AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS VITAIS E EFEITO ANALGÉSICO DA ASSOCIAÇÃO DEXMEDETOMIDINA-ROPIVACAÍNA PELA VIA EPIDURAL EM CÃES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOPÉDICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: STECANELLA, VITÓRIA GÂMBARO
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: GOBETTI, DENYSE DALABÍLIA, SANCHES, LÍDIA TRISTÃO, NIRO, LORRAINE MAYUMI, ROMANI, ISAAC, SOUZA, MICHELLE CAMPANO DE
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: UNINGÁ Review
Texto Completo: https://revista.uninga.br/uningareviews/article/view/3051
Resumo: Patologias ortopédicas compreendem um terço da rotina clínico-cirúrgica veterinária, com isto, cirurgias nesta categoria tem possibilitado qualidade de tratamento em animais fraturados e em outras patologias ortopédicas. Devido a intensidade dolorosa que cirurgias ortopédicas proporcionam, a técnica anestésica epidural tem sido recomendada a fim de permitir analgesia eficiente para os pacientes. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os parâmetros frequência cardíaca, frequência respiratória, glicemia e efeito analgésico da associação ropivacaína-dexmedetomidina (RD), administrada pela via epidural, em cães submetidos a procedimento cirúrgico ortopédico em membro pélvico. Quatro cães hígidos, de ambos os sexos e diferentes pesos, foram encaminhados para a cirurgia com o protocolo de medicação pré-anestésica acepromazina 0,2% (0,03 mg/Kg) associada ao midazolam 0,5% (0,2 mg/Kg), ambos pela via intramuscular. Para indução e manutenção utilizou-se propofol 1% (5 mg/Kg), pela via intravenosa, e isoflurano, pela via inalatória. Os animais receberam por via epidural ropivacaína 1% (20 ml) associada em solução única a dexmedetomidina (0,04 ml), utilizando a dose de 0,1 ml/Kg da combinação. A dor pós-operatória foi avaliada por meio da escala de escore da dor da Universidade de Melbourne, imediatamente após extubação (T0) e 1, 2, 3 e 4 horas após a cirurgia, totalizando 5 avaliações. Com base nos resultados obtidos, não houve diferenças estatísticas significativas para frequência cardíaca e respiratória nos diferentes tempos avaliados. No entanto, a glicemia encontrou-se aumentada logo após a extubação (T0) quando comparada aos demais tempos analisados. Quanto a analgesia, verificou-se que houve variações no escore de dor durante os tempos avaliados, mas somente um animal necessitou de resgate analgésico, pois o mesmo apresentou escore 10 de acordo com escala de dor. O resgate analgésico foi feito com metadona 1% (0,5 mg/Kg). Diante dos dados apresentados, conclui-se que o protocolo dexmedetomidina associado a ropivacaína, via epidural, promovem uma boa analgesia pós-operatória, o que proporciona uma melhor recuperação anestésica aos animais, mas como efeito indesejável, causa uma hiperglicemia decorrente do efeito hiperglicemiante da dexmedetodimina.
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