A fronteira abissal no Oeste do Pará: Conflitos geoepistêmicos frente à implantação de grandes projetos espaciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zilio, Rafael
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ambientes (Francisco Beltrão)
Texto Completo: https://e-revista.unioeste.br/index.php/ambientes/article/view/27318
Resumo: A Amazônia enquanto “fronteira” pode ser entendida através da expansão geográfica do capital materi­alizada na implantação de grandes projetos espaciais como portos, usinas hidrelétricas, estradas e as grandes extensões de terra vinculadas ao agronegócio. Contudo, diversas gentes resistem e existem ape­sar e mesmo contra tais projetos, seja pela manutenção de seu território, seja pela manutenção da própria vida: ribeirinhos, “indígenas”, quilombolas, trabalhadores rurais etc. Nossa mirada é sobre as lógicas es­paciais em tensão entre esses dois desiguais grupos, o que implica dizer que, além de serem conflitos de territorialidades e ambientais, também são conflitos geoepistêmicos. Na primeira seção refletimos sobre a “fronteira do capital” e apresentamos a abordagem de uma “fronteira abissal” para dar conta de tais lógicas espaciais em tensão. Após, contextualizamos o oeste do Pará, mais precisamente a região que tem Santarém como cidade principal, no que se refere à implantação dos grandes projetos espaciais, des­tacando o caso do “Porto do Maicá” e seu possível avanço sobre territorialidades ribeirinhas e quilombo­las. A seguir, nos aprofundamos no caso da autodemarcação da Terra Indígena Munduruku no Planalto Santareno, e em como tal território é ameaçado pela expansão do agronegócio. Relacionamos, na seção seguinte, os conflitos geoepistêmicos a partir do contexto da contemporânea encruzilhada civilizatória com a necessidade de compreensão do sentido de autonomia que diversos povos trazem para enfrentar a fronteira abissal. Por fim, arrematamos defendendo a importância da ideia de fronteira abissal na aná­lise dos conflitos geoepistêmicos presentes no oeste do Pará em particular e, talvez, na Amazônia em geral.
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