CONDIÇÃO DE SAÚDE E PRÁTICAS DE CUIDADO DURANTE O PRÉ-NATAL: AUTOPERCEPÇÃO DE MULHERES GRÁVIDAS
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Gepesvida |
Texto Completo: | http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/8691 |
Resumo: | Este estudo de abordagem qualitativa fenomenológica analisou a autopercepção de mulheres grávidas sobre sua condição de saúde e sobre as práticas de cuidado pela equipe de Atenção Primária à Saúde (APS) durante o pré-natal. Entrevistas individuais semiestruturadas, gravadas e transcritas, foram realizadas com gestantes usuárias da APS em uma Unidade de Saúde (US) de município litorâneo de pequeno porte do Sul do Brasil (n=7). O material textual foi organizado no software Visual Qualitative Data Analysis (ATLAS.ti) e interpretado pela análise de conteúdo. Os resultados mostraram que, na percepção das gestantes, ter saúde envolve a ausência de doenças, mas também o sentir-se bem, cuidar de si e do corpo, se alimentar bem, fazer vacinas, não sentir dor, ter uma vida tranquila, trabalho, casa e comida. Alterações ocorridas no corpo grávido afetaram estas mulheres de modos distintos – sentimentos positivos, de conformismo/naturalidade e de insatisfação com a condição corporal. A satisfação com o cuidado durante o pré-natal foi associada à postura acolhedora da equipe de saúde. Situações de interação das gestantes com diferentes profissionais da equipe de APS foram observadas. Dificuldades na comunicação identificadas em determinados profissionais da equipe e a fragilidade na privacidade nas consultas em uma US pequena, foram aspectos que geraram sentimentos de insatisfação nas gestantes. As gestantes reconheceram o pré-natal como um dispositivo de cuidado essencial para prevenção e tratamento de doenças e atenção à saúde do bebê. A relação do pré-natal com ações de educação-promoção da saúde não foi identificada neste estudo. Pesquisas complementares são recomendadas, agregando a percepção das famílias e profissionais da APS que atuam no cuidado às gestantes. |
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CONDIÇÃO DE SAÚDE E PRÁTICAS DE CUIDADO DURANTE O PRÉ-NATAL: AUTOPERCEPÇÃO DE MULHERES GRÁVIDASGestantes. Cuidado Pré-Natal. Assistência Integral à Saúde. Atenção Primária à Saúde. Pesquisa Qualitativa.Saúde ColetivaEste estudo de abordagem qualitativa fenomenológica analisou a autopercepção de mulheres grávidas sobre sua condição de saúde e sobre as práticas de cuidado pela equipe de Atenção Primária à Saúde (APS) durante o pré-natal. Entrevistas individuais semiestruturadas, gravadas e transcritas, foram realizadas com gestantes usuárias da APS em uma Unidade de Saúde (US) de município litorâneo de pequeno porte do Sul do Brasil (n=7). O material textual foi organizado no software Visual Qualitative Data Analysis (ATLAS.ti) e interpretado pela análise de conteúdo. Os resultados mostraram que, na percepção das gestantes, ter saúde envolve a ausência de doenças, mas também o sentir-se bem, cuidar de si e do corpo, se alimentar bem, fazer vacinas, não sentir dor, ter uma vida tranquila, trabalho, casa e comida. Alterações ocorridas no corpo grávido afetaram estas mulheres de modos distintos – sentimentos positivos, de conformismo/naturalidade e de insatisfação com a condição corporal. A satisfação com o cuidado durante o pré-natal foi associada à postura acolhedora da equipe de saúde. Situações de interação das gestantes com diferentes profissionais da equipe de APS foram observadas. Dificuldades na comunicação identificadas em determinados profissionais da equipe e a fragilidade na privacidade nas consultas em uma US pequena, foram aspectos que geraram sentimentos de insatisfação nas gestantes. As gestantes reconheceram o pré-natal como um dispositivo de cuidado essencial para prevenção e tratamento de doenças e atenção à saúde do bebê. A relação do pré-natal com ações de educação-promoção da saúde não foi identificada neste estudo. Pesquisas complementares são recomendadas, agregando a percepção das famílias e profissionais da APS que atuam no cuidado às gestantes.Editora ICEPFinanciamento próprio das autorasSchulz, Isa Slaviero; Prefeitura Municipal de Osório e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)Toassi, Ramona Fernanda Ceriotti; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)2023-12-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo Avaliado pelos Paresapplication/pdfhttp://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/8691Revista GepesVida; v. 9, n. 22 (2023): GEPESVIDA2447-3545reponame:Revista Gepesvidainstname:Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)instacron:UNIPLACporhttp://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/8691/317http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/downloadSuppFile/8691/68022A revista GEPESVIDA é de acesso livre. É, portanto, fundamental que o autor ao utilizar-se dela para publicação de trabalhos observe conduta apoiada em princípios éticos, de modo a respeitar o direito de propriedade intelectual sobre a obra a ser submetida. Dessa maneira, a Revista GEPESVIDA busca agir sob uma política de publicação no intuito de proteger seus interesses como veículo divulgador da ciência, bem como garantir os interesses de seus colaboradores que aqui depositam sua confiança publicando o resultado de suas pesquisas científicas.O termo de cessão que segue é regido pela lei n° 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil.info:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-19T18:53:08Zoai:ojs.icepsc.com.br:article/8691Revistahttp://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/indexPUBhttp://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/oaiandrade@technologist.com||2447-35452447-3545opendoar:2023-12-19T18:53:08Revista Gepesvida - Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)false |
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