ingestão de alimento e água. Após a estabilização, foi instruído ao proprietário a manipulação do Interferon A2, 30 UI/gotas administrando uma gota a cada 24 horas por 7 dias, alternados. Foi realizado o PCR para a pesquisa do Coronavirus felino, com amostra de sangue total e fezes, tendo como resultado negativo, foi mantido o tratamento devido a imunossupressão. Após o internamento do felino, apresentou prognostico favorável. Em retornos posteriores o paciente mostrou-se ativo, e com resposta positiva ao tratamento com Interferon A2, contudo são realizados hemogramas regularmente. Estudos mostram que a relação de A/G sérica: menor que 0,8g/dL são altamente preditivos à PIF. Porém, com esse relato, foi possível concluir que mesmo diante dos sinais clínicos e hematológicos sugestivos de PIF, o diagnóstico de doenças infecciosas em felinos, é complexo, e deve ser visto com atenção a imunossupressão causada, para evitar doenças secundárias. |
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