A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ambientes (Francisco Beltrão) |
Texto Completo: | https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/26587 |
Resumo: | O presente artigo foi elaborado a partir das reflexões de Ana Maria Primavesi sobre a importância do solo para a vida, bem como de sua vasta contribuição nos campos da agricultura e agroecologia. Nele, busca-se traçar um paralelo entre sucessão ecológica, que desencadeia a formação de solos e, consequentemente, o surgimento de diferentes ecossistemas, além de discutir a importância do processo de decomposição da matéria orgânica em solos tropicais, onde a biocenose do solo é pobre, porém viva, conceito que, a princípio, pode parecer contraditório, mas que é complementar e fundamental. Procura-se explicar também que, a partir de pesquisas desta cientista, a concepção de solo (vivo) se tornou fundamental para os estudos relacionados à agroecologia. As informações aqui sistematizadas estão fundamentadas em três fontes: a primeira emana da própria Ana, com quem tive o privilégio de conviver nos seus últimos anos de vida, o que me possibilitou escrever sua biografia; a segunda fonte são os livros e artigos científicos que ela publicou; e a terceira, importante e relevante, são os manuscritos que nos legou, os quais, pouco a pouco, fui digitalizando e disponibilizando na internet. Estes textos – que ela não publicou – estão em folhas soltas, sem data e, com eles, acredito, ela gestou o embrião de seus futuros livros. Quase todos já estão disponíveis no site que organizei (www.anamariaprimavesi.com.br). Assim, optei, neste artigo, por colocar a essência (sob a perspectiva da agroecologia) do que esta grande cientista sempre defendeu: a diferença entre os solos tropicais e os temperados e, como essa diferença define um manejo nos trópicos completamente diferente do que se pratica no hemisfério norte. Ademais, mesmo antes de se usar o termo “sucessão ecológica” ou “trofobiose”, Ana já havia trabalhado esses conceitos, evidenciando as diferentes comunidades clímax de determinados ambientes, e estudando nutrição vegetal a partir do aporte científico que trouxe de sua formação na Áustria, e de seu contínuo trabalho de pesquisa, que permeou toda a sua vida acadêmica no Brasil. |
id |
UNIOESTE-4_3847480267f33100af87bfdcabd37100 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.e-revista.unioeste.br:article/26587 |
network_acronym_str |
UNIOESTE-4 |
network_name_str |
Ambientes (Francisco Beltrão) |
repository_id_str |
|
spelling |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria PrimavesiAna Primavesiagroecologiabiocenosesolo vivotrofobiose.O presente artigo foi elaborado a partir das reflexões de Ana Maria Primavesi sobre a importância do solo para a vida, bem como de sua vasta contribuição nos campos da agricultura e agroecologia. Nele, busca-se traçar um paralelo entre sucessão ecológica, que desencadeia a formação de solos e, consequentemente, o surgimento de diferentes ecossistemas, além de discutir a importância do processo de decomposição da matéria orgânica em solos tropicais, onde a biocenose do solo é pobre, porém viva, conceito que, a princípio, pode parecer contraditório, mas que é complementar e fundamental. Procura-se explicar também que, a partir de pesquisas desta cientista, a concepção de solo (vivo) se tornou fundamental para os estudos relacionados à agroecologia. As informações aqui sistematizadas estão fundamentadas em três fontes: a primeira emana da própria Ana, com quem tive o privilégio de conviver nos seus últimos anos de vida, o que me possibilitou escrever sua biografia; a segunda fonte são os livros e artigos científicos que ela publicou; e a terceira, importante e relevante, são os manuscritos que nos legou, os quais, pouco a pouco, fui digitalizando e disponibilizando na internet. Estes textos – que ela não publicou – estão em folhas soltas, sem data e, com eles, acredito, ela gestou o embrião de seus futuros livros. Quase todos já estão disponíveis no site que organizei (www.anamariaprimavesi.com.br). Assim, optei, neste artigo, por colocar a essência (sob a perspectiva da agroecologia) do que esta grande cientista sempre defendeu: a diferença entre os solos tropicais e os temperados e, como essa diferença define um manejo nos trópicos completamente diferente do que se pratica no hemisfério norte. Ademais, mesmo antes de se usar o termo “sucessão ecológica” ou “trofobiose”, Ana já havia trabalhado esses conceitos, evidenciando as diferentes comunidades clímax de determinados ambientes, e estudando nutrição vegetal a partir do aporte científico que trouxe de sua formação na Áustria, e de seu contínuo trabalho de pesquisa, que permeou toda a sua vida acadêmica no Brasil.EDUNIOESTE (Editora da UNIOESTE)2020-12-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/2658710.48075/amb.v2i2.26587AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política; v. 2 n. 2 (2020): Segundo Semestre; 1902674-6816reponame:Ambientes (Francisco Beltrão)instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)instacron:UNIOESTEporhttps://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/26587/16644Copyright (c) 2020 AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Políticainfo:eu-repo/semantics/openAccessMendonça Knabben, Virgínia2023-07-07T20:06:53Zoai:ojs.e-revista.unioeste.br:article/26587Revistahttps://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientesPUBhttps://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/oairevista.ambientes@unioeste.br2674-68162674-6816opendoar:2023-07-07T20:06:53Ambientes (Francisco Beltrão) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi |
title |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi |
spellingShingle |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi Mendonça Knabben, Virgínia Ana Primavesi agroecologia biocenose solo vivo trofobiose. |
title_short |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi |
title_full |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi |
title_fullStr |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi |
title_full_unstemmed |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi |
title_sort |
A importância do conhecimento e do manejo biológico do solo tropical para a agroecologia sob a perspectiva de Ana Maria Primavesi |
author |
Mendonça Knabben, Virgínia |
author_facet |
Mendonça Knabben, Virgínia |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mendonça Knabben, Virgínia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ana Primavesi agroecologia biocenose solo vivo trofobiose. |
topic |
Ana Primavesi agroecologia biocenose solo vivo trofobiose. |
description |
O presente artigo foi elaborado a partir das reflexões de Ana Maria Primavesi sobre a importância do solo para a vida, bem como de sua vasta contribuição nos campos da agricultura e agroecologia. Nele, busca-se traçar um paralelo entre sucessão ecológica, que desencadeia a formação de solos e, consequentemente, o surgimento de diferentes ecossistemas, além de discutir a importância do processo de decomposição da matéria orgânica em solos tropicais, onde a biocenose do solo é pobre, porém viva, conceito que, a princípio, pode parecer contraditório, mas que é complementar e fundamental. Procura-se explicar também que, a partir de pesquisas desta cientista, a concepção de solo (vivo) se tornou fundamental para os estudos relacionados à agroecologia. As informações aqui sistematizadas estão fundamentadas em três fontes: a primeira emana da própria Ana, com quem tive o privilégio de conviver nos seus últimos anos de vida, o que me possibilitou escrever sua biografia; a segunda fonte são os livros e artigos científicos que ela publicou; e a terceira, importante e relevante, são os manuscritos que nos legou, os quais, pouco a pouco, fui digitalizando e disponibilizando na internet. Estes textos – que ela não publicou – estão em folhas soltas, sem data e, com eles, acredito, ela gestou o embrião de seus futuros livros. Quase todos já estão disponíveis no site que organizei (www.anamariaprimavesi.com.br). Assim, optei, neste artigo, por colocar a essência (sob a perspectiva da agroecologia) do que esta grande cientista sempre defendeu: a diferença entre os solos tropicais e os temperados e, como essa diferença define um manejo nos trópicos completamente diferente do que se pratica no hemisfério norte. Ademais, mesmo antes de se usar o termo “sucessão ecológica” ou “trofobiose”, Ana já havia trabalhado esses conceitos, evidenciando as diferentes comunidades clímax de determinados ambientes, e estudando nutrição vegetal a partir do aporte científico que trouxe de sua formação na Áustria, e de seu contínuo trabalho de pesquisa, que permeou toda a sua vida acadêmica no Brasil. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-12-18 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/26587 10.48075/amb.v2i2.26587 |
url |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/26587 |
identifier_str_mv |
10.48075/amb.v2i2.26587 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/26587/16644 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2020 AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2020 AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
EDUNIOESTE (Editora da UNIOESTE) |
publisher.none.fl_str_mv |
EDUNIOESTE (Editora da UNIOESTE) |
dc.source.none.fl_str_mv |
AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política; v. 2 n. 2 (2020): Segundo Semestre; 190 2674-6816 reponame:Ambientes (Francisco Beltrão) instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) instacron:UNIOESTE |
instname_str |
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) |
instacron_str |
UNIOESTE |
institution |
UNIOESTE |
reponame_str |
Ambientes (Francisco Beltrão) |
collection |
Ambientes (Francisco Beltrão) |
repository.name.fl_str_mv |
Ambientes (Francisco Beltrão) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista.ambientes@unioeste.br |
_version_ |
1797047768562270208 |